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Mensagem  Convidado Seg Mar 18, 2019 9:10 pm

ORIENTAÇÕES

Participantes: Estela, Cassy, Lilith e Terry.

Sistema: Cada jogador é responsável pela narração de situação em sua cena que fará o próximo jogador usá-lo dentro de seu contexto na sua cena seguinte. Nem sempre será situações 'prejudiciais' para a trama e nem sempre será situações de 'ajuda' para a trama. Exemplo.: Estela: "A negra saí do seu apartamento e ao se dirigir para a rua onde havia estacionado seu carro encontra a mesma interditada, várias máquinas fazendo reparo de emergência na rede de gás do lutar."
Cassy: "Em fuga a agente vira para uma rua completamente congestionada, impossibilitando a continuação e acaba sem saída. Abandona o veículo para uma fuga a pé. Enquanto foge empurra um mendigo no caminho, o mesmo solta o cigarro que estava fumando que caí dentro do lugar com vazamento de gás e provoca uma explosão."
Lilith: "Enquanto saí de um apartamento a mulher vai ao chão com a vibração que a explosão causa. Deixando cair tudo que estava em sua posse e quebrando alguns vidros que começa a produzir uma fumaça tóxica."
Terry: "Percebe pela porta aberta do prédio que sua mulher está caída em meio a uma fumaça duvidosa e vai em auxílio, passando as pressas pelas pessoa e empurrando pelo caminho também uma negra que parecia chegar naquele momento no imóvel."

São exemplos simples e sem a complexidade da narração da trama, mas só para vocês terem uma ideia de como será as coisas, sempre terá que ter elementos da narrativa anterior implicando direta ou indiretamente nas ações de quem for estar postando.

Enredo: Investigação criminal, analise comportamental, eventos inexplicáveis ('o sobrenatural') e realidade das ruas, do crime e das agencias governamentais.

Ordem de Postagem: Cassy, Lilith, Estela e Terry.

Evento inapropriado para menores de 18 anos. Conteúdo Explícito.

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Mensagem  Convidado Qua Abr 10, 2019 4:05 pm

Anos antes, Londres.


Cassy acabava de superar uma fase completamente obscura de sua vida, livrar-se das drogas sem auxílio, por conta própria, nada para amenizar os dias de merda da abstinência. Fazer uso sem controle daquelas substâncias estava tirando a garota de seu rumo, seu objetivo era concluir seus estudos e ela precisava fazer isso com as notas máximas para permanecer com a bolsa de cem por cento.

Ela tinha perdido um período do seu terceiro ano na faculdade para as drogas, num dia que acordara lucida e decidida, a garota entrou no prédio da reitoria e foi direto para a sala do reitor da universidade. Era para aquela pessoa que ela deveria se reportar.

- Estou com problemas. - ela chegou falando e também interrompendo reunião com outra pessoa que a mulher fazia.

- Cassyana. - a mulher loira lhe fuzilou com os olhos. - Um momento que já falo com você, por favor, aguarde na outra sala. - a garota viu que havia extrapolado uma regra de etiqueta do lugar.

Voltando para a sala de espera e sentando-se numa daquelas cadeiras acolchoadas e com toda sua inquietude, começou a balançar as pernas e roer as unhas. Demorou quinze minutos para o homem que estava lá sair. A croata entrou de imediato, sem aguardar ser chamada, dessa vez bateu à porta, mas não esperou a permissão.

- Eu preciso me recuperar, para isso tenho que saber se posso trancar a matrícula e voltar assim que me livrar das drogas, vou fazer a desintoxicação.  - Cassy falou no percurso da porta até a cadeira e ao terminar de falar já estava terminando de sentar também, encarando a loira na sua frente.

- Que privilégio sobre os outros alunos, você pensa ter, Srta. Lavka? - aquela voz era debochada e a morena não gostava daquilo.

- Nenhum, talvez, mas diria que coragem de reconhecer que estou na merda e preciso me livrar dessas drogas para recuperar minhas notas e recuperar meu foco nos estudos. Coisa que nenhum outro aluno admitirá, provavelmente negará até que usam drogas. - a croata retrucou de pronto e cruzou os braços.

- Você tem três meses mais as férias para isso, nem um dia a mais, se não perderá sua bolsa. - sem mais, a reitora dispensou Cassy e voltou sua atenção para uma papelada que estava em sua mesa.

