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☆ Natal 2017 ☆ Ocultos de Second

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☆ Natal 2017 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty Re: ☆ Natal 2017 ☆ Ocultos de Second

Mensagem  Convidado Sex Fev 09, 2018 1:36 pm



A CHEGADA, O SHOW E A REVELAÇÃO
Chegou a hora de revelar... os Ocultos de Second!
Em 2ND SOUTH TOWN


ㅤㅤAntes de sairmos do Hotel, Chizuru mostrou-se um pouco irritada com toda a situação. Havia mandado Alice e Carol irem na frente e esperaria por minha namorada se arrumar para que chegássemos juntos ao local. Esse era o meu estilo de fazer as coisas acontecerem quando se tratam de show. Se fossem para me ver chegando, quero que todos os presentes vejam que estou acompanhado. E não, não espero encontrar aquelas fãs escandalosas que já tive no início de carreira, tão pouco esperava encontrar algum conhecido meu no mundo da música por ali. Enquanto espero, Chizuru apareceu carregando a sacola com o presente dela. O meu estava logo abaixo do meu braço. Ela resmunga sobre o fato de ter um show, sobre eu estar ali e que ela poderia muito bem chegar lá sozinha. Percebo o incomodo que ela estava passando naquele momento, até tenho suspeitas do que poderia ser e tudo que entreguei para ela foi um sorriso confiante e um olhar determinado.

ㅤㅤ── Não há com o que se preocupar. Tudo vai dar certo. ── Essas foram as únicas palavras que mencionei para a sacerdotisa naquele instante. E junto dela, parti em direção ao Old Line em um táxi que havíamos chamado.

ㅤㅤO caminho para a casa de shows foi bastante tranquila, assim como nossa chegada. Paguei ao motorista e deixei que ele ficasse com o troco. A diferença era mínima, de toda forma. Lado a lado, caminhamos passando pelas pessoas. Alguns me reconheciam fácil, alguns por conta dos eventos de luta que participei ao longo dos meus 22 anos de carreira como lutador e outros na carreira de músico. Alguns estavam até mesmos impressionados de me verem andando trajando um longo sobretudo preto, carregando meu baixo de Rickenbacker nas costas e ao lado de uma linda e elegante mulher. Apenas fiz sinal para que os demais incômodos a minha frente abrissem o caminho e permitissem minha passagem com a de Chizuru, e claro, ninguém me questionou, dada à minha fama de lutador agressivo e violento. Essas coisas vinham a calhar certas vezes... usar o medo e o receio dos mais fracos para que as coisas andassem conformem fosse minha vontade.

ㅤㅤJá lá dentro, dei uma boa olhada para o local e avistei todos os convidados para o amigo oculto presentes. No palco, percebi o movimento das amigas de Rebecca, também integrantes da banda dela – o Killer Bambies. Nesse momento, apontei para onde estavam Alice e Carol, percebendo que elas acenavam para nós no momento que nos avistaram.

ㅤㅤ── As meninas estão ali. Vou indo me preparar. Vejo você mais tarde. ── Encerrei com um selo rápido aos lábios de Chizuru e parti para a entrada do palco.

ㅤㅤRebecca não esperou mais e fez o que deveria ser feito mesmo naquela ocasião. Já havíamos combinados de que algumas músicas seriam da banda dela e outras da minha. Como o pessoal da banda que fui acostumado a tocar e fazer turnês pelo mundo inteiro não puderam comparecer para essa apresentação em especial, aceitei que as meninas da banda da Candy fossem as responsáveis por executar a trilha das minhas músicas mais tarde. Como sei do potencial dessas meninas, não havia nada com o que preocupar. A única coisa que devo mesmo ter em mente é que minha voz irá entreter essas pessoas. Meu desejo quando estou no palco era sempre um só, que as almas delas fossem tocadas com os meus mais profundos sentimentos, aqueles que ninguém mais conhecia ou sabia a respeito de mim. O lado sombrio e obscuro da lua que ninguém conseguia ver. Era assim como eu me enxergo no palco.

ㅤㅤRebecca começou. O som animado e pesado do rock and roll que ela e suas colegas costumavam fazer para as apresentações tomou conta de toda a estrutura do Old Line. A voz de Rebecca, no palco a Candy Cane, era cativante. Ela sabia como alegrar o público e empolga-los a cantar junto a ela. Sei que haviam alguns infelizes que se aproximaram do palco somente para espiar por debaixo da saia minúscula que minha filha usava. Como pai de várias meninas, me preocupo com esses tipos de coisas, já tive até discussões com o modo da Rebecca se vestir para lutar e apresentar... Humph... Nunca eram discussões saudáveis.

ㅤㅤNo instante que ela encerrou sua canção “Let’s Have some fun”, do álbum “Let’s Make Some Noise” que ela mesma havia lançado no início de sua carreira, as luzes do palco se apagaram e Rebecca me introduziu ao público. Foi neste momento que entrei, revelando não estar mais usando o sobretudo preto de antes e nem com o baixo de Rickenbacker comigo. No lugar do sobretudo estou trajando uma camisa regata preta e justa ao meu corpo, devido ao meu porte físico. As costumeiras calças vermelhas, de mesma tonalidade que meus cabelos cor de fogo, sapatos pretos de solado marrom, a gargantilha no pescoço que aparentava estar bem apertada na visão dos terceiros e um colar com o pingente da lua na altura do pescoço. Aproximei do outro lado do palco, pegando um dos microfones também.

ㅤㅤ── Hum... Boa noite a todos!

ㅤㅤAs luzes apontavam para mim e Rebecca naquele instante. Ambos estávamos lado a lado no palco, pela primeira vez. Pai e filha cantando juntos, quem poderia imaginar que uma cena dessas viria a ocorrer no Old Line de Second South Town? Com certeza, para os nossos fãs, isso seria coisa de explodir cabeças. Com certeza estavam esperando pelo nosso dueto, o momento que dois mundos colidiriam no palco para uma apresentação que ficaria marcada para sempre na história do Rock and Roll.

ㅤㅤEntretanto, a música que escolhemos para cantar juntos tinha um ritmo diferente. A canção “Yuuhi to Tsuki”, que significa “O nascer do Sol e da Lua” do meu álbum “Never Lose My Way” de 1997. Naquele instante eu me senti como se estivesse fora do palco. Era como se eu e Candy estivéssemos de costas um para o outro, dois autônomos no distante em um campo rural japonês. Era como se Candy observasse o sol afundando lentamente no horizonte e eu olharia para a Lua cheia acima. No instante que Candy começou a cantar, foi como um sopro de vento suave a chocar-se contra ela, enquanto eu sou acariciado por uma ventania fria e rancorosa.

ㅤㅤEsses sentimentos do passado, lembranças de um tempo em que as coisas costumavam serem difíceis para mim, para o mundo, para todos à nossa volta. Ouvir ela cantando, pronunciando aquelas palavras em um perfeito tom em japonês me fez sentir estar novamente no final dos anos noventa. Ao término de sua parte, foi a minha vez de emprestar a voz à música. Sei que muitos ali nunca me viram no palco, poderiam até achar novidade o timbre de minha voz, mas para mim era como estar livre de todas as amarras que me impediam de ser humano. Mostrei a todos que minha voz grave e imponente poderia tocar-lhes a alma com esta canção.

“Ai da nukumori da kudaranai...”
“Nani mo mamoranai, shinjani...”
“Ore ga fureta Subete no mono, kowasu dake sa...”
“Ima wa nikushimi ga moeru...”

ㅤㅤMe sinto diferente. Olho para o palco como se cumprimentasse a todos com uma expressão de desprezo, dando a eles um sorriso cruel. Os quatro primeiros versos da minha parte diziam que era inútil falar sobre amor, que não poderia proteger coisa alguma, que não poderia confiar. Tudo o que eu tocava seria destruído e que a raiva queimava dentro de mim. Sei que isto é muito controverso se olharem para o eu de hoje, que tem possui família, que fala de amor, que se apaixona assim como todos ali presentes. Mas essa era uma realidade minha, de anos atrás, onde deixava que uma segunda voz comandasse meu modo de viver, meus sentimentos, tudo praticamente. Eis então, que continuo em seguida.

“Saki hokoru kodoku na tsuki”
“Yami no naka de yurete iru”
“Sou... Hitori de ii”
“Honoo wa Tsuki yo no kakeraaaa...”

ㅤㅤAssim encerro a minha primeira parte da música, voltando a olhar para Candy novamente. Era engraçado ver a expressão dela, de ter me ouvido pela primeira vez, ao vivo. Sorri de volta. Embora, a minha versão mostra-se completamente oposta à dela. Nesta última parte, falei sobre a Florescente e solitária lua que oscila no escuro, que sim, a solidão era boa e que o fogo era um pedaço da lua.

