Re: The Oldline

Convidado Seg Mar 18, 2019 5:54 pm

ㅤㅤㅤO brilho nos olhos de Terry me deixou feliz, porque ele estava feliz ali naquele momento. Chegaram mais pessoas, sobretudo mulheres bonitas e isso me fez ficar encabulado. A esposa do Lobo chegou a me abraçar e eu fiquei sem reação quanto aquilo…
ㅤㅤㅤ— É-é…
ㅤㅤㅤEu não sabia o que falar e nem o que fazer ali naquele meio. Bonne Jenet estava por ali também, o que me deixou mais desconfortável ainda. Sabe aquela situação em que eu você não sabe onde enfiar a cabeça? Eu estava exatamente assim ali. Felizmente, Lilith chamou o pessoal para uma mesa e Terry tratou de chamar o restante. Eu fiz sinal, demonstrando que logo logo estaria lá, precisava tomar uma coisa pra refrescar.
ㅤㅤㅤAlgumas meninas do balcão faziam graça comigo, o que acabava me deixando totalmente ruborizado. Então fiz meia volta e fui encarar mesmo a mesa que a ruiva havia reservado. Não tinha jeito, onde havia Terry Bogard, havia um monte de mulheres.

Convidado Ter Mar 19, 2019 2:06 pm

Katarina Alves
Em Second South
Uma noite e tanto.

ㅤㅤㅤKatarina estava com a cabeça cheia, ela estava num beco sem saída do que resolvera trazer como carga para sua vida. Beber e dispersar numa roda com as pessoas poderia trazer um pouco de paz. Ela foi com a ruiva para a mesa, não tinha por que recusar e nem queria.
ㅤㅤㅤ── Não tenho nem ideia de como colaborar com a conta, vou avisando. - ela falou seguindo o grupo.
ㅤㅤㅤA brasileira puxou uma cadeira e sentou-se, não demorou para uma das garotas da casa de show trazer a cerveja, a Cassy era conhecida do pessoal, mas Katarina ainda não havia de ter conversado com ela, se o fez estava muito bêbada na ocasião que tornou o presente sem lembranças.
ㅤㅤㅤ── Obrigada. - agradecendo a caneca a morena já virou uma golada.
ㅤㅤㅤSeus olhos voltaram para Terry e o menino em seu colo, era estranho aquela situação e a mulher não fazia ideia do porquê. Bebendo mais um da cerveja ela já deixou a caneca na metade. Não conhecia mais ninguém ali, então resolveu só ficar prestando atenção na conversa.

Convidado Qui Mar 21, 2019 9:35 am

ㅤㅤㅤㅤAniversário, Terry. Old Line, 2nd.