A garota demorou uns minutos, mas levantou e saiu, daquele dia a diante, Cassyana Lavka, conheceria o verdadeiro inferno. Sozinha e passando pela pior de todas as coisas que poderia ter imaginado, pior até que quando fora sequestrada nas ruas quando era criança.


Anos antes, Croácia.

Os olhos claros da morena seguiam a todos que passavam por ali naquele saguão, ainda não havia passado nenhum homem e um sorriso foi brotando, discreto, em seus lábios. Aos poucos ficara claro por que estava ali e qual era aquela divisão do MI6 com sede em outro país.

Cassyana Lavka passou como primeira da turma de sua universidade, o que chamou sua atenção foi às publicações dos seus trabalhos dissertativos ao longo do período acadêmico. E o que levou o serviço secreto da rainha ir atrás dela, foi à resolução de um crime, que só foi possível pela analise feita em um trabalho da garota. Mas as habilidades daquela mulher não eram escrever, mas sim de conseguir informações e o mais importante, não deixar claro como foram obtidas.

- Vem novata. – a voz de uma mulher impecável fez a croata se erguer do seu assento. – Esse aqui é seu cartão de acesso, essa pasta tem a localização de onde você vai dentro do prédio, para quem se reporta e a senha de algumas áreas que é permitida a sua presença. – as duas andavam em direção ao elevador, Cassy apanhava o que lhe fora oferecido. – Decore e depois se livre de tudo isso e não perca nem por um segundo esse cartão, você pode ter outro meio de usar os dados dele e também se livrar do cartão, decisão é sua. – a mulher alta, com cabelos negros e preso e roupa social instruía digitando um código no elevador.

Cassy passou o olho e não retrucou, só moveu a cabeça em sinal de entendimento. A croata não tinha problema em decorar as informações, mas aquilo de ter que carregar cartão de acesso era muito batido, sempre se mostrou um problema por anos em qualquer agencia de governo.

- O que é de útil nesse cartão, código ou chip? – primeira coisa que a morena tatuada falou até aquele momento.

Enquanto questionava a garota verificava o objeto, em ambos os lados e ainda tinha uma fita pendurada pelo mesmo.

- Descubra. – a mulher sorriu com desdém para Cassy e abriu uma porta, fazendo um sinal para ela passar.

Cassyana ergueu uma sobrancelha e entrou na sala, deixando de lado o cartão. Ela detestava esse tipo de ‘competição’, em alguns momentos era ótimo e em outros uma cilada que só fazia as coisas desandarem, mas ficou na sua, era seu primeiro dia após dois anos de treinamento dentro da agencia.


Atualmente, Second.

Ela era uma agente secreta do MI6, muitos só conhecem o famoso James Bond, mas esse era fichinha perto do trabalho que a croata tinha que executar, ela estava em um nível a mais que o zero, zero, sete. Vantagem? Nenhuma. Só mais perigo e um trabalho mais sujo. Literalmente.

Estar dentro dos EUA era o grande desafio da fotógrafa, profissão adotada por Cassy oficialmente, ainda que fizesse bico como garçonete na casa de shows da cidade, em alguns dias da semana, mais uma boa fachada em um bom lugar de coleta de informações. A morena tinha certeza, que todos que ela possuía contato, fora da agencia, não sabia o que ela realmente fazia em sua vida.

Era uma grande proteção de sua identidade, e isso a faria receber mais serviços, mas também era um meio de proteger os outros. Criar vínculos, onde estes saberiam ou até mesmo não saberiam, sobre seu verdadeiro trabalho, poderia acabar de uma forma ruim, Cassy tinha que matar pessoas demais e não queria que isso tivesse de se estender para fora da lista.

- Sim, eu recebi a missão. – a morena tatuada falava ao telefone enquanto corria num lugar ermo da cidade. – Ainda não verifiquei todos os detalhes, farei isso em instantes, por que a urgência?

A conversa do outro lado da linha foi feita, a mulher parou os passos de repente e começou a vasculhar o arquivo que haviam lhe mandado, com a outra falando à viva-voz.

- ... Então, preciso saber se vai ou não realizar, 002. – e o silencio seguiu.

Os olhos da croata cresciam para a tela, aquela mulher, alvo da agência, por quê? Mas as dúvidas foram sendo respondidas, no decorrer do arquivo, ali tinha tudo sobre quem ela realmente era.

- Eu faço. – a voz saiu seca e a croata desligou o telefone.

