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☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second

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☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty Re: ☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second

Mensagem  Convidado Sex Nov 30, 2018 5:20 pm

Nome: Filia Medici
E-mail: filiamedici.alwayshungry@gmail.com

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☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty Aviso

Mensagem  Convidado Dom Dez 02, 2018 8:23 pm

O sorteio já foi realizado! Por favor, verifiquem seus e-mails.
Lembrem-se, quem começar as postagens do evento no dia 08/12, irá ser o papai noel das crianças do orfanato. Não importa se a pessoa vai ou não participar da troca de presentes. Qualquer pessoa que aparecer na festa terá que seguir o enredo proposto no post inicial do tópico.
Boas festas para todos nós!

Convidado
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☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty Re: ☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second

Mensagem  Convidado Sáb Dez 08, 2018 1:33 pm






Um Papai Noel mercenário!!

ATENÇÃO:

Não sei para os demais participantes, mas até então o evento a seguir não fará parte da história principal dos meus fakes, sendo apenas uma brincadeira fake.

O texto a seguir pode conter ou não o uso constante de palavrões! A leitura deste tipo de material é de sua total responsabilidade!!

O conteúdo referente a qualquer Non-Player Character (NPC) é de minha total responsabilidade e não, estes não serão removidos do texto sob qualquer alegação ou reclamação por parte dos mesmos ou terceiros.

Alguns participantes deste evento me autorizaram a citá-los durante a postagem da maneira como eu quiser. Não sera alterado nada do texto caso terceiros ou os próprios não gostem do que está aqui escrito.

A única ou uma das poucas pessoas que estará(ão) no texto e eu não pedi autorização para citar, obviamente, é a pessoa que eu tirei.

Boa leitura.

Philanthropy Belfry, Second Southtown, EUA.

24 de dezembro de 2018.

O Coronel Ralf Jones já vinha a algum tempo precisando esfriar a cabeça, mudar os ares e rever o que andava fazendo com a própria vida até aquele momento. Saindo aleatoriamente pelas ruas de Second Southtown, o militar observava as pessoas passando por ele em passadas rápidas carregadas de sacolas de presentes, como se sequer olhassem para os lados e se voltassem apenas para si mesmas. No chão das calçadas mendigos e crianças de rua. Pessoas sem esperança no olhar, com frio, com fome, pedindo coisas simples... Comida, roupas de frio, um abraço naquela véspera de natal. Ralf refletia quanto àquilo e se sentia o pior dos homens, afinal será que ninguém ali tinha coração para se sensibilizar com aquelas pessoas jogadas nas calçadas? Com fome e frio? Cadê o espírito natalino? O Coronel voltava para a base e reunia alguns soldados para fazer um mutirão pela cidade, onde eram distribuídas comidas, agasalhos e o que mais fosse possível. Infelizmente abrigar toda aquela gente não era algo que o militar conseguiria, porém fazê-las felizes e acolhidas ao menos naquela véspera de Natal isso ele podia, era o mínimo.

O militar não sabia se tinha feito o certo, mas se sentia bem, porém algo ainda lhe faltava. O moreno colossal andava sozinho pelas ruas da cidade até que esbarrava com Hotaru Fubata e quase a derrubava no chão. A menina ficava um pouco brava, mas logo se acalmava ao ver que Ralf carregava uma sacola na mão direita, questionando-o:

- Hum? Essa sacola ai é para as crianças?

- Crianças? - O Coronel ficava sem entender direito.

- Sim, não olhou o jornal? Eu mandei convite para a cidade toda! Estou organizando um Natal inesquecível para as crianças do orfanato, Philanthropy Belfry. Eu pedi que todos os convidados para festa levem como ingresso um presente para uma das crianças - a menina sorri.

Ralf retribui o sorriso e diz que comparecerá ao evento. O Coronel chama sua equipe pelo rádio e ordena que todos comprem o máximo possível de presentes para as crianças do orfanato. Horas depois, Ralf e os soldados vão para o local do evento para iniciar a melhor das brincadeiras que já existiu em Second Southtown. No jeep do moreno colossal estavam Setsuna Yagami e o Tenente Clark Still. Ao estacionarem, o militar de maior patente dava "uma leve buzinada", fazendo Hotaru correr assustada para ver o que estava acontecendo e ao perceber que era Ralf a menina logo pensou em dar-lhe uma bronca, pois aquilo poderia estragar a surpresa. O Coronel ria e descia do carro, pedindo desculpas enquanto apontava para o imenso saco vermelho que estava no carro dele. Hotaru se surpreendia com a quantidade de presentes, mas antes que pudesse falar algo o mercenário a perguntava se ele podia trocar de roupa, pois a surpresa não acabava ali.

Sem entender o que o moreno queria dizer ou fazer, a garota concordava com grande desconfiança. Ralf ia até uma sala aos fundos do orfanato e se despia, colocando uma fantasia de Papai Noel, com direito a barba branca e barriga gorda. O mercenário saía do local e pegava o saco de presentes com Clark Still, indo à 00h00 até uma sala a parte onde estavam os órfãos, surgindo com um imenso HO HO HO para as crianças, fazendo-as ficarem com os olhos brilhando de emoção ao verem o bom velhinho com aquele saco gigante, cheio de presentes. Ralf começava então a distribuir os brinquedos para todos, sejam carrinhos, bonecos/bonecas, ursos de pelúcia, roupas, etc. O moreno se sentia feliz consigo mesmo por fazer tantas pessoas felizes naquele dia. HO HO HO FELIZ NATAL A TODOS!! FELIZ NATAL, CRIANÇAS!!






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☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty Re: ☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second

Mensagem  Convidado Dom Dez 09, 2018 12:49 am



OUTRA VEZ
OCULTOS DE 2ND

ㅤㅤIori Yagami agora mora em 2nd South Town. Podem acreditar numa coisa dessas? É. Surpreendente, não? O cara que diz odiar esse lugar com todas as suas forças, agora mora na cidade dos pecados. Mas qual o motivo disso? É sua família. Desde que retornou o relacionamento com Coroline Dean Hawkins, o Yagami decidiu que era necessário passar algum tempo na cidade com os seus filhos. Seu retorno acabou ajudando os mais novos, Lilith e Yue, a se estabilizarem emocionalmente. Como esperado, Alice acabou vindo com Iori, aprendendo a conviver com os outros irmãos, dessa vez sem se estranharem ou se ameaçarem de morte.

ㅤㅤAs coisas seguiram normais por alguns dias. Carol estava mais alegre do que o costume desde que entrou em um relacionamento sério com a melhor amiga dela. Os mais novos passaram a estudar nas escolas que se localizam nos arredores de Belfry e Alice, por enquanto, continuou adaptando-se a vida nova mais uma vez, daquele jeito de sempre.

ㅤㅤMas e o Yagami? Anunciou suas mudanças repentinas para os outros? Não. Ele na verdade queria que todos fossem para o inferno! Pensassem o que quisessem, desde que não viessem amolar a desgraça do seu sossego, antes que ele perca o controle e acabe afundando a face de alguém no chão. Cuidava dos seus negócios dali mesmo, por vezes se pegava praticando algumas de suas canções novas, ou escrevendo letras de outras músicas que poderiam ser adaptadas e apresentadas em novas turnês. Sua apresentação no Old Line do ano anterior acabou chamando atenção de grandes produtoras musicais que quiseram relançar seus maiores sucessos. Sim. Vocês poderão encontrar CDS com o rosto do Yagami estampado acompanhado dos dizeres GREATESTS HITS. Mas ele estava feliz com isso? A realidade é que para ele, não tinha diferença nenhuma.

ㅤㅤA música sempre serviu como uma forma dele se expressar, demonstrar o seu lado humano que poucos conhecem. As tormentas que ele vive, os demônios que ele já tentou exorcizar, mas que nunca abandonaram sua vida amaldiçoada. Isso era mais como uma forma de desabafo. O dinheiro era apenas uma consequência.

ㅤㅤMeses se passaram e faltava três dias para o Natal. Durante o mês todo ele veio sendo perguntado sobre uma festa em família, algo que ele sabia que não resultaria na reunião de todo o seu clã por motivos bem óbvios e até mesmo irritantes e que, de certo modo, ele já estava acostumado com esse tipo de situação. Festas nunca foi o seu forte, principalmente o Natal por ele nunca ter tido a magia de viver ele da maneira correta. Enquanto conversava sobre os preparativos com sua namorada,  o som do interfone tocando acabou chamando a atenção do Yagami. Indo até o monitor, ele apertou o botão para poder se comunicar com o outro lado.

ㅤㅤ── Quem é? ── Seu tom de voz nunca era amigável.