ㅤㅤRebecca continuou. A letra dela era bonita. Ela fala sobre o carmesim que cobre o céu e que de alguma maneira estava sentindo algo humano, que todos possuem alguém que é importante para eles. Que o sentimento humano era importante e queima dentro de todos como um pôr do sol. Ela termina a parte dela aproximando-se um pouco mais de mim, falando sobre o cair da noite, a grande escuridão que cobre as cidades, as pessoas e o mar e que nem isso era o bastante para apagar o calor do coração.

ㅤㅤEu ri baixo, afastando o microfone de minha boca naquele momento. Candy Cane estava próxima de mim e olhava diretamente para o meu rosto. Era o momento de finalizarmos o dueto em um revezamento de frases. Comecei.

“Saki hokoru...”
...
“Kodoku na Tsuki...”
...
“Yami no naka de yurete iru...”
...
“Sou...”
...
“Hitori de ii...”
...
“Honoo wa tsukiyo no kakera...”

ㅤㅤComeça o instrumental. Desta vez, foram as meninas que finalizaram a música, cada uma cantando simultaneamente as frases que pertencem à mim e Rebecca. Minha filha comentava naquele instante:

ㅤㅤ── Pensei que você não iria aparecer aqui. ── Ela continuava me encarando esse tempo todo, demonstrando estar muito empolgada com o que acabara de acontecer.

ㅤㅤRespondi.

ㅤㅤ── Você foi muito bem, estou impressionado com o seu japonês. Temos de combinar de fazer isso mais vezes.

ㅤㅤA música acabou e o palco novamente ficava escuro. Quando voltam a se acender, Candy estava ali virada para todos com seu sorriso cativante. Ela fez questão de anunciar que a brincadeira do amigo oculto iria começar e que serei eu o primeiro a revelar e entregar o presente. Aí estava o lado ruim de ser o anfitrião da parada toda, mas que seja. Ainda estou no palco, mas afastado dos holofotes, deixando que a atenção toda do público ficasse somente sobre a jovem ruiva. Só depois que as luzes se acenderem na posição que eu estava.

ㅤㅤAinda com o microfone na mão, fiz um anuncio.

ㅤㅤ── O show ainda não acabou. Haverá mais apresentações do Killer Bambies e do único integrante do Band of Fighters presente esta noite.

ㅤㅤAndei para o meio do palco e falei uma última vez ao microfone.

ㅤㅤ── Antes de mais nada, gostaria de agradecer a presença de todos aqui. Sei que foi um ano difícil, mas acredito que todos conseguiram alcançar suas metas para este fim de ano e por isso estão aqui, comigo, com minha família e amigos. Pode parecer estranho para vocês me verem como o anfitrião de toda a festa no Old Line, mas não se assustem. Não venho para brigar com ninguém... nem para arranhar ninguém, e nem para queimar ninguém.

ㅤㅤQuando falo a parte de arranhar, eu tento de localizar a senhorita Laura Matsuda, esperando que a mesma não me dê um cortador de unhas esse ano. Isso se ocorrer a possibilidade de ter sido eu o amigo dela novamente. Logo voltei a atenção a plateia.

ㅤㅤ── Peço que aguardem alguns minutos. ── Então, botei o microfone no apoio e fiz um gesto para que Candy viesse logo em seguida. Desci primeiro do palco e fui até onde estavam a mesa dos participantes do amigo oculto. Alguns mais afastados, outros mais próximos.

ㅤㅤFui onde estava Chizuru e peguei o presente que devo entregar. Caminhei até o centro de todas as mesas e olhei para todas as pessoas que estavam presentes ali no momento, tentando localizar aquele que seria o primeiro a receber.

ㅤㅤ── De todos os arrependimentos que tive em vida, um deles com certeza foi o de ter perdido o sorriso de uma das minhas filhas. Os que são pais sabem o quão doloroso é ver uma criança infeliz e tenho certeza que uma delas em especial passou por muitos e muitos anos em sofrimento, solitária, triste. Gostaria de aproveitar o momento aqui e fazer um pedido de desculpas em público para minha filha Yuriko. Eu não pude salvar você a tempo... me faltou apoio necessário para te tirar daquele inferno e mesmo quando nos reencontramos, ainda não fui capaz de fazê-la sorrir como antes.

ㅤㅤFiz uma pequena pausa. Reorganizei minhas palavras. E olhei novamente para ela e depois para todos em volta.

ㅤㅤ── Então, uma pessoa foi responsável por essa mudança drástica dentro da minha família. Talvez a única pessoa com ousadia o suficiente para tirar uma das minhas filhas debaixo de minhas asas e resgatar o sorriso dela. No começo só pensei em surrar o infeliz, mas hoje... agora... estou convencido de que a presença dele foi necessária para o renascimento de Yuriko. Meu amigo oculto é você, Keith Wayne.

ㅤㅤQuando Keith viesse ao meu encontro, antes de entregar o presente, estenderia a minha mão sugerindo um aperto. Espero que ele não recuse esse gesto de respeito que estou demonstrando a ele. Meses atrás, no aniversário de Yuriko, já havia dado a ele essa confiança. E agora, estou novamente cumprimentando-o e dando as a boas-vindas para ele na família.

ㅤㅤ── Seja bem-vindo à família Yagami. E cuide bem da minha garotinha. Feliz natal e feliz ano novo.

ㅤㅤO presente era um par de luvas de kickboxing que a gerente do meu bar em Tóquio havia comprado quando empurrei a ela a obrigação de procurar um presente para Keith. Sim, ela foi a melhor opção para isso, pois escolheria algo que fosse mais sutil a ele. E foi através dela que soube que ele era praticante de Kickboxing.

ㅤㅤ── Espero que goste do presente.

ㅤㅤFeito a entrega, me despeço dele e volto para o meu lugar, sentando ao lado de Chizuru e das meninas.

ㅤㅤ── Como me sai? ── Perguntei para Chizuru, ficando a espera da resposta dela.





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☆ Natal 2017 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty Re: ☆ Natal 2017 ☆ Ocultos de Second

Mensagem  Convidado Qua Fev 14, 2018 11:58 pm




“O que você vai fazer hoje?”

Ela olhava continuamente aquela única mensagem em seu WhatsApp, a mão direita segurava firmemente o Motorola G3 Pink enquanto ela continuava sentada na mureta, afastada da piscina na cobertura. A ruiva franzia o cenho, a brisa gentil que vinha contra o seu lado direito lhe convidava a se atirar daquela altura, e gentilmente passava por entre os seus dedos. Lilith fechou os olhos, quase sonolenta com a falsa sensação de conforto que lhe vinha. Você quer mesmo fazer isso?  Ela abriu os olhos, estava quase caindo para o lado que dava na rua, jogou o corpo para a direção oposta, virou-o por cima da mureta, passando as pernas de uma vez e finalmente saiu dali, indo para uma das espreguiçadeiras.

A ruiva ficou a fitar o céu noturno, olhando as estrelas que o compunha. Havia um tempo em que ela tinha o privilégio de admirá-las de um outro lugar. Quando vivia bem mais em Pandora, Lilith ás vezes de um quarto em uma Nave de Transporte, onde costumava a pegar um bico de guarda para algum viajante que dava um jeito de sair de lá para um outro Mundo qualquer, costumava ter uma visão mais ampla do espaço, nada que se limitasse a um véu negro cheio de pontos estrelados. Por sua janela ela podia ver desenhos e cores de novos planetas, estrelas e luas de tamanhos e formatos tão estranhos e intrigantes! Mas de sua casa em Second, ela via apenas uma cidade, cuja a sensação de se sentir em casa estava se tornando cada vez mais longínqua.

A Firehawk olhou mais uma vez para a mensagem, pressionou o polegar esquerdo sobre a notificação e viu o bom amigo que tinha até então: Michael. Um garoto que conheceu em um salão qualquer na cidade, enquanto procurava um lugar onde poderia encontrar pessoas interessadas em jogar jogos de tabuleiro. Como sempre gostou desse tipo de diversão, decidiu seguir alguns conselhos e montar um grupo de jovens para se reunirem para então criarem uma mesa com alguma aventura específica, algo que agradasse a todos eles. Em uma dessas inúmeras andanças que levou quase uns dois meses, Lil encontrou Michael em um café, ele um atendente de balcão se encantou com a ruivinha e aceitou, quase que de prontidão entrar no grupo formado por ela, o irmão e alguns amigos do trabalho composto por Gabriel, Rosário, Stefan que trabalhava na mesma divisão que Lilith, e outros que eles fizeram com o vai e vem deles pela cidade, como Carina, Sara, Dante e Dimitri. Desde então, Michael se tornou um certo confidente e sempre de alguma forma, ele sabia que algo a incomodava, era estranho, mas Lilith não se sentia perturbada com isso.

“Tá precisando conversar sobre algo?”