E a chuva começou a cair na cidade, forte, grossa e lamentável. Cassy guardou o celular para evitar que molhasse, mas sua corrida virou uma caminhada lenta por aquela rodovia ladeando a floresta.

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Mensagem  Convidado Sáb Abr 20, 2019 6:44 pm




ㅤㅤㅤㅤDallas, Texas.

ㅤㅤㅤㅤ— Vira ali! Se a porra do DEA me pegar você vai ser morto! - Lilith estava aos berros com aquele capanga de Camila Vargas.
ㅤㅤㅤㅤCara de confiança da mexicana metida a besta, se acha a dona da porra do Dallas inteiro. A russa estava ali para acertar as coisas dos carregamentos de cocaína para Second, mas parecia que a mulher estava com mais problemas que deveria ou estava perdendo o trono.
ㅤㅤㅤㅤ— Delataram o carregamento. - a voz do cara dava para ser ouvida por cima dos tiros.
ㅤㅤㅤㅤ— Isso está óbvio. Vocês estão perdendo o controle ou não sabem mais se livrarem de delatores?
ㅤㅤㅤㅤA ruiva estava nervosa e com raiva, não mediu as palavras, mas o cara não tinha como revidar, era verdade. As coisas estavam desandando muito rápido, aquela guerra de Camila com o marido não estava trazendo nada de bom para os negócios.
ㅤㅤㅤㅤMais uma rajada de balas atingiu o carro e dessa vez os vidros traseiros estilhaçaram em milhares de cacos.
ㅤㅤㅤㅤ— Cadê a porra da arma? - a russa pedia e olhava no arredor.
ㅤㅤㅤㅤ— Banco de trás. - o homem respondeu dando a volta.
ㅤㅤㅤㅤCom o movimento do carro girando na rodovia, isso jogou Lilith praticamente sobre o motorista, já que ela girou o corpo para pegar a arma.
ㅤㅤㅤㅤ— Caralho!
ㅤㅤㅤㅤMais uma rajada de balas, mas dessa vez só o barulho chegou.
ㅤㅤㅤㅤ— Vai em direção deles, abre essa porra de teto solar aí.
ㅤㅤㅤㅤQuando o cara seguia a ordem, a Skyamiko passou pelo vão aberto no teto do carro e apontou a metralhadora para o carro que os perseguia, a rajada de balas saiu sem rumo, acertando uma boa parte da extensão do carro e também do asfalto. O equilíbrio era uma bosta, mas ela tinha que tirar os caras da jogada ou seriam pegos.
ㅤㅤㅤㅤ— Estabiliza essa porra, não sabe dirigir caralho?
ㅤㅤㅤㅤ— Vai se fuder, russa! - a resposta veio de pronto.
ㅤㅤㅤㅤMas antes de Lilith revidar o cara parou de sacudir o carro, ela estabilizou a arma nas mãos e atirou mais uma vez. Dessa vez as balas quebraram os vidros e atingiu algum ponto da roda do carro que fez o motorista perder o controle. Enquanto o carro capotava e engavetava outros que estavam pela rodovia, a Skyamiko voltava a sentar a bunda no banco do carona.
ㅤㅤㅤㅤ— Pronto, temos tempo para sair das ruas. - ela estava descabelada, deixou a arma de lado e puxou o aparador de sol, ali tinha um espelho. - Eu quero saber da Camila, quando ela vai entregar minha carga, o pagamento vai ser feito na entrega.

ㅤㅤㅤㅤDias depois, Second à Souhtown.