ㅤㅤㅤㅤLilith ouvia a música como se tivesse com a cabeça dentro da água, ela olhava para as pessoas vendo-os de relance, sem focar nos detalhes, as vozes estavam mais nítidas apesar de ela demorar a processar o que estava sendo conversado.
ㅤㅤㅤㅤMas sua mão foi direto na bunda de Cassy, ela estava perto demais debruçada na mesa servindo bebidas.
ㅤㅤㅤㅤ— Claro, se não vir aqui eu mesma vou lá naquele balcão te buscar. - foi a resposta da Skyamiko.
ㅤㅤㅤㅤOs olhos da ruiva focaram no marido e filho, Jack, o menino parecia a vontade no colo do pai e novamente a música encheu os ouvidos de Lilith.
ㅤㅤㅤㅤ— Alguém aí a fim de dançar? - ela falou de repente e ali mesmo começou a dançar.
ㅤㅤㅤㅤPara ela era um dia de festa, seu corpo movia-se com sensualidade naqueles movimentos feitos de forma instintiva, era uma dança mais para si que qualquer outra pessoa, mas é claro, ela não estava sozinha ali, todos podiam ver a russa. As vezes, entre um movimento e outro, que seu corpo estava rebolando e os braços erguidos próximo do rosto, Lilith abria os olhos, sempre entrava o foco do rosto de alguém do grupo em sua visão, ela vira o do seu filho duas vezes no colo do pai, na terceira vez só tinha Terry.
ㅤㅤㅤㅤ— Jack. - ela falou parando a dança e parecia que seu corpo inteiro ficou em alerta.
ㅤㅤㅤㅤPrimeiro ela olhou no grupo, ninguém estava com o menino no colo. O calor daquela dança sensual, da excitação, deu lugar a raiva e preocupação. Os olhos da russa foi para o balcão, estava apinhado de gente, as garotas ocupadas demais para ficarem paparicando uma criança, seus olhos foram para o chão, com certeza o garoto não ia ficar quieto por muito tempo no colo do americano com ele sentado.
ㅤㅤㅤㅤEra sempre assim, enquanto a pessoa estava em pé e andando para lá e para cá, o menino ficava rindo e achando tudo divertido. Mas se ficássemos parado ou sentados, ele fazia o inferno para ir para o chão, para ele mesmo sair andando para onde quisesse ir.
ㅤㅤㅤㅤTodos pareciam não estar preocupados e aquilo foi estranho, Lilith levantou a cabeça e olhou para as outras pessoas, como se tivesse esquadrinhando cada pedaço do Old Line, só com os olhos. As pessoas ali, qualquer uma poderia pisotear o garoto e nem perceber, era pequeno demais para ficar andando por ali. Ela olhou para o marido e seus amigos, tudo parecia lento, como se tivessem uma gravação e ela estivesse passando lentamente.
ㅤㅤㅤㅤQuando a Skyamiko tirou os olhos das mesas, ela viu o rosto do menino, não demorou muito, ela agiu com rapidez e já estava na frente da pessoa que ela vira com o Jack.
ㅤㅤㅤㅤ— Onde está indo com meu filho? - o aparecimento de supetão fez seu corpo trombar no da mulher e ao mesmo tempo tirar a criança das mãos dela.
ㅤㅤㅤㅤ— Você está doida, Lilith! - a voz era familiar. - Eu estava indo no banheiro trocar ele. - a garota loira abria os braços e ficava encarando a ruiva.
ㅤㅤㅤㅤLilith piscou, o rosto da garota entrou em foco, era a filha de Terry que havia chegado em algum momento que a russa não reparou.
ㅤㅤㅤㅤ— Anita! - o corpo da ruiva relaxou. - Não faz isso de novo. - ela repreendeu a garota loira e começou andar com ela para o banheiro.
ㅤㅤㅤㅤTerry como sempre saíra sem a bolsa de Jack com suas coisas, Anita além de vir para a festa havia trazido consigo a mesma. A carregava no ombro enquanto elas conversavam na fila. O banheiro masculino também estava com fila, mas bem menor e mais rápida que o outro.
ㅤㅤㅤㅤ— Vem! - ela disse passando pelo cara que acabara de sair e entrando no banheiro masculino com o menino no colo.
ㅤㅤㅤㅤ— Ei! - dois caras que estavam no mictório reclamaram.
ㅤㅤㅤㅤ— Fiquem tranquilos, rapazes, não tenho interesse no brinquedinho de vocês. - ela foi para o lado da pia. - Aqui Anita, troca ele enquanto uso o sanitário ali.
ㅤㅤㅤㅤA ruiva foi para a cabine e fechou a portinhola deixando a loira com o filho do lado de fora, ali mesmo no banheiro masculino.