Ela se encolheu e recolheu as pernas, curvando o tronco sobre os joelhos dobrados, abraçando as pernas pensativa. Durante aquela manhã, a ruiva enquanto tomava o seu café que era sempre preparado pelo seu Pops, Setsuna, foi pega de surpresa quando ele comentou que recebeu um convite do Clã Yagami. A mais velha do casal que Coroline teve com Iori, ficou do primeiro fio de cabelo até o último ouriçada, desconfiada sobre o assunto. Por mais que o mais novo apenas concordasse com um sim, ela passou a beber quase todo o bule de café sozinha, olhando fixamente para Setsuna sem dar nenhuma resposta.  

“Ei Lil, fala comigo.”

Ela tinha dúvidas e isso a fez juntar as mãos e brincar com os dedos, batendo as pontas destes uma nas outras, tinha até a hora de Setsuna chegar de mais uma operação, ou fosse lá o que ele estivesse fazendo hoje na Ikari. A ruivinha finalmente olhou para o seu aparelho uma última vez, e decidiu responder um simples “Não” a pergunta anterior. Lilith pensou com clareza, e devagar ela digitou uma resposta para a primeira pergunta dele. “Eu vou sair com os meus irmãos”, mandando com toda incerteza que existia em si, ela se levantou da espreguiçadeira e foi para o seu quarto, com as mãos no bolso de sua calça jeans e a cabeça levemente para baixo, pensativa.

Assim que adentrou em seu “Santuário”, a Siren fechou a porta a deixando destrancada, largou o aparelho sobre a cama e deu uma olhada para si, passou a mão sobre as marcas azuladas de nascença que existiam sobre a sua pele esbranquiçada, estas lhe percorriam pelo corpo do lado esquerdo, vinham do seu pescoço até os seus pés, elas lhes diziam quem era, ou melhor dizendo: elas lhe diziam parte do que era, ou assim Lilith gostava de pensar, já que tentou arrancá-las uma vez com o estilete, pensou que se fosse um pouquinho mais parecida com todos eles... Ela afastou os dedos. Que coisa tola para se lembrar. A Siren não gostava de recordações. Ela não permitia esse tipo de fraquezas em si.

Isso foi uma fase, brevemente enterrada, e que ás vezes parecia querer sair da cova de algum canto de sua psique, mas não era nada que depois ela não pudesse dar um jeito. Quando a ruiva se mudou para aquela cidade, os pais prometeram que tentariam começar algo novo, e assim os filhos concordaram, no entanto eles não passaram uma borracha por cima de toda a história que aconteceu, isso jamais aconteceria, entretanto, talvez por ter tido Coroline encima de si e dos outros dois constantemente dizendo para tentar ao menos ver o pai de sangue, foi o que fez Lilith sair de frente do espelho e abrir o guarda-roupa em busca de algo que pudesse usar aquela noite, porém... A garota era péssima quando se tratava em escolher qualquer coisa que fosse feminino demais para si mesma.

Ela achou algo, não era a melhor coisa para aquela noite, mas serviria para alguma coisa, deixou-o encima da cama, um vestido tomara que caia solto cujo o final penderia até quatro dedos acima de seus joelhos, o tecido de tom avermelhado, tinha por cima outro preto, parecia uma renda, ou um outro tecido similar que a ruiva não sabia explicar, mas dava um detalhe floral, onde ele se dividia em flores completas e suas formas. Ele tecia tudo a cima do pano avermelhado que ficava a baixo, era como ver um conjunto de flores vermelhas e pretas, um buque de Dálias pronto para ser vestido e ser finalizado por uma faixa avermelhada, com um laço em seu lado direito, mas como Lilith não tinha nenhuma delicadeza com isso, pediu ajuda a mãe, invadindo o escritório de Coro e a tirando por trás de seu notebook, provavelmente interrompendo algum trabalho da figura materna.

Dean a ajudou a se vestir. Enquanto arrumava o vestido no corpo dela, a Éther repassava tudo o que já havia ensinado a Lilith, desde se portar como uma moça, a se sentar, e ao timbre de voz a se usar. A morena arrumava o último aspecto do vestido, formando o laço após pedir a ela para elevar os braços, no término, Coroline deu uma bela olhada a filha e percebeu a indiferença que a Siren tratava a escolha de sua vestimenta. Lilith não havia percebido que a escolha do vestido realçava sua pele branca de entonação única, que nenhum de seus pais tinha, nem mesmo seu irmão caçula havia adquirido, os olhos dela pareciam terem ganhado mais um brilho animador, um realce chamativo e sem querer, até mesmo as marcas que ela ás vezes parecia não gostar, teve sua naturalidade destacada, a Siren não tinha ideia de sua  excentricidade, ou simplesmente a ignorava, mas provavelmente, devido ao fato de sua mestiçagem, ela achasse isso tão trivial quanto tacar pedrinhas no lago e vê-las quicar.

Coroline deixou que ela fizesse o resto, mas ficou de olho que ela não chegasse a ficar pintando o rosto, e assim que o básico fosse feito, ela levou a ruivinha para a sala, apenas para achar os dois homens da casa na sala aguardando por ela. Yue que parecia bem cansado, apenas olhou para a irmã por baixo dos braços que cobriam seu rosto, ele então voltou a fechar os olhos preguiçoso sem falar nada, mas o ruivo de terno que decidiu atender os caprichos da noiva, ficou de boca aberta. Setsuna nunca viu Lilith se vestir como uma garota em todo esse tempo que conhecia a irmã mais nova, estava até mesmo de salto próprio ao vestido, inclusive uma bolsa! Dean abafava o riso, mas se divertia mais com a face de paisagem da garota que não entendia surpresa do Pops dela.

Depois da breve reunião, Setsuna levou os garotos para onde teria o tal evento. Yue tentava cochilar no assento de trás, só que Lilith não colaborava muito com isso. A ruivinha decidiu que não seria uma boa o irmão passar dormindo pelo resto da noite, então antes de saírem, ela encheu um copo térmico de café e passava para ele tomar, só que não colocou uma colher de açúcar para ele tomar. Não demorou para Yue torcer o nariz e a boca por causa disso, mas bebeu até a última gota do meio litro de café que lhe foi dado, espantando até o ruivo. A Siren afagou a cabeça dele, diferente do Yagami mais velho, ela sabia que aquilo iria apenas acordar o Scion e nada mais, o mais alto não sairia correndo que nem um louco e nem faria nenhuma besteira, mas que ele foi resmungando alguma coisa até chegaram lá que ninguém entendeu, ele foi.

Quando Lilith adentrou o local do evento, ela não reconheceu nenhuma figura presente, se algum dia ela havia visto alguém ou se quer cruzado o caminho com alguma pessoa ali dentro, ela jamais parou para olhar bem, a Siren seguia apenas o irmão até que ouviu uma voz bem conhecida que sobrepujou a feminina que cantava até então. Lilith a conhecia de olhos fechados. Ela parou onde estava e fitou o palco, enquanto o moreno prosseguiu com Setsuna.

A “ruivinha” ficou a admirar o cenário em si. Havia alguém com ele, uma pessoa que a Siren não conhecia, mas a letra que Iori cantava, ela reconheceu sim, estava em um dos Cd’s guardados em sua “Caixa do Tesouro”. Quando seu pai ainda fazia parte da família, ele trouxera um dia um “disco” novo que sua mãe colocava para tocar várias vezes no dia para ela ouvir, a partir daquele álbum, Lil foi pegando outros, e mesmo após o desmanche de sua família, ela foi capaz de salvar algumas coisas do Yagami que escaparam das mãos da Hawkins na época.

A ruiva juntou as mãos em frente ao corpo, deixando as palmas para o chão. Os lábios se abriram em um sorriso que expos seus dentes brancos, seus olhos se estreitaram, não muito, estava com uma expressão doce, ela se quer sentia, talvez por ser a primeira vez que o via cantando ao vivo, ou por vê-lo em tanto tempo, havia uma intensa doçura em sua face levemente inclinada para a sua esquerda, era algo tão estranho da Yagami se fazer, que nem mesmo Lilith notou que seus lábios estavam esticados na direção que eles não ficavam, e assim eles permaneceram até que não houvesse mais nenhum verso a ser cantado por ele e nem mesmo a garota que entrou em cena para continuar a música com o seu pai.

Mãos gentis tocaram seus ombros chamando sua atenção, Yue que havia notado a falta dela depois que se sentou, decidiu ir buscá-la e bem, tirou a ruivinha de onde ela havia “estacionado”, colocando-a na mesa onde Setsuna os deixou, dali eles podiam ver todo o resto, assim como jogar conversa fora entre eles.


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☆ Natal 2017 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty Re: ☆ Natal 2017 ☆ Ocultos de Second

Mensagem  Convidado Sex Fev 16, 2018 10:45 pm

A CHEGADA.