ㅤㅤ── É o correio. Encomenda para o senhor Yagami ── O outro respondia normalmente, não aparecendo se abalar pela voz grossa e imponente que vinha lá de dentro.

ㅤㅤ── Hu, certo.

ㅤㅤIori passou pelos jardins enfeitados e bem cuidados da casa. Isso era obra de Carol, que todos passaram a chamar de Garden Girl devida a enorme paixão dela por jardinagem. Ele não deu muita atenção para os seus arredores, apenas indo direto ao portão, abri-lo e se deparar com o entregador dos correios.

ㅤㅤ── Diga? ── Novamente, ele permaneceu com a cara fechada e falando de maneira como se quisesse assustar o rapaz a sua frente.

ㅤㅤ── Opa, tudo bom? O senhor precisa assinar aqui. ── E esse pareceu não se incomodar. Talvez seja porque ele já lidou com esse tipo de gente em outras casas?

ㅤㅤ── Hum... ── Quando Iori recebia o pacote e mais a prancheta para assinar, ele analisou para ver do que se tratava. Lembrou-se que foi uma coisa que ele pediu para que Ayumi, a menina que ele deixou comandando o Cool Jam, no Japão, lhe enviasse enquanto ele estivesse em Second. E demorou tanto que ele nem se lembrava mais de ter feito o pedido. O que era? Bem, isso não era da conta de ninguém por hora. Assinou, entregou a prancheta com a caneta ao entregador e botou o pacote embaixo do braço.

ㅤㅤQuando estava pronto para virar as costas e voltar para dentro, o rapaz chamou-lhe novamente.

ㅤㅤ── Posso falar um minutinho com o senhor?

ㅤㅤ── Hu? ── Iori voltou-se para o outro.

ㅤㅤ── O senhor sabe que no final de ano, o correio recebe um monte de cartinhas de crianças endereçadas ao Papai Noel. Principalmente as crianças órfãs de Phinaltrophy Belfry, que estão celebrando o natal esse ano com uma grande festa! Todos estão convidados, desde que levem um presente para as crianças de lá.

ㅤㅤ── Sei. ── Na verdade, ele não sabia disso. Iori não andou dando muita atenção para as coisas que aconteciam em Second.

ㅤㅤE o motivo disso? Ele estava ocupado com uma série de coisas, principalmente com alguns treinamentos que andou fazendo com as quatro crianças que vivem com ele agora. Mas se a cidade inteira foi convidada para essa festa, isso só poderia significar uma coisa: Outra brincadeira de amigo oculto.

ㅤㅤ── E o senhor sabe que a gente encaminha algumas dessas cartas para as famílias mais abastadas, que tem mais condições, para que se elas quiserem, elas possam mandar um presente de natal para as crianças carentes.

ㅤㅤ── Ah tá. ── Ele não estava gostando do rumo que essa conversa estava tomando.

ㅤㅤ── Então, o senhor quer dar uma olhadinha nas cartas para ver se tem alguma que o senhor se interesse? ── O rapaz encarava-o. Parecia não temer o ruivo, ou não dar bola para o jeito dele. Isso acabou fazendo Iori dar o braço a torcer.

ㅤㅤ── Que seja. Mostra aí.

ㅤㅤ── Tem essas daqui.

ㅤㅤCuidadosamente, o ruivo pegou vários envelopes e foi abrindo uma por uma. Ele leu com atenção cada uma das cartinhas, ignorando a péssima caligrafia de algumas, os erros de escrita de outras, arqueando sua sobrancelha para os tipos de pedidos que as crianças faziam. Desde os mais simples para uma... que foi o mais ousado de todos.

ㅤㅤ── Vamos ver.  Esse aqui está pedindo um carrinho. Esse pede uma boneca. Esse pede uma bola de basquete. Oh, pronto! Achei a que eu quero.

ㅤㅤ── Posso ver o que ele está pedindo? ── Ele aproximou-se para ver o que estava escrito na cara.

ㅤㅤIori fez questão de ler em voz alta para o mesmo.

ㅤㅤ── Esse está pedindo um Ipad, última geração, com 64 giga de memória, tela de retina, conexão 3G...

ㅤㅤ── Uau, senhor Yagami. O senhor vai mesmo dar um Ipad de última geração para essa criancinha?

ㅤㅤTem uma coisa que as pessoas não sabem do Iori. Ele é de boa, ele é tranquilo (quando não torram a paciência dele), tem suas manias, suas birras. Mas tem coisas que ele não aceita. O cara ali pensou que o ruivo fosse mesmo dar o presente da carta que escolheu. E a resposta do lutador? Ah, essa sim foi de deixar o cara sem reação alguma.

ㅤㅤ── Claro que não! Você tá louco? Escolhi esse aqui que é mais fácil de dizer não, mandar se fuder e ficar sem dor na consciência. Olha só, que moleque sem noção. Nem eu tenho um Ipad desses.

ㅤㅤSem perder mais tempo, devolveu as outras cartas, deu as costas para o entregador e bateu o portão na cara dele. Não houve nenhum resmungo do lado de fora. Mas enquanto fazia o caminho todo de volta, eis que ele escuta a voz da sua namorada, chamando-o pelo apelido carinhoso.

ㅤㅤ── Quem era, Iorin? ── Dean surgiu, sorrindo. Ela estava feliz. Não havia visto mais aquela expressão triste e enraivecida que ela ficou quando se separaram pela primeira vez. Ela estava linda também, radiante, emanando um brilho que só o Yagami poderia ver e reconhecer.

ㅤㅤ── Correio. Finalmente trouxeram o que pedi do Japão.

ㅤㅤ── Oh. Já faz algum tempo, não é?

ㅤㅤ── Sim. E ainda por cima... eu vou ter que comprar um presente para uma criança e levar ao Philantrophy Belfry.

ㅤㅤ── Você vai na festa de natal?

ㅤㅤ── Então está sabendo? Por acaso chegou alguma outra carta aqui?

ㅤㅤ── Sim... o amigo oculto. Lilith quem as recebeu. Vieram para cada um aqui, mas os meninos não quiseram participar.

ㅤㅤ── Você vai?

ㅤㅤ── Só se você for! ── Ela continuou sorrindo, mas fechou os olhos no processo.

ㅤㅤIori ficou surpreso. Dean nunca fora de se submeter a esse tipo de coisa. Ele não sabe o que pode tê-la feito mudar de ideia, mas seria bem-vinda uma mudança nas festas de fim de ano. Ele percebeu que, com a cidade toda convidada, seria mais uma oportunidade de conhecer novos oponentes. Festividades? Iori nunca se importou tanto com isso por causa da sua criação. Sua única motivação nessas festas era encontrar pessoas que pudessem fazê-lo ficar ainda mais forte, diferente do seu eterno rival.

ㅤㅤ── Humph... Então seremos só eu, você e as garotas?

ㅤㅤ── Isso mesmo! Carol vai levar a namoradinha também.

ㅤㅤ── A Mafiosinha?

ㅤㅤ── Não fale assim, Iorin.

ㅤㅤ── Huh... Tudo bem, eu paro com a implicância. Verei quem é o meu amigo oculto dessa vez... Só espero que não seja a mesma pessoa do ano passado..., afinal, faz tempo que não tenho notícias daqueles dois!

ㅤㅤIori foi caminhando para o local onde Lilith costumava deixar as correspondências. Dean foi seguindo ele logo atrás, aproveitando para conversar sobre outras coisas que requeriam a atenção do homem da família. Enquanto segue o diálogo, Iori abriu a carta do amigo oculto e se deparou com a pessoa que ele teria de presentear. A única coisa que se passou na cabeça dele era: “Quem é essa pessoa?” Ele não a conhecia.

ㅤㅤ── Hehehe... finalmente... alguém que eu não conheço!f

ㅤㅤ── Posso ver?

ㅤㅤ── Não. Qual seria a graça se você soubesse?

ㅤㅤ── Hm... pensei que fosse querer saber quem é o meu amigo oculto. ── Ela fez biquinho.

ㅤㅤ── Nah. Eu to nem aí pra quem foi o palhaço que você tirou. Agora... eu vou ter que fazer algumas buscas para saber quem é essa pessoa e o que seria adequado dar de presente para ela.


ㅤㅤDia seguinte

ㅤㅤA busca por um presente de natal nunca foi tão intensa quanto ele imaginou que poderia ser. Assim que teve informações suficientes da pessoa que tirou, aproveitando da ajuda de sua filha Miu, uma das integrantes do Ikari Warriors, Iori acredita que encontrou o presente ideal para aquela pessoa. Ao mesmo tempo que esteve se esquivando de vários outros cidadãos que corriam de um lado para o outro nas lojas, enchendo sacolas com mais e mais presentes para as festividades de fim de ano, o ruivo ainda teve que se dar o luxo de comprar o bendito Ipad que havia se recusado no dia anterior. E o motivo? Dean descobriu o que estava na cartinha do correio e o convenceu a deixar de ser chato e pão duro com a coitada da criança.