Convidado Qui Mar 21, 2019 5:33 pm

ㅤㅤㅤA russa estava definitivamente bêbada, pude sentir pelo hálito forte de vodka. Veio me abraçar e apertar a minha bunda. Cravei a mão na bunda da mulher durante aquele abraço e soprei no ouvido dela apenas para a mesma escutar.
ㅤㅤㅤ— Quero ver esta ousadia toda só nós dois lá no camarim… tá vazio a essa hora…
ㅤㅤㅤMas eu sabia que ela iria declinar… Lilith era tão perdidinha em Bogard, que recusaria até um pau cibernético que trabalhasse 24h por dia, tudo por causa do tal Running Wild, mesmo consentido em ele sair por aí enfiando o piru em tudo quanto é mulher… Vá entender… quando a “paixonite” bate, não tem pica que rebate. Cheguei para Bogard logo depois e disse:
ㅤㅤㅤ— Um dia ainda vou comer tua mulher…
ㅤㅤㅤMas aí a atendente local passou por ali, lançando uma mensagem a Bogard sobre o mesmo apresentar os amigos. E esse filho da puta ainda não havia apresentado. É um arrombado mesmo, né? A mulher tinha um rabo tão grande, que eu precisei me afastar para ela não esbarrar em mim e acabar causando algum acidente com as bebidas. Era um rabo que… pelo amor de Buda, Deus e seja lá qual for a divindade que manda e desmanda nessa cidade fedorenta. Baixinha e gostosa… Imaginei ela me “pagando um bola” ali… Olhei para a cara do Lobo e semicerrei meus olhos… Eu tinha certeza que aquele filho da puta já tinha comido aquela atendente! Certeza!
ㅤㅤㅤTinha outra morena com saia curta, cara um tanto enfezada, mas também era gostosa. Parecia que os bons tempos naquela cidade maldita haviam voltado. Conhecia Bogard… Hmmm… Eu tinha certeza que… melhor deixar pra lá, né? Vou ficar repetindo isso o texto inteiro?
ㅤㅤㅤBonne Jenet, a famosa pirata, também não era de se jogar fora. Gostosinha e na medida certa… Que Yuriko perdoe meus pensamentos colocados nestas linhas…
ㅤㅤㅤContinuamos a papear e a filha do vagabundo apareceu, Anita. Vi aquela guria nascer… Família de bruxa… Eu metia na tia dela e o vagabundo na irmã… Passamos um bom tempo assim… Que doideira, cara. A garota carregava uma bolsa de criança nos ombros e, quando me viu, deixou a bolsa nas mãos de Terry – que já segurava o moleque – e correu pra pular na minha direção…
ㅤㅤㅤ— TIO KEITH! QUANTO TEMPO…
ㅤㅤㅤ— Achei que não fosse me reconhecer… — segurei a garota nos braços, retribuindo o abraço. — O que você anda fazendo da vida?
ㅤㅤㅤ— Me tornei atriz pornô… Atualmente, tô sendo babá do filho de dois desnaturados aí… — ela falou com ironia ao repousar os pés no chão.
ㅤㅤㅤ— Heheheh… É a vida… Então anda fodendo muito, né?
ㅤㅤㅤ— Mais ou menos… Nem todo mundo é bom de pica… A maioria diz que sim… Mas na prática…
ㅤㅤㅤRimos muito. A garota pediu licença e pegou Jack do colo do pai, a bolsa e se mandou em meio ao povo.
ㅤㅤㅤA mulher do Lobo já tava doidona no álcool. Do nada, ficou vidradona… possivelmente havia tomado uma bala, sei lá… Só sei que saiu procurando algo que não entendi. Terry continuava naquele “foda-se o mundo, pois meu nome não é Raimundo”. Às vezes parecia que aquele cara estava no mundo da lua. Peguei uma bebida e fiquei na minha trocando ideia com os caras que estavam ali.

Convidado Seg Mar 25, 2019 1:28 pm

O Serviço
Março/2019.
Old Line, Second.