Second Southtown
Quarta-feira, 20 de Dezembro
00:36...

Lá estava eu e um de meus colegas da Ikari. Pra preservar sua identidade, vou chamar ele de 14. Eu e ele estávamos sobre o topo de um dos prédios mais altos de Slam Free Field pra confirmar uma suspeita de que a polícia estava vendendo armas e munição pros traficantes e ladrões da área. Eu usava um binóculo para observar a movimentação dos meliantes enquanto 14 usava uma sniper DSR 50, uma das mais letais do mundo. O mais engraçado disso tudo é que eu tenho uma puta kekkei genkai foda, que me permite ter a mesma visão do binóculo e eu tava usando a porra do binóculo. Vai entender...
Enquanto os puliça não chegava, eu falava com Coroline pelo telefone que me dizia o que estava cozinhando pra quando eu chegasse.

Eu: – É mesmo, amor? Amo batata! Pode deixar que quando eu chegar eu esquento no micro(ondas). – Mas enquanto eu falava com ela, a viatura dos corruptos tava chegando. Eu tinha que seguir meu trabalho. – Amor, vou desligar porque eu tô trabalhando aqui, tá? Beijo. Te amo!
14: – Tá na mira, capitão! – 14 me alertou que o Ford Taurus deles chegou. Assim que eles saíram, começaram a conversar enquanto um policial pegava as armas no porta malas do carro.
Eu: – Que vontade de meter bala nesses filha das puta...
14: – Qual deles, capitão? Só falar!
Eu: – Esses filhos das puta da Polícia. – E lá em baixo, os policiais distribuíam fuzis M16 pros bandidos, cerca de 4 bandidos. Os fuzis eram usados pelas forças armadas americanas e seriam os mesmos fuzis que logo logo a Ikari ia apreender, ia devolver pra Polícia e eles iam repassar pros bandidos em troca de dinheiro. Era um ciclo sem fim.

Eu: – 14, vamo deixar os caras fazerem a entrega que o Zero-Dois pega eles lá em baixo! – Eu já perdi as contas de quantas vezes virei a noite na cidade recuperando arma por causa de filho da puta corrupto. Eu querendo aproveitar um tempo com a minha familia e não podia por causa desses arrombados.
14: – Zero-Um, dá pra gente matar dois coelhos com uma porrada só aqui, hein? – Zero-Um era como eles me chamavam, eu era líder do pelotão Alpha da Ikari, também conhecido como o "BOPE" da Ikari.
Eu: – É 100 por cento, 14?
14: – Caveira, meu capitão! – Então removi os binóculos e decidi que só ia aguardar a cabeça de dois bandidos virar farelo com só um tiro.
Eu: – Então senta o dedo nessa porra. – Pra mim, quem ajuda traficante a se armar é cúmplice deles. Não demorou muito e 14 disparou, sangue voando pra tudo quanto era lado e "verme" correndo... Essa era minha nova rotina em Second.

Já em casa, por volta das 3 da manhã, fiz o que tinha dito e peguei a comida que Coroline deixou na geladeira e esquentei no micro. Jantei e fui pro quarto meu e dela, onde ficava o nosso banheiro. Tomei aquele banho e na hora de deitar, Coroline estava acordada. – Outra noite chegando tarde, Su? – Sentei ao lado dela na cama.
Eu: – Me desculpe pela demora, amor. Pra sair daquele prédio foi foda.
Coroline: – Prendeu quantos?
Eu: – 4 policiais, 2 traficantes. Os outros dois morreram.
Coroline: – Aposto que você ficou bravinho e mandou um dos "aspiras" atirar de novo sem permissão do Coronel, não é? – Me mantive em silêncio. Ela sabia que eu não suportava ver a cidade caindo de novo na desgraça e que eu faria o que fosse possível pra deixar Second mais segura, custe o que custar.
Fomos nos deitar e quando ela me abraçou, ela lembrou de algo. – Ah! Su, chegou correspondência pra você. Deixei em cima do criado-mudo. – Eu estranhei, nunca chegava algo pra mim. Mas eu ia aproveitar a noite com ela e pela manhã eu iria ler, se eu tivesse força pra isso.

Na manhã seguinte, acordei e a primeira coisa que eu faço é me espreguiçar e curvar meu tronco para os lados para estalar boa parte da coluna, feito isso eu ia fazer o café da galera, era a rotina matinal antes de ir pra Ikari. Enquanto eu fazia alguma coisa pra família comer, fui ver aquela correspondência que era nada mais nada menos do que um convite. E não era qualquer convite, era um convite da minha familia, um convite dos Yagami. – Como foi que descobriram meu endereço? – Pensei, abrindo de qualquer jeito o convite. Naquele momento eu tinha me esquecido que se tratava do clã Yagami, isso era moleza pra qualquer um de nós -não é a toa que eu ensinava os aspiras da Ikari a fazer progressão em área de risco sem ser detectado. Descobri lendo o convite que eu era convidado (óbvio) para assistir um show privado da banda de uma de minhas 452 irmãs, Rebecca "Candy Cane" Yagami. A ruiva destruidora de guitarras. Mas o mais surpreendente era que não ia ser só ela e as Killer Barbies, o velho Yagami ia tocar também alguns de seus sucessos de quando ele passava mais tempo na sua antiga banda e uma junção de dois estilos distintos com Iori Yagami tocando ao vivo era algo que só acontecia um vez na vida curta de um Yagami. Eu não podia perder.
Eu expliquei para Coroline toda a situação e ela disse que eu devia passar mais tempo com meu pai e minhas irmãs. Pra ela, era uma boa oportunidade de reaproximação do clã. E ela tinha total razão.


Base Ikari.
Domingo, 24 de Dezembro.
18:14...

Eu: – Permissão para me apresentar, Coronel! – Depois de noites viradas combatendo o crime e o tráfico, pensei que passar o Domingo em casa para assistir o show seria de boa. Por sorte, meu superior era Ralf Jones. Como estávamos dentro do Quartel, a formalidade era obrigatória e eu bati continência para ele. – Permissão concedida, Capitão. – Sim, eu subi de patente.

Eu: – Coronel, eu queria saber se posso deixar a ronda de Segunda com o Tarma.
Ralf: – E porque? Algum motivo especial?
Eu: – Vou à um evento privado no... – Ralf nem deixou eu terminar.
Ralf: – No Old Line? Eu também vou! Eu e Clark! – Percebi que não precisava explicar muito pra ele. – Claro que pode, Setsuna! Avisarei Tarma pra chefiar a equipe Alpha nessa sua folga. Te vejo lá, garoto!
Eu: – Obrigado, Coronel! – Novamente, bati continência. – Permissão pra me retirar, Coronel.
Ralf: – Permissão concedida!

Às 20:15 eu comecei a me arrumar. Como era um evento privado eu não podia ir vestido igual um cuzão por isso aluguei um terno bonito, sapatos sociais fodas e a gravata quem escolheu foi Coroline, e ela que deu o nó. Eu me sentia desconfortável naquela roupa de rico, preferia meus panos do Metal, mas se eu ousasse pensar em ir de metaleiro, Coroline ia ficar reclamando até me fazer mudar de ideia. Pra variar, Lilith e Yue iriam comigo e claro, nós homens sempre nos arrumamos primeiro. Yue usava um terno parecido com o meu e estava com cara de paisagem ouvindo música naquele fone enorme dele. – Caralho... Cadê essa garota? – Eu ficava falando pra mim mesmo, andando de um lado para o outro olhando no relógio e esperando a ruiva que estava no quarto com Coroline provavelmente passando um "reboco" na cara. Quando ela apareceu com a mãe a seguindo, ela parecia aquelas princesas de filmes da Disney. Ela usava um vestido vermelho com preto e uma fitinha vermelha lisa na cintura. Os brincos bolinhas nas orelhas eram novidade também. Pulseiras de prata, tudo bem bonito. – Meu Deus... de onde saiu essa menina linda? – Eu brincava com ela.

Então partimos todos para a garagem, no sub-solo do prédio. Pegamos meu carro e fomos rumo ao Old Line. Yue parecia cansado demais e a irmã teve a ideia de pegar um daqueles copos térmicos, encher de café e dar pro irmão que foi bebendo no caminho. Ele fazia uma cara feia ao beber o líquido pelo que pude ver pelo retrovisor central do carro, dando a entender que estava sem açúcar. Fiquei surpreso com a coragem que o moleque mostrou ao beber aquele "veneno preto."
Enfim, chegamos. Parecia já estar rolando algo lá dentro e eu fui na frente, liderando os outros dois mais novos. Um segurança me abordou e pediu uma identificação e, claro,  mostrei logo a carteira da Ikari que além de muitas coisas, continha meu sobrenome. Não preciso dizer que o segurança se cagou todo. – P-por favor...! Pode entrar! – Eu apenas acenei com a cabeça enquanto meus seguidores sequer foram parados pelo segurança.