ㅤㅤ── É sério mesmo que estou fazendo isso? ── Iori olhava para o caixa, vendo o valor daquele negócio que nem mesmo ele sabia mexer de tão moderno que era.

ㅤㅤ── Sim! Isso não vai doer no seu bolso. ── Ela, agarrada ao seu braço, sorria e ria do desconforto do ruivo em ter que cumprir com o que aquela cartinha pedia.

ㅤㅤ── Só espero que esse infeliz não fique se gabando na frente das outras crianças.

ㅤㅤO resultado dessas compras foi o Iori mostrando que seus braços musculosos e bem definidos não serviam apenas para varrer o chão com a cara dos oponentes nas suas andanças pelo mundo. O pobre coitado foi alugado pela mulherada da família, com Alice, Carol, Filia e Dean aproveitando as compras de natal, todas rindo, juntas, pareciam até mesmo melhores amigas ou pior, patricinhas de Bervely Hills. E tudo o que ele desejava naquela hora é que aparecesse alguém e o matasse. Metesse um balaço na sua cabaça para fazê-lo sair desse sofrimento pior do que estar no inferno!


ㅤㅤPhilantrophy Belfry

ㅤㅤDessa vez ele chegou cedo. Talvez um dos primeiros convidados da festa. Veio vestindo uma versão em coloração branca das suas roupas de combate, como se tivessem sido banhadas por uma tinta de mesma cor. Eram bem chamativas, principalmente por ele usar um sobretudo longo e sem nenhuma característica que lembrasse o mesmo em situações de combate (ausência da lua nas costas, por exemplo). O mesmo vale para suas calças e seus sapatos. Outra coisa que poderia ser reparada também era que o Yagami estava usando luvas brancas 100% de algodão para combinar com o tuxedo escolhido. Não era a sua escolha preferida de roupa, mas serviria para a ocasião. Acompanhado da mulher e das três meninas, o ruivo foi entrando no orfanato e guiado por um grupo de mulheres que estavam ali, recepcionando cada um que chegasse para a festa e para a brincadeira. No meio do caminho, o quinteto acabou parando de frente para Hotaru, que dirigiu-se até eles, lhes dando as boas-vindas!

ㅤㅤ── Boa noite, Yagami-san! ── O tom alegre e divertido dela incomodava o ruivo.

ㅤㅤ── Boa noite. Você é a responsável por tudo dessa vez?

ㅤㅤ── Sim! Posso ver o seu presente?

ㅤㅤIori entregou a caixa embrulhada com estampas natalinas. A menina analisou o presente e leu para quem era endereçada.

ㅤㅤ── “De: Yagami Iori; Para: Infeliz do Ipad”? Quem é esse? E porque o chamou de infeliz? ── Ela fez uma cara emburrada.

ㅤㅤIori desviou o olhar por um segundo, procurando selecionar as palavras exatas para explicar aquela situação.

ㅤㅤ── Qualquer um que me pede por um Ipad de última geração... é um infeliz. Sendo ou não sendo criança, é um infeliz. E pronto. O nome do moleque está logo atrás. Vai facilitar na hora de localizá-lo.

ㅤㅤA menina cruzou os braços e ficou olhando com uma cara de quem queria dizer alguma coisa para o ruivo, mas se conteve para que não começasse a festa com o pé esquerdo. Ainda mais com aquele sujeito, que tinha pavio curto. No fim, Dean acabou apresentando-se e as meninas conversaram com Hotaru. Alice conhecia ela e havia apresentado as demais. Quando aquele clima de reencontro e novas amizades acabaram, finalmente o Yagami estava no local onde a festa seria realizada. Ele coçava o queixo, olhando para cada uma das pessoas que estavam ali no momento. Ele acredita ter sentindo a presença de Ralf Jones, um dos soldadinhos de chumbo daqueles mercenários malditos, mas não o achou em lugar algum.

ㅤㅤ── ... Agora é só esperar...



Última edição por Đεstroчεr ⌠ 八神 庵 ⌡ em Seg Dez 10, 2018 4:34 pm, editado 2 vez(es)

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☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty Re: ☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second

Mensagem  Convidado Dom Dez 09, 2018 1:40 am





Era um dia simples como qualquer outro desde que as coisas em sua vida tomaram um rumo inesperado. A Hawkins tinha certeza que acabaria sozinha pelo resto da vida. Seu último namorado não deu certo, tanto que secretamente ela estava planejando as coisas para não permanecer mais na Penthouse, enquanto via se a situação acabaria em algum lugar. Dean com o passar do tempo havia percebido que os interesses e uniões não eram mais os mesmos, uma separação em bons termos tinha que ocorrer, o que ela nunca pensou era que meses depois, alguém inesperado bateria na porta de sua casa, com ela já faltando pouco para deixar para trás aquele pedaço de sua vida, e hoje, Dean e Iori Yagami estavam juntos novamente.


A morena estava tomando um pouco de chá, sentada na sala. Ela aproveitava o ar de estar numa casa, de não ter que ficar olhando os menores naquela cobertura e nem ver nenhuma doideira que a Siren poderia acabar arrumando para a sua cabeça, e olha que ela tinha muitas listadas, como por exemplo: usar o Phasewalk enquanto se jogava só para ver o que acontecia. Onde Dean havia visto para permanecer, não era tão longe da escola atual dos filhos, muito menos possuía uma distância gigantesca para Carol, sua filha, ir visitar a namorada, onde era seu antigo apartamento.


Sim, Dean havia aberto a mão de seu paraíso pessoal para alugá-lo a Filia. Não foi uma coisa muito fácil de se fazer, pois Carol teve e muito que convencer a mãe a fazê-lo. Até onde a Éther sabia da história, a garota que veio atrás de sua Baby-Girl não tinha onde viver e estava em uma casinha muito velha em Sarah Forest, vivendo sabe-se lá com. Com muito custo e boa parte a contra gosto, ela aceitou. Era um passado de sua filha, e quem mais poderia compreender melhor do que ela, que vivia uma vida sem nenhum conterrâneo seu nesse planeta? Mesmo não querendo, Dean concordou e um pequeno aluguel foi posto nas costas da menina.


Só que Dean não se encontrava sozinha na casa, nem mesmo só com seu namorado, com que ela estava conversando sobre a festa em família. Sim, ela tinha planos, tinha desejos de ao menos uma única vez, poder reunir sua família em casa. Ali com o casal, estava Alice, a filha mais nova de Iori com sua última esposa. No início a Éther não sabia se isso iria dar certo, ela não tinha um histórico muito alegre com os filhos do Yagami, mas acabou sendo uma experiência agradável. Alice era quieta, a ajudava e as duas se davam bastante bem, pois Dean demonstrava disposição com o problema de saúde da menina e tentar compreenda-la em seu mundo. Ao invés de se tornar uma pessoa distante a Éther não só tentou se aproximar, mas como também deixava a menina adentrar em seu mundinho próprio, ambas dando um passo de cada vez.


O interfone tocou e a mulher ficou olhando para a porta, se quer precisou se levantar, Iori acabou indo atender o portão. Dean suspirou, estava se empolgando com o assunto, mas pelo visto teria que deixá-lo para outro momento, pois havia outros assuntos que planejava tratar com ele, e por conta de que ela ainda teria que trabalhar em seu escritório na casa. O ruivo japonês saiu e está ficou curiosa sobre o que seria essa suposta visita. Colocou sua xícara de chá sobrea mesa e aguardou o retorno dele.


Dean havia prometido quando eles se estabeleceram na residência grande, que não iria ficar sempre em “alerta”, os sentidos dela que eram aflorados e um pouco mais desenvolvidos que a espécie de seu namorado, geralmente a faziam ouvir mais do que o normal, e por conta disso, assuntos que ela não deveria saber acabavam em seus ouvidos, como um caso nem um pouco agradável da sua Baby-Girl com Filia. Por agora ter alguém em quem pudesse confiar sua segurança e a dos seus filhos, Coroline sentia-se livre para controlar esse seu aspecto, mantendo-se em uma linha de equilíbrio sensata. Isso quando ela se sentia segura.