ㅤㅤㅤA texana estava vestindo uma de suas calcinhas, fio dental, quando ouviu a batida na porta e voz da sua amiga do outro lado a convidando para sair. – Vou depois, Cassy! – foi à respostada dada por Estela. A agente tinha comparecido mais cedo no escritório da CIA ali naquela cidade e já havia recebido uma missão. Um dos parlamentares que residia na cidade estava com ligação no crime organizado e segundo a esposa do homem, que é informante, os documentos das empresas de fachada que conectava o deputado ao crime estavam num cofre no escritório da casa dele. E a missão da negra era entrar, pegar os papéis e sair da casa. A mulher ainda localizaria e abriria o cofre, seria o que facilitaria a vida de Estela na missão. Mas a mulher não achava que tudo sairia daquele modo, foi prevenida. Antes de colocar um vestido preto de alcinha, ela optou por amarrar o coldre de coxa e de sua faca na perna direita. A peça de roupa não era longa, cobria até a metade das coxas da empresária. O zíper da bota fez barulho ao ser fechado, logo Estela estava saindo do apartamento onde morava com Cassy e entrava em um táxi, o endereço dado foi reconhecido pelo motorista, este começou a puxar uma conversa que a texana não estava interessada em dar continuidade, dando sempre respostas vagas ou concordando com algum comentário. – Obrigada. – a mulher saía do veículo, pagando a corrida e caminhando calmamente, como fosse uma convidada, para a porta da frente da casa do parlamentar. A campainha tocou, uma mulher loira surgiu na porta. – Venha, entre. – ela deu passagem para a mulher negra e após fechar a porta começou a conduzir ela para o escritório e falar. – Eu achei o cobre debaixo do tapete de jacaré, no piso. Estava tudo lá dentro. – Estela acenou com a cabeça, que havia entendido, e foleou as pastas que a mulher apresentava, o conteúdo ajudaria a expor o parlamentar, mas aquilo era para outra coisa e não prender o homem, chantagem era a grande moeda para aprovar leis no congresso. E os aliados do presidente tinha um grande projeto de lei para aprovar, precisavam dos votos de grande maioria dos deputados. O barulho de um carro chamou atenção das mulheres, a loira olhou assustada pela janela e visualizando o carro do marido em frente da garagem. – Vou sair e você o atrasa na porta da frente. – Estela se virou para a porta do escritório, mas a mulher impediu. – Tem alarme. – olhando alguns segundos para a porta do escritório, a negra pensou rápido. – Vai, desativa o alarme e recepciona ele, dá tempo de eu sair daqui. – a loira partiu para o aparelho na entrada da casa e a agente aguardava tinha que dar o tempo para a outra digitar o código. E ela o fez, o marido abriu a porta, surpreendido pela recepção e também desconfiado da cara de espanto que sua esposa se encontrava. – O que está acontecendo, Cindy? – ele falou e seu olho já foi para o circulo vermelho do alarme que se formava no painel quando desativava nos cômodos da casa. – Por que o meu escritório está com o alarme desativado? – ele vociferou a agarrando pelos braços e dando uma sacolejada. A resposta não veio da mulher, mas sim da agente da CIA. – Solta ela. – a arma estava apontada para a cabeça do parlamentar. Estela não estava com identificações de onde trabalhava e nem pretendida mostrar. – O que você pensa que estava fazendo? – o homem questionava. – Somente ganhando vantagem deputado, não é assim que se faz no congresso? – a texana sorriu com sarcasmo. – O que está fazendo aqui ainda, Cindy? Você sabe que tem que estar fazendo as malas para sair daqui ou rezar para ela me matar. – o cara falou para a mulher, mesmo estando de costas para ela. A negra não estava de brincadeira, teria que sair dali sem maiores danos, mas também não ficaria parada se o homem resolvesse atacar. – E o que te dará essa vantagem? – ele perguntou encarando-a. – E o que faz pensar que a vantagem é para mim? – o sorriso ficou maior no rosto da mulher negra. O som do tiro foi alto, doeram os ouvidos de Estela, ela não estava esperando e aquilo a fez ficar assustada e abaixar por reflexo. A testa do parlamentar estava com um enorme buraco e atrás dele estava uma mulher apavorada com uma arma na mão. A esposa matou o marido e começou a balbuciar. – Ele estava me traindo para conseguir votos, agora quer me expulsar de casa... eu.. eu... – ela largou a arma cair no chão e levou as mãos na cabeça. Estela guardou a arma, pegou seu aparelho de telefone e chamou um carro de aluguel, saiu da casa, deixando a mulher em choque ali com o corpo do marido e foi depois de andar bem para frente na rua, para esperar seu carro, ela entrou no táxi ligando para a polícia e informando ter ouvido barulho de tiro e passou o endereço. Para o taxista ela pediu para seguirem até o Old Line. Não estavam longe, o bairro de residência do parlamentar democrata era em Blue Wave e a casa de shows estava bem perto dali. Como se nada tivesse acontecido ou visto, a texana saltou do veículo, pagou, como anteriormente e entrou na boate sem preocupação alguma, como se tivesse ali só para curtir a noite, o que não era mentira. Ela sorriu ao se aproximar do balcão, a casa estava cheia e Cassy estava totalmente absorta no servido dela. – Quero um Martíni. – a negra falou sorrindo para a amiga.