Lá dentro, procurei um lugar para sentar. Parece que eu tinha perdido o show do Killer Barbies e provavelmente, mais uma guitarra quebrada. Eu procurava uma mesa com cadeiras para se sentar e ter um pouco de paz e achei uma num cantinho onde eu podia ver com clareza quem estava no palco, a banda de minha irmã e Iori Yagami. Sim, confrades! Iori Yagami em pessoa cantando ao vivo uma música que ele cantava para mim e Alice quando éramos pequenos. O que eu senti naquele momento? Nostalgia... pra caralho.

Tratei logo de catar uma cerveja pra mim e logo, estava bebendo a garrafa enquanto prestava atenção na música. Yue se deu conta de que a ruivinha tinha sumido e foi atrás dela, a trazendo até nossa mesa. – Onde estava? – Perguntei, vendo que ela estava com um semblante diferente do normal... Ela estava feliz.






Isso é tudo, pessoal!



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Mensagem  Convidado Sáb Fev 17, 2018 4:04 pm



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Keith Wayne
Misunderstood Boy




ㅤㅤㅤDe volta à festa, Keith parecia tranquilo até notar que Ralf e Clark estavam no Old Line. O Rato coçou o pescoço com o dorso dos dedos da mão esquerda e procurou um lugar para se acomodar naquele grande salão. O show começaria dentro em pouco e ele não queria ser perturbado. No entanto, o natural de Chicago ficou mais incomodado quando Setsuna deu as caras. A recém aversão de Keith por Ralf e Setsuna era por conta do trabalho que os dois vinham fazendo, “limpando” 2nd South de cabo a rabo, diminuindo através do terror a quantidade de policiais corruptos na cidade, algo imprescindível para que Wayne pudesse ter sossego em seus negócios. Setsuna não chegou sozinho, pois estava acompanhado de um garoto “suspeito” e uma menina rabuda toda tatuada, eram os filhos de Iori que haviam aparecido no casamento de Terry Bogard. Keith fez uma aceno positivo com a cabeça de onde estava, erguendo uma long neck de Bud na direção do então graduado no exército mercenário. Os velhos tempos não voltariam jamais.
ㅤㅤㅤ— Pequena! Vou fumar!
ㅤㅤㅤKeith foi à sacada. Tinha muito “cana” na área e ele precisava se certificar que estava tudo bem com as meninas. O americano acendeu um cigarro e desceu as escadas, percorrendo as imediações do estacionamento. Encontrando uma das garotas, retirou da carteira uma nota de dólar que tinha a figura do Presidente Andrew Jackson estampada e entregou a garota. Aquilo era um sinal para uma das ações das meninas.
ㅤㅤㅤO Rato terminou seu cigarro e jogou a guimba no chão, pisando sobre a mesma para que a brasa fosse apagada. Retornou pela escada até encontrar a sacada e ouvir de longe – graças às portas fechadas – os sonhos de instrumentos elétricos. O show já havia começado.
ㅤㅤㅤEle entrou novamente na casa noturna, observando de longe o palco enquanto caminhava por entre os presentes. Deixou um tapa nas costas de Terry e um beliscão na bunda da esposa do Lobo.
ㅤㅤㅤ— Que barrigão, hein?! — disse sem parar para conversas.
Fez uma preguiçosa continência para Ralf, apenas com dois dedos e voltou sua atenção ao palco. Apertou os olhos, franziu as sobrancelhas e voltou para perto de Yuriko, perguntando-a:
ㅤㅤㅤ— Todas as suas irmãs têm o hábito de ficar dando palhinha de calcinha assim mesmo? É costume familiar? — disse o Rato coçando o topo da cabeça com a mão destra.
ㅤㅤㅤA exibição terminou e veio um pronunciamento de Iori. Keith franziu o cenho, com uma expressão contemplativa sobre o que o ruivo havia cantado, bem como de tudo que havia falado posteriormente. Iori era um cara maneiro, ele viu isso ali. As pessoas que não o compreendiam. Keith viu algo semelhante entre ele e aquele cara que, embora poucos anos mais novo, era seu sogro.
ㅤㅤㅤToda aquela pausa do ruivo foi acompanhada pelo olhar do natural de Chicago. Os passos que Iori deu para buscar o presente e retornar ao local para mais um pronunciamento. O ruivo revelou o seu amigo secreto. Ironia do destino? Keith meneou negativamente a cabeça e se levantou, aproveitando para pegar o presente que entregaria e cumprimentar o sogro com um efusivo aperto de mão seguido de um breve abraço.
ㅤㅤㅤ— Thanx, man!
ㅤㅤㅤKeith não abriu o presente ali. Faria isso em casa. Presente era sempre presente, não importasse o que fosse, era presente, era uma conexão entre quem presenteava e quem era presenteado. Ele aprendeu isso desde cedo, quando moleque, nas raras ocasiões em que recebia algo devido à sua vida difícil e criação de seu pai. Então o americano começou a falar no microfone.
ㅤㅤㅤ— Muito obrigado, Iori! De verdade! Você é um cara maneiro. — e voltou a falar para o restante do povo. — Sabe, galera! Meu lance com a Yuriko começou por acaso. Primeiro eu só queria sair com aquela ninfetinha de saia curta, mas daí eu vi o quanto diferente aquela menina é. A maioria de vocês ou a amam por ser de sangue, ou a odeiam por conta do poder destrutivo, ou se acautelam por qualquer outra bobagem. Eu já comi muitas mulheres nessa vida. De pernas grossas, de bunda roliça, de peito redondo e grande e etc… Não vale me estender. Mas essa garota tem algo diferente. Ela me faz lembrar a mãe do meu filho antes de ficar amalucada com lance de bichos… hehe… Não é algo para fazer rir… Só me deu no saco aquilo tudo e eu meti o pé. Infelizmente a vida não é um romance hollywoodiano.
ㅤㅤㅤEle fez uma pausa, colocou o presente recebido de Iori debaixo do braço esquerdo e, segurando o microfone com a respectiva mão, empunhou o presente que iria entregar embrulhado na mão oposta.
ㅤㅤㅤ— Quando eu fui comprar este presente, sabia que não poderia ser qualquer coisa. Primeiro porque eu mal conheço a pessoa, segundo porque pela bufunfa que deve receber, qualquer coisa não seria de relevância. Mas quando eu saí da loja com o presente comprado, vi um moleque, que não deveria ter 13 anos, vendendo bagulho há 500 metros dali. Porra. Eu fui até o moleque pra dar uns cascudos nele, mas o garoto veio me explicar o porquê estava fazendo aquilo. O garoto era morador da “Área Livre”, tinha uma mãe cadeirante e um pai que nunca viu na vida. Eu perguntei para o moleque o porquê de ele não fazer outra coisa da vida, algo mais digno. E sabe o que ele me respondeu? Que os trabalhos dignos não pagavam os remédios da mãe. Vocês têm noção de uma porra dessas? Todos nós aqui lançamos poderes, quebramos construções em brigas de ruas, fazemos o caralho a quatro. Mas tem uma porrada de gente lá fora que não pode fazer isso. Tem uma porrada de gente lá fora que passa na 5th Ave e vê todo aquele luxo escancarado, mas não pode levar o básico pra dentro de casa. Essa porra é foda. Tem muito filho da puta nesse mundo e eu sou um deles, mas tem muita gente que só quer viver. Enfim… Nada disso tem relação com o meu amigo secreto. Pra finalizar, eu dei uns tapas no moleque, tirei os bagulhos dele e o levei pra comprar os remédios da mãe. Amanhã provavelmente não o verei. Talvez eu não o veja mais na minha vida. Talvez esse moleque seja alvejado por uma bala ao correr por aí. Só gostaria que pensassem nessa porra. Nem todo mundo faz o errado porque quer fazer errado.
ㅤㅤㅤKeith deu uma piscadela na direção de Ralf e fez um aceno para Setsuna. Então voltou a falar.
ㅤㅤㅤ— Meu amigo… amiga secreta é uma mulher podre de rica, que não precisaria sair na porrada por causa de porra nenhuma e nem de ninguém. É bonita… Bem… acho que não tem mulher feia aqui… E eu resolvi que o melhor presente seria algo que destoasse dessas mesmas roupas tricolores que ela usa por aí. — Apontou para o pacote e continuou. — Esse é o colar de Jade mais caro que há no mundo. Faça bom proveito, Chizuru!




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Keith Wayne
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Mensagem  Convidado Sáb Fev 17, 2018 6:14 pm



Presenteando...