Ao ver que ele estava demorando um pouquinho (e mais por conta de sua curiosidade atiçada), ela se levantou do sofá confortável, com estrutura de madeira  com grandes almofadas e foi ver o que ele havia recebido. O lado de fora da casa, a entrada era um deleite para Dean. Não era charmosa, nem tinha um monte de enfeites bobos e careiros desnecessários para se mostrar status. Havia um caminho para se seguir até o portão, e em cada lado deste caminho, havia flores e mais plantas! Quando chegaram na casa, não havia muito, mas Dean deixou essa tarefa a Carol e com um pouquinho de ajuda de suas habilidades, o lugar cuja a terra não era tão fértil, estava delirando de vida.


── Quem era Iorin?


Coro sorriu para ele, um sorriso grande e cheio de contentamento dos últimos meses se vivendo com o homem. A morena aproximou as mãos a cintura dele e se manteve perto, rindo já do olhar de aborrecimento que ele tinha logo cedo, o que era de grande contraste da mulher, que emanava em si uma harmonia tranquila.


── Correio. Finalmente trouxeram oque pedi do Japão.


── Oh. Já faz algum tempo, não é?


── Sim. E ainda por cima... eu vou ter que comprar um presente para uma criança e levar ao Philantrophy Belfry.


Ouvir o nome de lugar fez com que Dean piscasse por um momento, deixando de ter uma reação. Isso a fez lembrar que fazia um tempinho que Lilith havia vindo com algumas cartas da caixa de correio da casa. Nela Coroline achou uma endereçada a si, e achou essa ação estranha, o que a fez ficar com a mesma e dar uma olhada para ver sobre o que se tratava.


── Você vai na festa de natal?


── Então está sabendo? Por acaso chegou alguma outra carta aqui?


── Sim... o amigo oculto. Lilith quem as recebeu. Vieram para cada um aqui, mas os meninos não quiseram participar.


── Você vai?


── Só se você for! ── E ela continuou sorrindo, mas de uma forma mais leve e contente.


A surpresa do homem ruivo, não foi uma grande novidade a ela. Dean sempre foi reclusa, gostava mais de ficar em casa do que sair para qualquer tipo de reunião que não fosse de negócios. Às únicas vezes que ela sai, ou tinha haver com comida, ou simplesmente foi dar uma volta, por que visitar amigos e viajar para ver algum conhecido, era algo que ela não fazia com facilidade. Mas o que mudou a cabeça da mulher? A resposta era simples: se tratava de um orfanato. Não era só uma brincadeira, mas também de certa forma uma caridade. A Éther sempre teve olhos para lugares mais necessitados, regiões que sofriam muito mais do que se imagina, a Lifestream, empresa que fundou com muito custo á alguns anos, sempre foi uma boa doadora, e ela não se recusava em fazê-lo, desde que o que estivesse sendo feito, fosse por motivos reais. Mas Dean também era dona de outros negócios, o que lhe custava fazer esse tipo de coisa? Na verdade, nada, desde que sua face nunca fosse mostrada. Mas dessa vez ela estava fazendo algo em Second Southtown. E é pura e simples verdade que Coroline jamais se interessou nos problemas internos e externos da cidade, mas como em suas mãos veio algo diretamente de alguém que havia empunhado todos os seus pequenos sentimentos em suas letras disforme e cheia de erros ortográficos, ela não pode chegar a dizer não.


── Humph... Então seremos só eu, você e as garotas?


── Isso mesmo! Carol vai levar a namoradinha também.


── A Mafiosinha?


── Não fale assim, Iorin.


── Huh... Tudo bem, eu paro com a implicância. Verei quem é o meu amigo oculto dessa vez... Só espero que não seja a mesma pessoa do ano passado..., afinal, faz tempo que não tenho notícias daqueles dois!


A morena beijou a ponta do queixo dele e se afastou permitindo a passagem dele. Foi o acompanhando, mas dando uma olhadinha na roseira vermelha que havia peço para Carol plantar, estavam crescendo e ficando tão bonitas! Mas, acabou perdendo essa visão ao adentrar na casa com ele. A oportunidade era boa para se falar sobre alguns assuntos necessários da casa, começando do mais novo do filho do casal a menina sentada na sala. Dean gostava de ter conversas com ele, mesmo que este não lhe respondesse tanto, ela também aproveitou para falar sobre as mudanças que queria fazer e deixar o lugar mais confortável para as duas famílias que agora estavam juntas.


── Hehehe... finalmente... alguém que eu não conheço!


Ela pendeu as duas sobrancelhas.


── Posso ver?


── Não. Qual seria a graça se você soubesse?


De novo ele atiçou a curiosidade dela, então pensou em dizer algo para ver se conseguia (com alguma sorte, mais virada para sorte mesmo que ela nem sempre tinha) uma resposta positiva:


── Hm... pensei que fosse querer saber quem é o meu amigo oculto. ── Disse com um biquinho manhosa e tentando ver por aquela muralha o que ele escondia do seu convite.


── Nah. Eu to nem aí pra quem foi o palhaço que você tirou. Agora... eu vou ter que fazer algumas buscas para saber quem é essa pessoa e o que seria adequado dar de presente para ela.


Dean pendeu a cabeça para o lado direito com a resposta dele, e então riu alto, deixando o homem confuso com esse ato.




O DIA DAS COMPRAS.


Compras... Toda mulher gostava de compras certo? Aqui estava uma criatura que não gostava muito de fazer isso a não ser que fosse necessário. Pode parecer impossível de se acreditar, mas havia certas coisas que um Éther dava um belo de um “foda-se”, e ficar zanzando na multidão para comprar algo para dar a alguém era uma delas. Essas ocasiões eram muito importantes para a espécie de Dean, pois significava um amontoado de coisas dependendo da cultura a qual eles nasceram, mas presentear tinha um significado muito maior para ela. No caso de Dean sobre este evento, ela imaginava um desafio, só que procurar um presente para o seu amigo secreto, não era um desafio. Pelo perfil pesquisado e o que ela já observou, tornaram a busca menos gostosa para ela.  O problema maior de Dean, era o que mais ela podia demonstrar para esse individuo que havia tirado? Com o que mais poderia presenteá-lo? Isso foi uma coisa tão triste para ela, que a morena que já não dormia muito por conta de sua condição estupefata (ela passava mais tempo acordada que dormindo), acabou virando um dia inteiro, sem nem ao menos adormecer por um minuto, e olha que ela se desligava quando precisava.


Seria a intensa energia que corria nesse seu corpo feito para representa-la em carne e osso? Seria por ventura algum problema físico? Bom, não, nenhum deles era um problema, a maior questão era que ela não sabia o que dar! NEM OQUE FAZER! Mas também havia outro motivo importante, quando foi a tarde verificar o correio após verificar se os portões estavam fechados, Dean havia achado a cartinha que o carteiro havia entregado a seu namorado. O mesmo havia deixado lá, caso o homem imponente mudasse de ideia. Isso aborreceu a Éther, que apesar de não comentar nada no momento, pensou em algo para convencê-lo e fez isso acontecer de manhã cedo.


Agora na loja e agarrada ao braço direito dele, Coroline ria baixinho da careta que ele fazia enquanto segurava o pedido da criança.


── É sério mesmo que estou fazendo isso?

── Sim! Isso não vai doer no seu bolso.


── Só espero que esse infeliz não fique se gabando na frente das outras crianças.


── Se antes de entregar ensiná-lo algum valor, podemos apostar na possibilidade de ele jamais fazer isso.


Mas o dia não acabou ali para o homem ruivo. Dean acabou deixando-o sozinho com as meninas que haviam vindo com eles para aproveitar a carona e comprar os seus próprios presentes para a tal brincadeira. A morena voltou satisfeita, quase uma hora e meia depois, com uma sacola, com algo já embrulhado e bem guardadinho para não se corromper.  No seu tempo de andanças, as meninas pareciam ter encontrado os seus tais presentes, mas ainda assim, faltava Dean ver algumas coisinhas, o que foi bem aproveitado pelas três, pois tinham um homem grande e forte para fazer de burro de carga.


Era um abuso! Dean sabia que ele estava resmungando em algum momento, dentro de seu ser, sobre toda aquela situação em que ele se encontrava. Ela olhava por cima do ombro, vendo-o andar atrás de si, carregando aquele monte de sacolas.  Apesar de estar mesmo se aproveitado do ruivo (ela não tinha vontade de carregar nada), um calor passava pelo seu corpo, uma sensação de gratidão e alegria transcorria por sua face enquanto sorria para ele. Coroline sabia que ele não estava habituado a essas coisas, que o mesmo não tinha momentos assim em sua vida, e que novamente estava experimentando outros tipos de momentos com ela, e a Éther ficava feliz por todo o esforço que ele vinha fazendo para agradá-la. Da forma dele é claro, chato e birrento, até o último segundo de cada momento.


A morena havia aproveitado para ver algumas coisas a mais da criança cuja a cartinha veio parar em suas mãos, e se encontrava satisfeita por mais um dia bom.