Convidado Ter Mar 26, 2019 7:50 pm

ㅤㅤㅤ O aniversariante estava rodeado de companhia. Terry era sempre assim e no seu aniversário não seria diferente. A retribuição do cumprimento foi ele ter me chamado pra beber. Ergui o punho, saudando o chamado e gritando.
ㅤㅤㅤ — FALOU TUDO, BOGARD!
ㅤㅤㅤ Eu não estava muito junta da galera. A garota do bar servia, eu bebia e isso estava de bom tamanho. Não vi necessidade de roubar ninguém por ali, não pareciam cheios da grana, não tinham essa cara toda. Gostei de rever Rock, estava bonito como sempre. A ruiva, mulher do louro, pareceu não ir muito com a minha cara logo de início. Dei de ombros. Mas podia ser mera impressão minha. Continuei bebendo e observando todo o auê que estava acontecendo ali naquela casa de shows.
ㅤㅤㅤ Apareceu uma bela mulher negra no lugar. Parecia ser uma dançarina, mas percebi que ela só queria matar o tempo bebendo mesmo.
ㅤㅤㅤ Fui bebendo mais e mais. Eu ia precisar beber muito pra ficar torta com cerveja. pirat

Convidado Qui Mar 28, 2019 3:11 pm

ㅤㅤㅤㅤ — Morena! Vai ficar tudo bem?
ㅤㅤㅤㅤ — Vai, Duck! Você é muito exagerado! Tá achando que eu vou morrer porque estou carregando uma criança na barriga? Vai lá! E dá os parabéns pra ele por mim!
ㅤㅤㅤㅤ — Oooooh… yeaaah…
ㅤㅤㅤㅤ Foi assim, nessa simplicidade da resolução das coisas, que Duck King saiu, rumo à comemoração ao aniversário de Terry Bogard, seu velho amigo. Laura havia ficado com suas conjecturas e, por mais que Duck não quisesse deixá-la a sós, ele precisava, no mínimo, dar as caras onde quer que Terry estivesse. Só que ele foi para o lugar errado.
ㅤㅤㅤㅤ — Como assim? Ele não está aqui? — o negão perguntava ao gerente do Pao Pao.
ㅤㅤㅤㅤ Bob Wilson apenas balançava a cabeça em sinal negativo, fazendo com que o rapper ficasse completamente desapontado. Provavelmente aquele branquelo americano estaria rodando em algum canto dos EUA, enchendo a cara de cerveja e rodeado de mulheres. Bob Wilson, que fazia algumas contas, levantou a cabeça em direção ao DJ e disse:
ㅤㅤㅤㅤ — Você já deu uma passada no Oldline? Talvez ele esteja comemorando por lá...
ㅤㅤㅤㅤ — Ir até 2nd South a essa hora e não encontrá-lo lá vai ser foda, hein? E desde quando Terry comemora aniversário fora de Southtown?
ㅤㅤㅤㅤ — A pergunta é outra, Duck! Desde quando Terry Bogard comemora aniversário?
ㅤㅤㅤㅤ Era verdade. Aquilo fez o negão pensar. Levou o dedo indicador até o lábio inferior e ficou olhando para o nada. Terry não comemorava aniversários, simplesmente querendo deixá-los passar. Ao menos era isso que ele estava habituado ao amigo louro. Mas algumas coisas podem ter mudado em sua vida e quem era Duck King pra ficar se metendo na vida de alguém.
ㅤㅤㅤㅤ O negão cruzou a divisa entre as duas cidades de Uber. Aquela noite de sexta-feira, como sempre, mantinha um tráfego enjoado. O rapper pagou a conta assim que o motorista estacionou no endereço da Sunset Boulevard. Duck King caminhou tranquilamente com aquele seu passo que mais parecia trote, balançando o corpo para um lado e para o outro durante os passos.
ㅤㅤㅤㅤ Ao entrar na casa noturna, o negão, trajado com uma bata comprida, calças largas, sapatos de tiras de couro e seu inseparável óculos escuros, visualizou facilmente onde estava o aniversariante, rodeado de mulheres e alguns “parceiros”.
ㅤㅤㅤㅤ — HEEEEEEEEEY… TEEEEERRYYYYY! FELIZ ANIVERSÁRIO, SEU FILHO DA PUTA! — gritou o negão ainda da entrada e acima do som local, para espanto da maioria.