ㅤㅤㅤChizuru vai para as mesas que estão as meninas, senta e comprimenta as duas. O local estava bem arrumado e organizados, quando todos haviam chegado no Old Line e a festa era um tanto privativa, as bebidas estavam sendo servidas na mesa, somente a comida estava disposta em duas mesas, ambas em cada lateral do grupo de mesas que havia sido postas para os convidados ficarem a vontade para ver o show.
ㅤㅤㅤA mulher nunca havia visto um show da filha de Iori, Candy parecia bem a vontade lá em cima. Ela acompanhou mais a expressão de felicidade das meninas que estavam na mesa, tirou um momento para espiar Yuriko, que sentara em uma mesa perto, mas diferente da onde a Yata estava. As pessoas acabaram por ficarem em pé para acompanhar o ritmo de Candy e também para aplaudir e dançar, a sacerdotiza seguiu o movimento, mas ficou parada observando o palco e a entrada de Iori.
ㅤㅤㅤEla lembrava daquela música e também da época que ela remontava, era bem estranho aquilo, mas ao mesmo tempo nostalgico. Ela nunca entendeu por que Iori não queria mais cantar. Todos aplaudiram a apresentação quando chegou ao fim e parecia que havia sido conseguido uma façanha, reunir os filhos de Iori em um único lugar. Mas pelas contas de Chizuru estava faltando uma, Miu Yagami.
ㅤㅤㅤEla acompanhou o namorado com os olhos, ele trouxe o microfone consigo para quem quisesse fazer uso, então começou a discorrer sobre a entrega do seu presente. A mulher havia tentado descobrir quem era, mas seus dois palpites se revelara errados, ela bateu palmas quando os dois se comprimentavam e pode ver pela visão periférica a movimentação de uma pessoa desconhecida para ela.
ㅤㅤㅤMas o que deixou a empresária sem  ação e palavras foi o que Keith Wayne falou antes de anunciar quem havia tirado no amigo oculto. O que a deixou mais sem graça ainda quando soube que era ela, aquelas palavras eram para incomodar e tinha dado certo. A mulher apertou os lábios e olhou para o chão, mas quando começou a caminhar em direção ao americano para apanhar o presente e fazer a entrega do seu, ela voltou a erguer a cabeça e encará-lo.
ㅤㅤㅤ- Feliz Natal, Keith e obrigada pelo presente. - ela falou fazendo uma reverencia, o costumeiro cumprimento japones e aguardou o mesmo ir ao seu lugar para começar a falar sobre quem ela havia tirado.
ㅤㅤㅤMas antes, a japonesa olhou para os presentes, no rosto de cada um. Franziu a testa por algum momento, ela não estava com o microfone. Mas não havia muita conversa, então poderia ser ouvida tranquilamente.
ㅤㅤㅤ- Não sei o que falar sobre essa pessoa, não sei quem é ela. Achei que sabia, mas se revelou como alguém desconhecido. Mesmo assim devo ter escolhido algo que a pessoa vá gostar, vejo pelo trage que a mesma usa. - ela parou de falar e foi até a sua mesa.
Deixou o presente que recebera e pegou o que havia comprado e se encaminhou para a pessoa e estendeu o embrulho(clique) para o mesmo.
ㅤㅤㅤ- Feliz Natal, senhor. - ela falou para a pessoa com a máscara dos doutores da peste negra.
ㅤㅤㅤEla aguardaria o mesmo pegar o presente para retornar ao seu acento.






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☆ Natal 2017 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty A Strange among the party...

Mensagem  Convidado Dom Fev 18, 2018 2:28 am

Gaster estava gostando da festa. Tirando as que foram feitas entre os membros da 3YE, ele nunca estivera em outra sem estar preso pelos pulsos a uma mesa ou com fortes grilhões que prendiam até os cotovelos em seu passado como cativo da SCP. Naquela época, ele observava a festa de uma sala isolada e através de uma placa de vidro. Não era tão ruim. Apesar do impulso de acabar com a pestilência daquele lugar. As cobaias humanas daquela organização eram escolhidas por não terem ninguem. Naquele lugar, Gaster só se comunicou com um cientista novato na organização, Krizalid e com um artefato que espelia um líquido decompositor em um de seus lados. Isso foi até a quebra de segurança que deu a liberdade a Gaster...

Aquilo estava sendo uma nova experiência. A musica estava boa, apesar de não ser de um estilo que ele curte ( tipo do que gosta de musica clássica). Ele estava bebendo o destilado mais puro que o bar tinha, porém sem remover a máscara. Ele usava um pequeno canudo pelo qual ele passava por um orifício embaixo da parte frontal da máscara. Ele havia deixado a cartola sobre a mesa quando Iori Yagami abriu a brincadeira do amigo oculto. Gaster não conhecia quase ninguem dos presentes ali pessoalmente. Ele viu os dois primeiros presentes serem entregues e então percebia que a mulher asiática, Chizuru Yata aproximou-se dele com um pacote. Gaster ergueu-se da cadeira ao receber a peça de vestuário. Ele primeiramente olhou se era de seu tamanho. Removeu o seu sobretudo negro, mostrando estar vestido com uma blusa de lã branca com bola que envolvia o pescoço e uma calça sozial preta. Ele então poe o casaco dado e ficava no tamanho perfeito. Gaster presta uma reverência a mulher.

- Muito obrigado pelo presente, madame Yata. Seu presente é de muito bom gosto e eu o aprecio.
- ele retomava a sua postura e pegava o pacote para a pessoa que fora sorteada para ele. - Bem, acho que é minha vez.

 Gaster ia para o meio do lugar. Ele então começava a falar:

- Eu definitivamente conheço poucos aqui, tendo em vista que é a primeira festa em que venho em anos....A pessoa a qual foi sorteada para mim é desconhecida para mim. Espero que seu presente seja de seu agrado, pois eu soube de suas preferências pelos dossiês da 3YE. Deu um certo trabalho conseguir, mas valeu a pena quando eu confirmei as informações quando cheguei aqui.

 Gaster aproxima-se do palco e ergue o presente para Candy Cane. Ele abria o estojo para mostrar uma guitarra Gibson Slash Signature Les Paul Snakepit 1996, vermelha com um símbolo de uma cobra com uma cartola. Um fã de Gun's n' Roses iria reconhecer: era o símbolo de Saul Hudson,aka Slash e isso podia ser confirmado com um autógrafo que estava ao ládo da figura. Gaster olha para a garota ruiva.

☆ Natal 2017 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Slash-10

- Aqui está uma guitarra rara autografada por Saul Hudson, vulgo "Slash". Esse modelo de guitarra é raro, pois só foram feitas cem unidades dessa, mas essa é mais especial, pois foi uma das cinquenta primeiras e duvido que encontre o autógrafo do senhor Slash. Faça bom proveito.

Ao que a garota receberia o presente, Gaster iria voltar ao seu acento, voltando a beber.

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☆ Natal 2017 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty Re: ☆ Natal 2017 ☆ Ocultos de Second

Mensagem  Convidado Dom Fev 18, 2018 4:46 pm






Party Time!




ㅤㅤㅤㅤCandy estava mais do que animada, podemos denominar que estava bastante efusiva. Após o pai dela sair do palco para a entrega do presente para seu amigo oculto a ruivinha também não demorou muito para fazer o mesmo, mas antes de sair dali virou-se para as meninas de sua banda falando e sorrindo.
ㅤㅤㅤㅤ- Vamos! Hoje é noite de festa, vocês desçam e sentem-se em uma das mesas, aproveitem a bebida e a comida!
ㅤㅤㅤㅤEla falou isso pegando uma garrafa de meio litro de energetico de fruta e desceu do palco bebendo bem mais da metade do conteúdo. A cantora estava suada e sua pele estava um pouco avermelhada.
ㅤㅤㅤㅤ- Hi! tio Terry e tia Lilith! - ela fala passando pelo casal e deixando um beijo na bochecha de cada um.
ㅤㅤㅤㅤApós isso ela foi andando e saltitando para mesa que estava acomodando suas irmãs mais novas. Ao cruzar olhar com Yuriko a ruivinha abriu mais o sorriso e acenou para ela, o que a fez parar o movimento que estava fazendo para sentar-se e novamente se colocou de pé e foi para perto da irmã. A intenção era ver quem ela estava de namoro e descobrir o porquê dele ainda não ter sido apresentado a família.
ㅤㅤㅤㅤ- Sis, esse aí é o coroa que você está namorando!? - ela pergunta e para na frente de Keith com os braços cruzados o encarando por alguns segundos.
ㅤㅤㅤㅤ- I know you? - ela fala sem esperar a resposta da japonesa e com atenção no cara da cicatriz.
ㅤㅤㅤㅤEla bate o dedo indicador nos lábios e volta para seu lugar na mesa junto com as irmãs, ela fez perguntas que não queria uma resposta, só queria marcar a fisionomia da figura, o que ela fez por mais tempo, já que seu pai o tiro no amigo oculto e ele logo foi para lá receber o embrulho.
ㅤㅤㅤㅤCandy não ficava quieta na mesa, tanto que quando Keith chamou Chizuru para presentear ela já estava chegando na mesa que estava disposta a comida, pegou um cupcake e mordeu a metade, seu olhar estava na mesa do irmão, Setsuna. Quando ouviu uma voz abafada falar seu nome.
ㅤㅤㅤㅤ- Uhu?! - ela virou para olhar quem era e enfiou o resto do cupcake na boca e se aproximou do mesmo mastigando.
ㅤㅤㅤㅤ- Thanks! - ela fala terminado de engolir e da um beijo na mascara do cara.
ㅤㅤㅤㅤGirando sobre o corpo e colocando a guitarra na mesa mais próxima e procura pelo presente que havia comprado, logo avistando abaixo de uma das mesas as duas caixas grandes que era o presente para seu amigo oculto.
ㅤㅤㅤㅤEla caminhou até as caixas, se inclinou para frente, deixando a bunda a mostra e puxou as caixas para junto dela até a area que estavam indo para entregar os presentes.
ㅤㅤㅤㅤ- Okay! Well, i don’t know muita coisa sobre essa pessoa. BUT! Consegui descobrir umas coisinhas. I hope you like, Blue Mary! - ela fala fazendo uma mesura com as mãos para as duas caixas olhando para a loira que bebia em uma das mesas.
ㅤㅤㅤㅤCandy não sabia o que comprar e acabou pelo visto comprando de mais, onde em uma caixa tinha o presente de Blue Mary e na outra caixa uma lembrança para o cachorro que a ruiva descobriu que ela tinha.
ㅤㅤㅤㅤA cantora esperou a mulher se aproximar e abraçou a mesma dando um beijo na bochecha dela e desejou feliz natal.
ㅤㅤㅤㅤ- Merry Christmas!!