O DIA DA BRINCADEIRA.


Finalmente o dia da brincadeira havia chego, e Dean acabou tendo que sair bem mais cedo do que o planejado por conta do ruivo que era pontual até demais para o gosto dela. Já ouviu falar que em brincadeiras assim as pessoas costumavam a demorar a chegar, mas como ele queria ir logo, assim ela o acompanhou calma.


Para o traje da noite, Dean saiu um pouco de seu padrão. Ela não havia comprado uma roupa para a festividade e nem se preocupou com isso, acabou tendo que usar um dos poucos vestidos que tinha para eventos e que havia trazido consigo de sua casa principal. Trajava um vestido longo e vermelho, uma bela coloração que combinava com sua pele branquinha como a neve e realçava o dourado de seus olhos. Este, porém, tinha uma abertura do lado esquerdo, demonstrando sua perna torneada. Tal vestido tinha um decote Tule em seus seios, e para fechar sua vestimenta, sandálias de salto alto fino de coloração dourada (ilustração). A Éther como sempre, nunca foi fã de maquiagem, mas foi convencida pela Siren para ao menos passar um batom avermelhado nos lábios volumosos que possuí.


Dean não fizera muitas perguntas para Iori de como se tratava essas brincadeiras, um jogo que ela nunca havia jogado antes. O Yagami foi a pessoa que praticamente os guiou pelo local, e a Éther fez apenas questão de segui-lo em silêncio, este que foi cortado com o ruivo tentando se explicar sobre o motivo do cartão ser grosseiro com a criança. Ela balançava a cabeça com a situação e ficou ali até ser a sua vez de se apresentar, coisa que ela o fez brevemente e quando está lhe pediu para ver o presente, a morena o fez prontamente!


Era a primeira vez de Dean conhecendo Hotaru, ela já ouviu sobre a menina através de Alice em uma das poucas conversas longas e aleatórias que teve com sua enteada. Coroline carregava consigo três coisas: um pequeno embrulho em sua mão direita, junto a uma sacola de presente roxa cheia de corações e uma segunda sacola na mão esquerda, preta, cheia de flores coloridas e um lacinho cor de rosa. As duas sacolas era o presente da menina.  Uma continha o pedido que a criança fez: pecinha de roupa e um sapatinho novo. A outra sacola tinha pequenos complementos, como uma boneca dentro pequenos objetos que uma menininha se sentiria confortável em ter, eram cheirosos, e dentro deste adorno, Dean colocou todo os “seria possível se...” que ela gesticulou em seu papelzinho, junto aos docinhos. Em ambos ela deixou um cartão de ursinhos fofinho e o nome da menininha junto ao seu.  Coroline os entregou para Hotaru, e ficou apenas com o pequenino para si.


— Uau, parece ter muita coisa!


Eu espero que ela goste.  


— Tenho certeza que vai!


A Éther concordou, e acabou ficando no meio das meninas entusiasmadas. Esse foi o momento que Dean mais viu Alice se soltar e se sentir confortável. Ficou fazendo companhia para as três crianças, e assim que as amigas e talvez a futura amiga dela foi encerrado, a morena as acompanhou para perto do namorado. A morena olhou ao redor, alguns eram conhecidos de vista e outros ela nem sabia quem eram. A Hawkins suspirou, hoje também seria um experimento para ela.




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Mensagem  Convidado Dom Dez 09, 2018 4:27 pm

"Feliz Natal!"




Esse ano eu não iria ouvir isso. Seria mais um dia como qualquer outro dia para mim assim como o dia do meu aniversário que ninguém lembrava e eu fiz questão de esquecer, só sabia que tinha 18 anos. Essa época do ano para mim não mudava nada mas eu pensava se realmente o espírito natalino ainda existia e se as pessoas ficavam mais sentidas ou não... As poucas lembranças que tinha do Natal era meu pai e minha mãe no sofá enquanto eu e Alice ainda pequenina brincávamos ao redor da árvore montada no meio da sala... são boas lembranças que faço questão de sempre carregá-las comigo.

Eu estava  em mais um dio na cama do meu pequeno quarto na seção dos alojamentos da Ikari praticando guitarra. Eu tocava a versão demo de Rust In Peace... Polaris do Megadeth super concentrado no que fazia porque eu gostaria de ter uma banda no futuro mas na terra onde o Pop, Trap e outras merdas fazem sucesso, o Heavy Metal era lixo. Assim que acabei de tocar aquela música frenética, emendaria outra quando o comunicador recebeu uma mensagem e era  a voz do Ralf:  ▬ Senhores soldados, bom dia! Convoco todos para que compareçam no orfanato Philantrophy Belfry carregando o máximo de presentes para as crianças que lá vivem. Isso é uma ordem! ▬ A mensagem terminava assim: seca. Eu não entendi bem a proposta dele então me arrumei vestindo uma camisa branca, calças camufladas na cor verde e um par de coturnos pretos, peguei meu celular e saí do quarto, procurando Ralf em cada canto e perguntando para quem passava se alguém tinha visto o Coronel vacilando por aí mas ninguém sabia do paradeiro dele e ele sequer atendia ao telefone. ▬ Mas que arrombado! Ele adora sumir quando a gente mais precisa dele. ▬ Resmungava na minha mente até que ele finalmente atendeu.

Eu: ▬ E aí, cara! Tá por onde?
Ralf: ▬ Eu tô dando uma volta aqui pela 2nd Street. Por quê?
Eu: ▬ Tu mandou uma mensagem pelo rádio mas eu entendi nada.
Ralf: ▬ Então me espera na em Maneuver Field que te explico tudo. ▬ E assim se fez. Fui até S.S.P. Maneuver Field (a parte de cima da base Ikari em Second Southtown) para esperar por Ralf que chegou meia hora depois e começou a me explicar o porquê que ele tanto queria fazer uma boa ação este ano. ▬ Quer dizer que além de você ir levar vários presentes ainda vai ter um amigo oculto com geral? Só falta você me dizer que vai se vestir de Papai Noel... ▬ Eu olhava para fora do jipe que Ralf  pilotava mas quando voltei minha atenção para ele, ele olhava para minha cara sorrindo. ▬ Ah não... você realmente vai fazer isso. ▬ Nós dois rimos bastante e fomos até uma loja de brinquedos.
Eu não sabia o que comprar para as crianças mas imaginava que bonecas e carrinhos poderiam ajudar e partindo daí, comprei 20 Barbies todas iguais para não ter briga e 20 carrinhos Hot Wheels. Dinheiro é lixo quando você pode fazer um bem maior para várias pessoas - ainda mais quando se trata de Second Southtown.

Ralf: ▬ Ei, Set... ▬ Ralf chamou minha atenção quando estávamos pagando. ▬ O que vai fazer neste Natal?
Eu: ▬ O mesmo de sempre: porra nenhuma.
Ralf: ▬ Você que pensa. ▬ De início, entendi nada. O que ele queria dizer com aquilo? ▬ Você precisa se socializar mais e por isso, pedi para que a Hotaru também te convidasse pro amigo oculto. Depois olhe seu e-mail e veja quem você tirou.
Eu: ▬ Eu adoro quando você faz as coisas e só me avisa em cima da hora. ▬ Fui sarcástico. Enquanto pagávamos, abri meu e-mail e lá continha o convite da Hotaru com o nome que tirei no sorteio e nem percebi que enquanto cliquei e esperei aparecer o nome da pessoa, Ralf botou a cara grande no meu celular e quando apareceu quem era, ele ria da minha cara de surpresa.
Eu: ▬ Você é um cara muito brincante, Ralf.
Ralf: ▬ Você tinha que ver sua cara! hahaha

Depois das compras, fomos em uma loja que para comprar um dos meus presentes que darei para a pessoa que tirei e também papel de embrulho que devia ser mais ou menos uns 3 metros para mim e Ralf. O moreno comprou o dele para seu amiguinho oculto e quando voltamos para a Ikari, os soldados tinham arrecadado muitos brinquedos, roupas, agasalhos... com certeza aquelas crianças ficariam super felizes. No meu quarto, peguei algumas coisas, embrulhei e coloquei separado para não confundirem, tomei aquele banho e coloquei um terno preto com a camisa interna branca e gravata preta e o sapatos eram da mesma cor (FODA-SE, vou de preto mesmo!) e assim fui me encontrar com a rapaziada e dividimos em vários sacos vermelhos enormes e levamos em uns 3 jipes e em um deles fomos eu no banco do carona, Ralf dirigindo e Clark no banco de trás segurando o saco de presentes, parecia até operação do BOPE quando a gente passava na rua.
Pedi para Ralf passar numa loja de ????? para comprar um ???? para a pessoa que tirei e feito isso, finalmente chegamos no campanário, com Ralf passando vergonha no crédito quando chegou buzinando e assustando a anfitriã, deixando ela com a cara vermelha de raiva e eu e Clark fazendo "facepalm".