Convidado Qui Mar 28, 2019 7:54 pm

Era dia do aniversário do meu ídolo. Eu já havia comemorado sozinha esta data diversas vezes, não importava com isso. Não é todo fã que tem seu ídolo a disposição para uma coisa dessas. Como eu havia alugado uma kitnete no bairro coreano, trabalhando de assistente social no mesmo bairro graças à família Kaphwan, pedi aquele dia de folga justamente para curtir alguma coisa. Era aniversário do homem que eu venerava.

E então eu decidi ir para o Old Line. Era o lugar que tocava rock, onde tinha pessoas diferentes, legais, bebida e tudo o que faz de uma noite uma coisa boa. Só que eu teria uma surpresa muito boa quando cruzasse as portas daquela casa de show.

- Não acredito…

Comecei a tremer dos pés a cabeça. Ele estava lá. Não sabia o que fazer. Estavam várias personalidades ali e por mais que eu já tivesse participado de um KOF, encontrar todas aquelas pessoas era algo muito especial para mim. Fui andando devagar, mantendo uma certa distância para não incomodar Terry, observando um momento para poder falar com ele.

Convidado Qui Mar 28, 2019 9:54 pm

ㅤㅤㅤEu voltava novamente para Southtown, depois de um trabalho pesado e cansativo próximo da fronteira com o México para o lado do Texas. Anton já estava irritadiço por ficar confinado por horas em uma gaiola sobre duas rodas na estrada. A demora foi maior por causa das diversas paradas para deixar ele correr por meia hora.
ㅤㅤㅤA grana foi boa e principalmente a mente ocupada, táticas e estratégias, tudo após uma investigação pesada. Nada além disso estava na minha cabeça, mas subir na Harley e zarpar de volta para minha casa, ah! Isso sim fez tudo voltar como uma pesada porrada. As lembranças dos momentos bons e ruins, isso afundava ainda mais meu peito, parecia que uma mão apertava meu coração cada vez mais o deixando estreito dentro de mim, mal conseguia respirar.
ㅤㅤㅤMas! Agora estou aqui, na agitada Second, onde a noite move tudo. Sentia falta de relaxar num bar e beber, muitas coisas faziam falta na realidade. Esse era o problema. Não vi rostos conhecidos no trajeto do estacionamento até estar dentro da casa de shows, a noite já havia entrado bastante, talvez já passasse da meia-noite, porém, não estava a fim de verificar.
ㅤㅤㅤA passada na minha casa foi rápida, deixei Anton livre no território dele, coloquei comida e água. Deixei um afago sobre a cabeça dele e fui para o banheiro. O banho foi rápido, queria sair dali, daquele lugar vazio, encontrar alguém para conversar, assim tudo na minha mente ficava escondido um pouco mais, até eu estar tão cansada que apagaria na cama, quando voltasse para casa.
ㅤㅤㅤNão procurei ninguém ao passar pela porta do Old Line, nem tive lembrança de que aquele dia em específico era aniversário do meu amigo, e nem por ele eu estava procurando. Mas como dizem sempre: O mundo é pequeno. Pelo menos minha mente ficaria dispersa por algum tempo, afinal havia muitas pessoas para conversar e desafiar na virada da caneca de cerveja.
ㅤㅤㅤFui caminhando tranquila, não tinha por que correr, pelo que eu conhecia, aquele grupo ali demoraria a pedir arrego e ficariam ali até a casa fechar. Duck King, Rock e Terry foram os únicos que reconheci na hora, depois meus olhos viram Bonne, aquela loira marrenta tinha saído da água afinal. Por que?
ㅤㅤㅤ— Qual é o lance dessa reunião que eu não fiquei sabendo? - chego falando batendo a mão no ombro de Terry Bogard.