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☆ Natal 2017 ☆ Ocultos de Second - Página 3 Empty Re: ☆ Natal 2017 ☆ Ocultos de Second

Mensagem  Convidado Qua Fev 21, 2018 8:04 am

BLUE
THE UNDERCOVER AGENT
Mary

Presenteada e Presenteando...


ㅤㅤㅤEu permanecia sentada no banco de frente para o balcão. Observava ao longe Terry e sua esposa grávida. Quando os olhares se cruzaram, dei um sorriso e passei minha atenção ao que estava rolando no palco.
ㅤㅤㅤAs apresentações foram interessantes, em tons até melancólicos. Foi bom ver o outro lado de Iori, parecia que isso era restrito apenas aos japoneses. A filha dele pareceu mais simpática ao conduzir o palco.
ㅤㅤㅤA troca de presentes começou, até chegar na garota que dividiu o palco com Iori. Pareceu muito dedicada na brincadeira, pois havia levado bastante presente, curiosamente presentes que eram pra mim.
ㅤㅤㅤQuando ela anunciou o meu nome, fiz um aceno com a cabeça e um sorriso. Levantei de onde estava e fui até o palco com o embrulho que eu deveria entregar. Eu só não sabia como ia levar todos aqueles presentes. Agradeci à menina.
ㅤㅤㅤ— Muito obrigado! Que você tenha um Feliz Natal, Candy!
ㅤㅤㅤDecidi que não adiantaria levar meus presentes para um canto e depois voltar para anunciar meu amigo secreto. Logo, tratei de adiantar as coisas. Assim que ele subisse e recebesse o presente, eu desceria com os meus.
ㅤㅤㅤ— Então… Meu amigo secreto é o Ralf! Acho que não sou muito boa em fazer mistérios.
ㅤㅤㅤApontei pra ele, estendendo a mão que segurava o presente na direção dele.
ㅤㅤㅤ— Feliz Natal, Ralf!
BLUE
THE UNDERCOVER AGENT
Mary



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Mensagem  Convidado Sáb Fev 24, 2018 2:27 pm






Um mercenário e duas loiras

ATENÇÃO:

Não sei para os demais participantes, mas até então o evento a seguir não fará parte da história principal dos meus fakes, sendo apenas uma brincadeira fake.

O texto a seguir pode conter ou não o uso constante de palavrões! A leitura deste tipo de material é de sua total responsabilidade!!

O conteúdo referente a qualquer Non-Player Character (NPC) é de minha total responsabilidade e não, estes não serão removidos do texto sob qualquer alegação ou reclamação por parte dos mesmos ou terceiros.

Alguns participantes deste evento me autorizaram a citá-los durante a postagem da maneira como eu quiser. Não sera alterado nada do texto caso terceiros ou os próprios não gostem do que está aqui escrito.

A única ou uma das poucas pessoas que estará(ão) no texto e eu não pedi autorização para citar, obviamente, é a pessoa que eu tirei.

Boa leitura.

Live House - Old Line, Second Southtown, EUA.

24 de dezembro de 2017.

O Coronel Ralf Jones e o Tenente Clark Still bebiam o quanto podiam e iam além, não, na verdade o Coronel Ralf Jones praticamente bebia sozinho enquanto Clark se mantinha atento a tudo a sua volta, conseguindo identificar em meio a multidão a presença de outros mercenários da Ikari Warriors, como o Soldado Setsuna Yagami, Leona, Whip e a Major Miu Yagami, porém os mesmos não estavam próximos, mas sim espalhados entre o público ali presente, provavelmente estando ali para assegurar que nada fora do comum pudesse acontecer e, caso acontecesse, os mesmos já poderiam dar conta. Não é certo afirmar, porém pode ser que haja outros agentes espalhados e infiltrados entre todos aqueles que foram ali para ver o grande show de Iori e Candy Yagami, afinal o patriarca não tinha um bom histórico social e sua presença em Second, bem como o amigo oculto, poderiam ser um disfarce para algo maior e misterioso por de trás de tudo, talvez até uma nova ameaça.

Ralf estapeava a bunda de uma garçonete que passava perto do bar e, em resposta, a mulher esmurrava a cara do mercenário usando a bandeja metálica que carregava vazia, fazendo o militar quase cair da cadeira. A moça certamente era nova no estabelecimento ou Ralf que realmente passou quase um ano ou mais sem frequentar o local, afinal ele estava em cativeiro, e acabou ficando desconhecido. Clark olhava para aquela situação enfadonha e movia o rosto negativamente. Enquanto isso Iori Yagami parava o show e chamava a atenção de todos ao se pronunciar e revelar seu amigo oculto, deixando os Ikari ainda mais atentos àquele momento. Será que realmente existia algo há mais por de trás de tudo aquilo? Ainda não era possível afirmar, contudo, o Coronel Ralf Jones não estava nem ai para isso tudo, ele só queria beber e se divertir um pouco.

Jones batia no ombro do Tenente e dizia que já voltava, saindo do bar e indo mijar no banheiro. O Coronel esbarrava em algumas pessoas e tirava outras do caminho (na maioria das vezes empurrando mesmo, pois o local estava lotado). Ralf entrava no banheiro e ia direto para o mictório, abria o zíper, sacava sua "mala" e mijava. O corpo do militar parecia um pêndulo, pois o mesmo se movia involuntariamente para frente e para trás, colocando a mão canhota na parede para tenar se apoiar e manter-se de pé. Jones acabava, sacudia e guardava o "pacote", fechando o zíper e indo direto para a pia lavar a mão. Ao chegar no local o Ikari percebia que havia um outro cara ali. O figurão arrumava seus cabelos loiros enquanto se admirava no espelho.


- Já pegou muita mulher hoje, Coronel?

- Não, ainda não e você? Ah, que ideia a minha... Você não pega mulher HAHAHAHAHA...

- O QUE DISSE!!??

- Ei, Benimaru, se afasta um pouquinho ai que o meu negócio não é pau, é boceta HAHAHAHAHA

- Tsk... Você está bêbado, credo... Está fedendo a álcool e não sabe o que diz... Vou me poupar o trabalho de lhe humilhar, afinal você mesmo já está fazendo isso, Coronel...

Benimaru saía do banheiro e Ralf ficava ali se olhando no espelho. O Ikari jogava uma água na cara e saía dali, voltando até o bar e sentando novamente ao lado de Clark. O novo chefe da 3YE anunciava seu amigo oculto, ou melhor, amiga, pois era ninguém menos do que Candy Yagami. O mercenário de maior patente olhava para aquela que subia no palco e não a reconhecia como a mesma de anos atrás, achando graça de como ela e outras filhas de Iori mudaram muito nos últimos tempos, era como se Ralf sequer as conhecesse de fato, pelo menos nessa fase atual. O moreno pedia mais um Velho Barreiro enquanto Blue Mary era anunciada pela lutadora de wrestling dos cabelos vermelhos. Jones bebia o líquido da garrafa diretamente da boca, sem usar copo, sem dividir nem nada enquanto o Tenente agora estava moderando a bebida e ficando apenas na água com gás. Ralf olhava para uma moça loira que também estava ali por perto e levantava sua garrafa para a mesma como se a cumprimentasse. O militar não sabia, mas aquela mulher também estava participando do amigo oculto.