Descemos e carregamos os sacos de presentes para dentro enquanto Ralf se arrumava para virar Papai Noel Maromba. Pedi que Hotaru guardasse um dos meus presentes em um local apropriado enquanto nos preparávamos. Quando deu meia noite em ponto, Ralf entrou com seu traje Noel Maromba desejando Feliz Natal para as crianças que estavam com os olhos brilhando. Eu e Clark ajudamos a distribuir os presentes para as crianças que já tinham dado seu abraço no Noel Maromba  e algumas até me abraçavam e me desejavam Feliz Natal... confesso que fiquei muito feliz com aquilo e retribuía o abraço. Eu queria mesmo era que o amigo oculto começasse o quanto antes mas só de receber todo aquele carinho, o dia já tinha valido a pena.





Continua...



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☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty Natal

Mensagem  Convidado Seg Dez 10, 2018 8:10 pm






CHRISTMAS IS HERE!




ㅤㅤㅤㅤCandy Cane estava dando muitas pontas em Second ao longo desse ano, tanto que a garota descolou de encaixar a cidade dentro da rota da turnê de sua banda. Conseguindo conciliar seus shows com eventos que ela queria estar presente na cidade. O da vez era o tão famoso e esperado encontro do Amigo Oculto e ocorria entre os moradores e visitantes da cidade. E para a alegria da ruiva, o desse ano iria ser realizado no orfanato da cidade.
ㅤㅤㅤㅤ— Agora que você está vivendo com sua mãe, poderia ver de me ajudar arrumar um canto para eu dormir quando tiver por aqui, né? - a voz da cantora estava elevada ao barulho de toda a conversa das pessoas que transitavam na quinta avenida.
ㅤㅤㅤㅤ— Não faço nem ideia disso, Candy! Não vou convidar você para passar noite lá em casa, por que da última vez que levei você para o apartamento da minha mãe ela inventou de se mudar. - Amy falava dando de ombros para a irmã e parado de andar e voltando-se para ficar de frente com a roqueira. — Seguinte! Você veio para a festa do orfanato, vê com a Hotaru de tu ficar lá essa noite, oferece ajuda para arrumar e você adora as crianças mesmo. - ela da de ombros e vira para continuar seu caminho.
ㅤㅤㅤㅤCandy pondera a ideia da irmã e acompanha a mesma pela calçada perdida nas ideias que brotava em sua mente a partir da fala de Amy.
ㅤㅤㅤㅤ— Allright, sister! - ela exclama estacando no meio da calçada e causando um encontram com a pessoa que dava passadas atrás dela. — Sorry! - ela fala sorrindo virando-se de imediato para o homem. — Então eu vou direto para lá! - ela fala com a mais baixa e vai em direção ao bairro do orfanato. — Thaks for the food! - ela grita do meio da faixa de pedestre acenando para Amy.
ㅤㅤㅤㅤApós notar que a distância era grande até o orfanato, a ruiva chama um táxi e fala a direção. Enquanto aguarda, pensa já num outro modo de não pagar para dormir, lembrando que sua irmã Yuriko também estava pelas bandas da ilha. Mandando uma mensagem de texto para ela, aguardou por uma resposta, que não veio durante o percurso até o orfanato e nem até o momento do início da festa.
ㅤㅤㅤㅤRebecca Yagami estava caracterizada com uma mini saia de veludo vermelho, onde tanto a borda quanto o cóis possuíam poás felpudos brancos, um sutiã de biquíni vermelho para cobrir os seios, botas de couro cano longo e salto alto pretas e nas marias-chiquinhas feitas no cabelo, ela havia prendido um gorro e também um pequeno sino dourado que emitia um som característico quando ela mexia a cabeça.
ㅤㅤㅤㅤE era a voz dela, o barulho do sino e as risadas das crianças que podia ser ouvida pelos convidados que iam chegando para a festa do orfanato.
ㅤㅤㅤㅤ— HAHAHAHAHA, VOCÊ NÃO ME PEGA! - gritava um grupinho de meninas e meninos que desviavam da cantora de um lado para o outro.
ㅤㅤㅤㅤ— AHHH EU PEGO SIM! - e nesse momento ela pulava sobre o sofá que havia sido posto próximo a árvore de natal, ficando assim de frente para a porta de chegada.
ㅤㅤㅤㅤ— DADDY! - ela grita ao ver Iori Yagami passando pela porta, os órfãos param de fazer bagunça por um minuto e vão para longe de Candy aproveitando a oportunidade e aguardando a continuação da brincadeira. — Nossa, tá com a cara do ‘vovô’ Yagami, credo! Isso por que você não queria nada se parecer com ele. HAHAHAHA! Bem-vindo! E feliz natal! - ela vai se aproximando enquanto fala, sabendo que o pai tem uma mania de não cumprimentos de contato, abraça o mesmo e deixa um beijo em sua bochecha.
ㅤㅤㅤㅤ— Feliz Natal, Chi… errrr...humm não, mais alta um pouco. MOÇA! - ela engasga e dando um passo para trás e olhando melhor o rosto da mulher com seu pai continua falando e abre um grande sorriso para ela e no impulso faz o mesmo comprimento feito em Iori. Abraçando e beijando o rosto dela. — Bem-vinda!
ㅤㅤㅤㅤAs crianças notando a demora da ruiva, resolveram se aglomerar nas pernas dela, temendo que essa não fosse mais brincar com eles e a chamavam com insistência.
ㅤㅤㅤㅤ— Tia Candy, vem brincar. Tia Candy, vem brincar. Tia Candy, vem brincar. - as vozes e chamados iam alternando de um para outro dos meninos e meninas que estava na brincadeira.
ㅤㅤㅤㅤ— Tá legal! Mas vamos ter que mudar de brincadeira!- ela fala girando e empurrando as crianças para longe do caminho do pai e sua namorada. Deixando um aceno para os dois. — Ou vocês querem estar sujos quando o PAPAI NOEL chegar!
ㅤㅤㅤㅤ— NÃOOOO! - responderam todos juntos.
ㅤㅤㅤㅤ— Ótimo! Eu conto e vocês se escondem, cada um que eu achar vai sentar quietinho perto da árvore até a hora da chegada dele! VALENDO! ONE, TWO… - A popstar começou a contar e virou-se de costas para os meninos com as mãos nos olhos.



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☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty Re: ☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second

Mensagem  Convidado Ter Dez 11, 2018 10:08 pm

A manhã estava com um vento mais forte que durante o outono, o inverno já havia aberto seu caminho e se instalara na cidade. A forma como a paisagem se formava ali naquela praia era capturada pelo ‘click’ da câmera de Cassy. Havia alguns pássaros mariscando na areia, atrás as ondas do mar se formava e o vento deitava algumas plantas e outras se balançavam conforme o mesmo soprava.

A morena terminou suas fotos e levantou da toalha que havia estendido sobre a areia, algumas horas antes. Os pássaros voaram ao notar sua movimentação. Ela guardou na bolsa sua máquina fotográfica e puxou a toalha sacudindo-a ali mesmo.

Cassyana havia chegado naquela cidade com um propósito definido, o qual havia cumprido muito bem. As informações sobre a Ikari e seu general, havia sido entregue para sua agência conforme fora solicitado. E seu serviço havia sido ampliado para outras agências que existiam nos EUA. Que ela resolveu deixar para se engajar após as festas de final de ano.

Ao passar em frente a uma banca de jornal, viu ali pregado um convite para o natal no orfanato da cidade.

– Onde fica esse orfanato é longe daqui dessa região? - ela pergunta ao vendedor que estava ali, indicando a área do mercado coreano e entrada para quinta avenida como ponto referência.

– A pé fica um pouco longe, mas se ir de táxi deve chegar em poucos minutos, fica no continente. - o homem a responde com pouco interesse na garota e querendo voltar sua atenção para seu rádio.

– Obrigada, posso levar? - ela aponta para a pilha de papel que estava sobre a banca.

Com um aceno positivo do homem ela se retirou após pegar o pequeno papel com informações sobre o evento.


A croata sabia que a festa era mais uma chance para mesclar-se na sociedade da cidade e aprofundar mais a ideia de quem ela era, uma fotografa freelance. E foi quando ela recebeu o nome do seu amigo oculto, que ela percebera que era a festa anual mais famosa que tinha na cidade, o grande encontro de nomes conhecidos por diversos motivos. E que ela já havia penetrado o do ano anterior.