Convidado Sáb Mar 30, 2019 11:15 pm

ㅤㅤㅤㅤAniversário, Terry. Old Line, 2nd.

♪ Don't care what they say
Or what games they play
Nothing is enough
'Til they handle love (let's do it tonight)♫

ㅤㅤㅤㅤLilith saiu do banheiro do mesmo modo que entrou, sem nem ligar quem estava ali ou não. Anita estava indo para a mesa com a criança, já a russa. Bom, vamos só dizer que a música do ambiente estava bem melhor e foi para a pista que a mulher se mandou.
ㅤㅤㅤㅤA ruiva chegou cantando na pista, seu corpo passava por todos que estava junto ali dançando e curtindo a vibe daquela música.
ㅤㅤㅤㅤ— “Excuse me (excuse me) … But I might drink a little bit more than I should, tonight… And I might take you home with me if I could, tonight… And, baby, Imma make you feel so good, tonight… Cause we might not get tomorrow...” - a voz da mulher estava alta, o corpo dela estava indo de um lado a outro com os rebolados.
ㅤㅤㅤㅤOs dedos entravam nos cabelos os jogando ainda mais ao ar, o corpo de Lilith era novamente envolvido com calor, dos outros e o dela aumentava. Uma garota se posicionou na frente da russa e um cara encaixou nas suas costas, a música continuava, as mãos da vadia de Terry passavam no corpo da morena que estava com a bunda passando em sua cintura.
ㅤㅤㅤㅤEla sabia que estava ali para se divertir, alguém entregou uma bebida na sua mão enquanto na outra era colocada uma pílula. A ruiva enfiou a droga na boca ao mesmo tempo que levava o copo aos lábios virando a bebida, desceu queimando, sem que ela sentisse, dessa vez era uísque.
ㅤㅤㅤㅤ— YEEAHH! Give me everything tonight! - o tempo da cantoria da mulher não chegava nem perto de está certo com a música, mas ainda sim ela se divertia sem dar importância que estava desafinada.

ㅤㅤㅤㅤA música mudou, assim como a russa, ela andou pelo lugar, mudando de roda e abrindo outra do outro lado de onde havia começado a dançar.
ㅤㅤㅤㅤ— All I wanna do is fucking your body… Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh… - a repetição da letra continuava saindo da boca da Skyamiko enquanto seu corpo mexia-se.
ㅤㅤㅤㅤSuada e com os cabelos grudando em seu pescoço, rosto e ombros. A mulher continuava rebolando e dançando no meio do pessoal, fazendo novamente um grupo dar atenção para si, mais mão passando, mais alguns corpos sendo apertados por ela.
ㅤㅤㅤㅤ— I came here tonight to get that shit out of my mind… I'm gonna take what I find (Uh oh, yeah!)… So open the box, don't need no key I'm unlocked… And I won't tell you to stop (Uh oh, yeah!) - os lábios de Lilith passavam contra a boca de uma negra que também estava ali se divertindo, os olhos da mulher faiscavam nos dela, e as mãos se enchiam com aqueles seios fartos.
ㅤㅤㅤㅤAs músicas começavam a parecer que estavam sendo tocadas para a vadia russa se acabar ali naquela pista de dança.

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