- Então… Meu amigo secreto é o Ralf! Acho que não sou muito boa em fazer mistérios.

- Coronel...

Clark tentava chamar a atenção do superior para o evento, contudo, Ralf dava um gole em sua bebida enquanto observava todo o movimento local. Coronel!! Insistia Clark. Feliz Natal, Ralf! Blue Mary revelava seu amigo secreto e apontava para o mesmo, porém Jones parecia totalmente desligado, dando mais um gole na bebida. CORONEL!!!! Clark sacudia o superior pelo ombro destro, fazendo-o voltar a si. Ralf perguntava o que Clark tanto queria e o Tenente dizia que Blue Mary havia o tirado e era a vez do mercenário entregar seu presente a amigo oculto dele, além, é claro, de pegar o próprio presente. Ralf gargalhava e ia até a moça loira, comentando quase que no pé do ouvido da mesma.

- Eu já volto, bebê, sai dai não... Pior do que antes, Ralf esbarrava nas pessoas e as empurraa sem pedir desculpas. O militar subia no palco com certa dificuldade, quase caindo no meio das escadas. Ralf tentava abraçar Mary sem ele nem perceber, pegando o presente e o microfone logo em seguida. O Coronel começava a rir e a tagarelar.

- É ROCK IN ROLL, PORRA!!! É... Isso ai... Obrigado, Maria Azul, você é foda... Oh, você é foda!! Tamo junto!! O meu amigo oculto não é você, obviamente HAHAHAHAHAHA A ruiva ali, qual é o nome mesmo? É doce... Candy, isso, Candy... Ela tirou você, então eu não tirei você HAHAHAHAHAHA Ralf andava pelo palco com o próprio presente, mas ainda sem abri-lo. O que eu tenho pra falar é que o meu amigo oculto é foda... ELE É FODAAA!!! Mas antes, mas antes, eu sei que vocês querem ver o que eu ganhei... Vamo abrir essa porra aqui hehehe... Olha só, veja ai... São facas!! Pô, Mary, tu é foda... Já falei que é foda? Então, você é foda, lora!! Jones exibia as facas para todos os presentes e começava a exibir sua habilidade com as mesmas, fazendo malabarismo com elas.

Ralf estava totalmente fora de si naquele momento, seu corpo mal se mantinha de pé sozinho. O Coronel pendulava para trás e deixava uma das facas escapar de modo que esta caísse diretamente no olho de um homem na primeira filheira. Ralf olhava aquilo e ria, dando um pulo dali do palco direto pro chão. Jones ia até o rapaz e pedia calma, segurando a faca e a puxando com força, tirando o olho do indivíduo junto. Ralf olhava pra faca e via o olho do cara, devolvendo-o logo em seguida. Foi mal ai, acho que isso é seu... Ai, vocês, levem esse cara pro hospital antes que ele vire um novo Heidern e me mande embora HAHAHAHAHHA O público ficava assustado com Ralf que agora começava a andar armado entre as pessoas ao mesmo tempo em que continuava a falar no microfone. Como eu dizia... O meu amigo oculto é um cara que eu considero pra caralho... Ele deve me considerar também... Acho que somos amigos... Esse filho da puta me deu a oportunidade e a missão de treinar o filho dele... Eu to falando de você mesmo, seu... Sei la o que você é HAHAHAHAHAHA

Jogando algumas pessoas em cima de outras para conseguir passar e chegar até Iori Yagami, Ralf estendia o presente até o ruivo do luar e ameaçava lhe entregar o pacote. Feliz natal, Yagami, meu amigo do peito... Não mais que o Clark, mas você também é um cara legal... Eu sou um cara legal também, né? Eu sei que você gosta de mim, você gosta de mim, né? Oh o que você vai falar, eu treinei o seu filho, caralho HAHAHAHAHA Ralf apontava o microfone pra boca de Iori para o mesmo se pronunciar, todavia, Jones rapidamente puxava o objeto junto do presente e se afastava dali, revelando que Iori não era o seu amigo secreto. Ralf voltava ao bar e subia no mesmo. Jones olhava ao redor e dizia a verdade.

- Seguinte, seus filhos da puta, eu não sei quem é o meu amigo oculto HAHAHAHAHAHA Única informação que eu tenho sobre essa pessoa é que deve ser uma mulher e o nome é algo como Celestial, Celestina, Cele qualquer coisa HAHAHAHAHAHA Ralf olhava para a loira ali do lado e dizia: Eu disse que voltava hehehe... O seu nome por um acaso não é Celestial, é? Ralf estava claramente pronunciando o nome da moça de forma errada, porém não o fazia de propósito, Jones apenas não se lembrava direito o nome da mesma. A amiga oculta de Ralf era a bela Celestiah Loraqinere e no presente embrulhado em tecido azul e laço branco havia a coleção completa de O Senhor dos Anéis. Ralf comprou isso, porque achou, pelo nome da pessoa, que a mesma pudesse gostar de RPG e histórias do tipo, coisas NERD que envolvem magos, bruxas, flecha, reino, etc.






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Mensagem  Convidado Seg Fev 26, 2018 1:47 pm

Eu estava bebendo um liquor quando um homem corpulento me cumprimentou com uma garrafa de cerveja. Em minha mente,
ele parecia um anão extremamente alto para a sua raça agindo daquela maneira. Ele parecia muito dedicado ao serviço de mulherengo,
pois eu vi o que ele fez a garçonete. Ao ser chamada de "bebê", eu senti uma veia pulsar em minha testa que chegou a doer um pouco.
Eu me recompûs de maneira rápida, respirando fundo. Eu não fazia a menor idéia de quem era ele, apenas o nome que fora chamado antes de me chamar de "bebê". Ralf jones...um nome digno para um ser que penso em transformar em sapo e pôr em uma gaiola na vitrine de meu empório. Eu estava de costas, ainda sentada no banco em frente ao balcão quando o ouvi ficar mais perto. A minha veia na testa pulsou quando ele chamou por meu nome, mesmo que errado. Respirei fundo novamente e fiz o banco girar para ficar frente a ele com um sorriso sombrio no rosto, quase como uma daquelas máscaras japonesas que exibem olhos finos e um sorriso bem macrabro.


- É Celestiah...

 Eu recebo o pacote de presente dele e abro-o naquele instante. Livros da saga O senhor dos Anéis... Tolkien, o autor, foi o quem mais chegou perto de descrever a população elfica da qual eu vim. Foi um bom presente. Ainda mantendo a mesma expressão facial, eu toco na mão do militar gentilmente, tomando-lhe o microfone. Eu o puxava de leve, mantendo o microfone afastado e falava em seu ouvido.

- Pango whero... Não me chame de "bebê" nunca mais, pois eu tenho padrões...Moleque.

As palavras pareceriam estranhas, mas na verdade era um feitiço para fazer os intestinos do homem trabalharem sem controle, gerando uma diarréia em cinco minutos [Pango whero: "Entranhas Negras"]. Era uma vingançinha. Eu era mais velha do que ele, mesmo não aparentando e ser chamada de "bebê" sem ao menos me conhecer foi demais para mim. Fazer ele perder a festa em breve iria ser uma doce e fria vingançinha, como o sundae que estava sendo preparado para mim. Eu afasto o homem corpulento com a mão e tiro a expressão anterior de meu rosto. Dou um leve pigarro e pego o meu presente, uma pequena caixa que caberia em um bolso grande.

- Boa noite, pessoal. É a minha primeira vez em um evento como este desde que cheguei na cidade. Eu agradeço pelo convite e estou adorando a festa. - Eu acenava para o organizador da festa, fazendo um positivo com a mão que segurava o microfone após uma pequena pausa. - Eu não sabia de absolutamente nada sobre a pessoa a qual eu tenho que presentear e pedi ajuda para saber quem era.

  Eu me aproximava do homem loiro que havia entrado junto com o futuro "rei da porcelana". Dou um sorriso para o homem e ofereço-lhe o presente que eu carregava.

- Clark Still, não é? Você é a pessoa que me é o "amigo oculto". Aqui está seu presente, e não tenha pena de usá-lo, pois é bem resistente.

Dentro do pacote havia um relógio de pulso. Embaixo dos ponteiros, era possível ver as engrenagens girando e elas pareciam ser feitas de pedras vulcânicas com veios de lava que circulavam. O relógio em si era morno ao toque. O material do seu invócruo era metálico mas tinha a pintura o fazia parecer que era de pedra. Eu passava o microfone para ele e dava um beijo em sua bochecha direita, dando um tapinha no ombro esquero em seguida, antes de voltar para onde eu estava sentada e aproveitar meu sundae.

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