Na véspera da noite de natal ela gastou boa parte do seu dia atrás de um presente para a pessoa, uma coisa bem difícil quando você não convive com a pessoa e não tem a mínima ideia, quais são seus hábitos e gostos. E claro ela acabou comprando algo para si mesma também no dia de compras. Um vestido que ela resolveu usar na festa.

A morena apareceu no orfanato, meia hora após a hora marcada, notava claramente que já havia convidados por lá. Ela vestia um vestido prata, curto, com um decote nas costas, alças finas e um decote de tecido em ‘V’ nos seios. Usava uma sandália preta e seu cabelo estava penteado num moicano com uma trança enfeitada com pedras brilhosas.

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☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty Re: ☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second

Mensagem  Convidado Qui Dez 13, 2018 9:52 pm


Katarina Alves
Amigo Oculto
"O que é Natal?"



ㅤㅤㅤSecond.

ㅤㅤㅤKatarina Alves não estava conseguindo dormir naquela ante-véspera de Natal. Poderia até dizer que já era véspera, pois o relógio já marcava uma da manhã. O que havia tirado ela do sono novamente eram suas lembranças que permeava seu sono. Era sempre nessa época do ano que os pesadelos ficavam mais frequentes. Memórias de sua vida órfã nos momentos ruins que se tornaram para ela o Natal.
ㅤㅤㅤ── Bosta de vida. - por viver sozinha, ela sempre falava português consigo mesma.
ㅤㅤㅤEla levantou da cama, nua, e foi para pequena cozinha do lugar. Bebeu suco direto da caixa e voltou o restante para a geladeira. Olhou por um tempo as prateleiras, não havia nada ali que aquela caixa de suco e restos da lanchonete que ela trabalhava. Frustrada ela fechou a porta e voltou para a cama.
ㅤㅤㅤPouco antes de dormir ela novamente lembrou da menina que entrara naquela manhã em seu local de trabalho com uns panfletos que o dono pegou para ajudar na distribuição.
ㅤㅤㅤ── Esse foi o catalizador dessas porras de pesadelos. - ela murmura virando de bruços na cama.
ㅤㅤㅤSuas mãos foram para debaixo do travesseiro e ela dormiu novamente. Ainda lembrando de Hotaru e sua festa de Natal no orfanato da cidade.

ㅤㅤㅤNa noite da festa, Katarina Alves, vestiu suas roupas costumeiras, calça listrada de cóis super baixo, sandálias, um sutiã de biquíni e sua jaqueta por cima. Cabelos estavam soltos e um pouco úmidos, mas o vento já havia tratado de deixa-lo bem seco no caminho até o local. Ela não havia posto o coldre com as armas de fogo e nem seus óculos escuros.
ㅤㅤㅤEla olhou para todos que estavam no ambiente, encarando um a um, lembrando vagamente de alguns rostos por conta do torneio que havia entrado meses antes. Caminhou para um cadeira vazia, a puxou para um canto próximo de uma parede afastada e sentou-se cruzando as pernas. Ela não possuía intimidade com ninguém para iniciar conversas ou até mesmo cumprimentar.
ㅤㅤㅤ── O que vim fazer aqui? - ela murmurava em português consigo mesmo, na esperança de ninguém entender e começou a buscar com os olhos onde estavam as bebidas.





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☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty Re: ☆ Natal 2018 ☆ Ocultos de Second

Mensagem  Convidado Dom Dez 16, 2018 2:18 am





ㅤㅤUm novo lar. Uma nova família. As coisas estão um pouco melhores, eu acho. Finalmente parei em algum lugar, sem precisar ficar arrumando as malas todas as vezes para subir em algum trem ou em algum avião. Já estava ficando cansada de tantas migrações, de tantas idas e vidas sem fim. Eu entendo a situação, sei o quanto meu pai é amado por poucos e odiado por muitos. Mas para uma menina com uma condição dessas... era frustrante!

ㅤㅤEu já conheço essa família e me sinto um tanto que envergonhada por estar aqui. Não é por não gostar deles, mas ainda me lembro, claramente, das vezes que briguei com eles e até ameacei alguns deles de morte. Esses que falo são dois irmãos meus, que tive pouco envolvimento. Hoje... estou conhecendo-os melhor e dando uma oportunidade para eles me conhecerem também... saber quem sou, de onde vim, como sou... Mas leva tempo, eu sei que leva.

ㅤㅤEu não quero falar dos meus problemas. Da minha doença. São lembranças ruins que me fazem querer chorar. Não estou nem mesmo afim de pensar nas minhas alucinações. Venho tentando ignorar as vozes que ecoam na minha cabeça e principalmente nas manifestações do gato sorridente que vejo com muita frequência. Eu tento viver como uma menina normal, longe de qualquer tipo de encrenca, mesmo tendo um pai que insiste em continuar me treinando. Ele diz: “Você precisa estar sempre afiada!”, mas... eu não sei se é realmente isso que eu quero. “Eu não vim aqui procurando por uma luta!”

ㅤㅤHoje estou na sala de estar da nova casa, em 2nd South Town. Já vim tantas vezes para essa cidade que me acostumei com as pessoas e com o clima daqui. Estou sentada na sala de estar, com a televisão ligada em algum canal aleatório, mas com minhas atenções voltadas para as pilhas de papéis espalhados pela mesa central. Com um lápis de cor em mãos, traço o desenho de um campo esverdeado, com um céu azulado devida a ausência de nuvens. Eu tento desenhar uma pessoa nesse campo, mas sai completamente errado. Bem... deformado seria a palavra ideal. Eu não sei se é falta de criatividade ou algum incomodo mental... Eu acabei colocando um chapéu gigante na cabeça desse homem desfigurado e um braço mecânico feito com engrenagens de madeira. Quando me dei conta... eu havia desenhado o chapeleiro maluco, sentado, como se houvesse uma mesa imaginária posta na sua frente.

ㅤㅤQuanto mais eu tento me afastar de lá... parece que ele vem à minha procura.

ㅤㅤSoltei o lápis na mesa e massageei meu rosto com minhas próprias mãos. Quando abri os olhos novamente, o desenho havia mudado. Ele era um campo de batalha agora, repleto de sangue, morte, destruição. E no centro do desenho, estava ela... Reddy Vogue, ou melhor dizendo, a Rainha Vermelha! Ela voltou. Voltou com o seu reinado sangrento, sua mania por conquista e destruição! Muitos soldados estão mortos e com suas cabeças amputadas. E ela, no centro de tudo, segurando seu cetro de coração em espinhos, erguendo-o para cima como se gritasse com todas as forças: “Arranquem suas cabeças!”

ㅤㅤÉ...

ㅤㅤEu não sei mais como me sentir confortável no meio disso tudo.

ㅤㅤDean: Alice, está tudo bem?

ㅤㅤO tom de voz carinhoso da mamãe Dean me despertou do pequeno transe que estava tendo.

ㅤㅤO desenho voltou ao normal. Era apenas um campo verde com um céu azulado e um homem palito ali no meio.

ㅤㅤAlice: Ah... sim... eu estava só... pensando...

ㅤㅤA mulher sentou-se ao meu lado, no chão, olhando meu desenho com bastante interesse.

ㅤㅤDean: Esse campo verdejante é algum lugar que gostaria de visitar?

ㅤㅤEla me olhou em seguida e, quando nossos olhares se cruzaram, fiquei completamente acanhada. Senti minhas bochechas queimarem de vergonha, o que me obrigou a desviar o olhar para o chão.

ㅤㅤAlice: N-não exatamente. Eu... só gosto de lugares assim... calmos... e lindos...

ㅤㅤEu fiquei um tempo em silêncio. Mas expliquei o motivo do meu desenho.

ㅤㅤAlice: Tento imaginar cenário possíveis. Lugares que possam existir, mas que nunca foram desenhados... ou fotografados. Fico pensando em cada história que esses lugares possam ter, das pessoas ou animais que passaram por ali, do tempo que levou para o crescimento e a queda de uma arvore, até mesmo uma explicação para essa paz convidativa que ele tenta apresentar...

ㅤㅤNa realidade, eu estava descrevendo para ela, sem que soubesse, como costumo criar os mundos na minha cabeça... como cada pedaço desse reino estranho que eu consigo ir se forma dentro da minha mente e ganha vida, assustadoramente.

ㅤㅤDean: E esse é um lugar real para você?

ㅤㅤOuvir aquela pergunta me deixava um pouco desconfortável. Não eram todos que levavam a sério minhas coisas.

ㅤㅤAlice: Mais ou menos...

ㅤㅤDean: Algumas vezes a nossa mente nos leva a um mundo que queremos que exista, um pedaço de paraíso só seu. Só por que eles não existem aqui, no nosso agora, não significa que eles não existam em algum lugar, ou que não existam nesse exato momento, em um canto qualquer onde não podemos tocar ou chegar lá quando queremos. Eu entendo você, às vezes eu fico sentada imaginando um cenário possível, e vejo diversas vezes ele moldado em novas histórias. Mas... Sinceramente, já faz muito tempo que não faço isso. Acho incrível que alguém tão nova tenha tanta imaginação e disposição para moldar suas próprias histórias. Quer me falar desse mundo?

ㅤㅤFalar do meu mundo era margem para as pessoas pensarem que eu fosse louca. Tenho receio de me abrir para quem não me conhecesse direito. Olhando para ela, eu sei que não fosse me julgar. Mas e o medo? As lembranças ruins? Elas ainda me incomodavam.

ㅤㅤAlice: Você tem certeza? Quer ouvir mesmo as minhas histórias?

ㅤㅤDean: Claro que quero! Podemos ouvir elas aqui, ou você pode as contar enquanto eu faço chocolate quente para nós duas, ou prefere chá? Independente do quer beber eu tenho várias opções! Além do mais, boas histórias são sempre acompanhadas por coisas gostosas, e a julgar pelos seus desenhos, sei que tem muito a dizer.

ㅤㅤEla tinha razão e talvez isso levasse muito tempo. Então, eu optei por pedir algo que estava acostumada a comer e beber no meu mundinho.

ㅤㅤAlice: Que tal uma festa do chá, nas roseiras da Carol?

ㅤㅤDean: Perfeito!

ㅤㅤEla estava se levantando para ir fazer o chá. Me levantei junto e segurei a mão dela, querendo perguntar uma coisa.

ㅤㅤAlice: Você não vai me achar uma louca varrida? É que...

ㅤㅤEu me calei. Não gosto de falar disso.

ㅤㅤDean: Acha-la uma louca varrida?! Pequena, como eu poderia? Olha pra mim, sou o ser mais estranho que vai encontrar até ficar velhinha e não poder andar! Façamos uma troca! Você me mostra o seu mundo, e eu como eu vejo todas as coisas nesse mundo, o que você acha? É uma troca bem justa não?

ㅤㅤSorri. Bem, não custava nada tentar mostrar para ela um pouco mais do meu verdadeiro eu. Até então, eu só tinha o papai com quem ter essas conversas. A Carol também, mas não era a mesma coisa. Eu me senti mais confortável tendo esse contato, essa proximidade da mamãe Dean.

ㅤㅤAlice: Obrigada! Vamos sim! Eu vou te mostrar tudo!

ㅤㅤE de mãos dadas, nós duas fomos para a cozinha.

ㅤㅤEsse foi o começo da minha nova vida, do meu novo lar.

ㅤㅤ
Alguns dias se passaram...


ㅤㅤQuando recebi da minha irmã Lilith as cartas para o amigo oculto, sabia exatamente com o que presentear a pessoa sorteada. Eu não falei para ninguém quem era, guardei o meu convite na minha gaveta do quarto e esperei pelo dia que fossemos comprar os presentes.

ㅤㅤAndei sozinha pelas lojas. Olhando atenta para tudo, sem dar importância alguma para as pessoas à minha volta. Recusei até mesmo alguns atendentes do local, que tentaram descobrir o que eu queria levar. Mais uns minutos andando para lá e para cá, achei o que eu estava procurando e peguei para levar até o caixa. Pedi para que embrulhasse para presente e depois, carregando a sacolinha em mãos, vejo que ainda era cedo e que tinha algum tempo livre para explorar mais. E foi o que eu fiz.

ㅤㅤAlice: Olha Cheshire...

ㅤㅤSim... eu voltei a falar com os animais que viviam surgindo do nada. Nesse caso, era o único que me acompanhava para cima e para baixo, onde quer que eu fosse. Mesmo que ele ficasse falando com charadas e sempre de maneira debochada, ainda gostava da companhia dele.

ㅤㅤAlice: Tem bastante coisa legal naquela loja... será que tem alguma máquina fotográfica melhor do que a minha?

ㅤㅤO gato não parecia muito interessado nas minhas coisas. Mas, mesmo assim, ele ainda me respondia.

ㅤㅤCheshire: Depende... essas coisas teriam mais utilidades se você as transformasse em armas!

ㅤㅤAlice: Deixe de ser chato! Nem tudo fica legal como arma.

ㅤㅤComo eu disse, fiquei explorando as outras lojas. Vi preços de outros produtos que me interessavam, observei a decoração natalina que enfeitava toda a cidade e também as pessoas que ali passavam. Em algum momento das minhas andanças, pensei que fosse haver algum acidente na 2nd Street com a 5th Ave, mas não aconteceu nada, o que era um pouco estranho numa cidade que vivia de lutas e trocações.

ㅤㅤEnfim, quando encontrei com a Carol e Filia, estava já quase na hora de irmos embora. E a festa em Philantrophy Belfry tinha tudo para ser uma das mais legais, principalmente por ser a Hotaru a host desse ano.

ㅤㅤ
O dia da festa


ㅤㅤQuando cheguei no orfanato, tive alguns flashes das minhas passagens por ali. Alguns momentos turbulentos, como o massacre das meninas que viviam aqui e depois, a luta que eu tive com o meu irmão mais velho por parte de mãe, o Setsuna. Eu me lembrei da bronca que tomei da Hotaru por ter feito uma bagunça lá em cima, onde os sinos badalam em horários específicos. Nossa entrada foi tranquila, tirando o fato do papai quase ter iniciado uma discussão desnecessária por conta de um presente caro.

ㅤㅤEu esperei pela minha vez de ser recebida pela Hotaru. Eu sorria o tempo todo. Ela foi a primeira amiga que eu fiz aqui nessa cidade e que aceitou tomar chá com biscoitos quando ofereci pela primeira vez. Nós nos abraçamos e conversamos um pouco.

ㅤㅤHotaru: Quanto tempo, Alice! Você está crescendo!

ㅤㅤAlice: Obrigada, Hotaru! Eu não poderia deixar de vir para a sua festa!

ㅤㅤEntrego o presente que havia escolhido para poder entrar na festinha e depois na brincadeira. O que eu escolhi para a criança era um brinquedo desses Super Sentai, ou Power Rangers. Um desses robôs japoneses gigante com armas e espadas brilhantes, favorito de muitos meninos. Ela examinou o presente com cuidado e depois, me perguntou sobre as outras duas meninas ali.

ㅤㅤAlice: Essa é a Carol e Filia. Carol é minha irmã também, o papai adotou ela com a mamãe. E a Filia é a namorada da Carol! É uma menina muito legal!

ㅤㅤQuando fiz as apresentações, dei espaço para as duas poderem conversar com ela também e fiquei esperando pelo momento que todos entrassem. O papai foi na frente com a mamãe Dean, onde acabaram interceptados pela Candy! Ela já estava ali? Nossa! Quanto tempo se passou desde a última vez! Candy me chamava de sonhadora, vivia me tratando bem e me oferecendo suas balas de banana. Eu não gosto muito das de banana, mas nunca recusei nenhuma oferta dela. Eu penso que poderia deixa-la triste, sabe?

ㅤㅤEnfim, eu acabei dando uma voltinha por todo o salão de festa. Olhei para as pessoas que ali estavam, dei oi para algumas crianças, observei as brincadeiras... até encontrei a senhorita Katarina Alves lá, sentada sozinha e sem ninguém por perto. Ela não parecia estar se sentindo muito bem ali, o que acabou me fazendo ir até ela.

ㅤㅤAlice: Boa noite!

ㅤㅤEu comecei sendo educada. Talvez ela me reconheça pelo vestidinho azul que estou usando.

ㅤㅤAlice: Você se lembra de mim?

ㅤㅤNão me aproximei dela com más intenções. Apenas quero que ela se sinta bem, pelo menos hoje, dia de festa. Sei que talvez eu esteja sendo intrometida... mas, acho que todos precisam ter alguém com quem conversar de vez em quando.

ㅤㅤAlice: Nós lutamos na rua da cidade uma vez... você me deixou toda machucada. Mesmo que tenhamos começado com o pé esquerdo, eu aprendi bastante com você.

ㅤㅤAbri um sorriso para ela, levei as duas mãos para as costas, inquieta, logo estava balançando o meu corpo para frente e para trás. Sempre que eu ia para frente, mantinha meu corpinho na ponta dos pés, e quando eu ia para trás, me apoiava em meus calcanhares, e assim eu continuava.

ㅤㅤAlice: Está tudo bem? Vai brincar com a gente no amigo oculto?


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