ㅤㅤㅤㅤ— A entrega não chegou, vou pedir a mercadoria para outro fornecedor, não tem mais tempo. Não para esse negócio. - a russa desligou o telefone e caminhou até a sala de Onyx.
ㅤㅤㅤㅤ— Aqui! Você entre em contato com a pessoa lá da Bolívia que você diz conhecer e sabe entrar em contato com El Santo. - Lilith entrou de repente interrompendo um despacho. - Tentei fazer as coisas do jeito que estava o circo aqui, mas não dá! A mulher está com carregamento atrasado, não estou nem aí se ela está em guerra com o marido ou o diabo. - a ruiva olhou para a mula sentada. - Qual a idade dela? - logo voltando atenção para a negra novamente. - Se não tivermos mercadoria, não temos grana e o negócio é pego por outro, sacou?
ㅤㅤㅤㅤ— Vou ver, quando vai ir na Bolívia? - ela perguntou e olhou para a garota. - Ela tem dezesseis. - respondeu a idade da menina que ficou muda na cadeira.
ㅤㅤㅤㅤ— E que porra você está fazendo com criança aqui? - ela estava irada, já havia falado que não queria menores naquela merda. - Vou quando você estiver o esquema pronto com seu contato. - foi a resposta da russa para o assunto principal em questão.
ㅤㅤㅤㅤ— Ela precisa trabalhar, está ilegal no país e sem dinheiro para se manter e tem um filho. - Onyx falou dando de ombros, era comum aquilo por ali. - Vou ajeitar e te aviso. - concluiu voltando para o celular.
ㅤㅤㅤㅤ— E vocês vão estufar ela com drogas? Essa merda estoura dentro dela e aí? Dê outro serviço para a garota. - e virando-se para a menina loira num rompante e assustando-a. - Você dirige?
ㅤㅤㅤㅤEsta mexeu a cabeça em afirmativo, o cabelo estava todo ensebado, parecia que não tomava um banho há dias.
ㅤㅤㅤㅤ— Então ela faz a entrega com o carro, expliquem! Se virem! Se eu ver ela engolindo droga de novo, vou enfiar no cu de vocês. E deem um banho nela.
ㅤㅤㅤㅤA Skyamiko saiu na mesma pressa que entrou, dessa vez saindo da ‘base’ de Keith para ir onde estava Craig. Mas sua noite parecia mudar, um pouco de distração e diversão, afinal. Ela topou com um cara que ela pouco via ou nunca vira ali. As vezes era difícil catalogar rostos que passavam por aquela cidade.
ㅤㅤㅤㅤNão havia muita conversa entre aqueles dois, a russa queria foder, descarregar toda aquela tensão em alguma coisa. Ter aquele pau dando sopa, naquele momento, muito oportuno. As roupas foram tiradas sem que fosse percebido, e Lilith já estava montando no colo do cara, fazendo o caralho entrar na sua boceta no processo.
ㅤㅤㅤㅤ— AAAAH! - os gemidos começaram.
ㅤㅤㅤㅤO cara retribuiu aquela ânsia de foder, movendo os quadris e segurando o corpo de Lilith ali no ar, escorando as costas em algum lugar e se equilibrando. Ele havia falado o nome no percurso da rua até ali, ela não havia prestado muita atenção. O interesse era só meter. Com o calor, suor e toda aquela movimentação, a posição já estava ficando bem incomoda.
ㅤㅤㅤㅤ— Deita! - o comando veio da russa.
ㅤㅤㅤㅤO homem foi ao chão, com ela sobre seu corpo, as cavalgadas vieram com pressão e força. O cara era um filho da puta, ela gritou com os arranhões que recebia em suas costas, mas não parou de sentar naquele cacete.
ㅤㅤㅤㅤLilith não viu a hora passar, quando ela gozou e sentiu a porra quente do cara invadir sua boceta, ela levantou e foi para o banheiro. Antes de ir para casa tinha ainda que falar com Craig, talvez somente ligasse para ele, ela tinha passado da hora de chegar, Terry sairia e a criança ficaria sozinha.
ㅤㅤㅤㅤ— Puta que pariu! - ela xingou olhando a hora no telefone.
ㅤㅤㅤㅤFez a chamada para o seu associado enquanto entrava em um táxi. Falou para o motorista seu endereço e esperou o outro atender. O telefone caiu na caixa postal, aquilo era estranho, mas não alarmante.
ㅤㅤㅤㅤ— Yamazaki. - a russa falou em um sussurro ao desligar o celular, lembrando-se o nome do cara com quem acabara de foder e percebendo que já havia ouvido aquele nome antes, só não lembrava onde.
ㅤㅤㅤㅤUma chuva repentina e grossa começou a cair, pegando o veículo ainda sem cruzar o rio em direção a Southtown. Aquele tipo de chuva sempre era prejudicial as cidades, alguma merda sempre acontecia, era muito volume ao mesmo tempo, com ventos fortes e também raios constantes. Principalmente ali no National Park, que o volume de água do rio subia, seria uma merda chegar em casa por aquela trilha de lama.
ㅤㅤㅤㅤMas antes de sair do carro, Lilith pagou o motorista e tirou os sapatos, aqueles saltos não eram compatíveis com aquela merda toda. Correndo até em casa a russa ficou com as pernas toda lameadas, já no impulso de subir as escadas correndo para sair da chuva, mudou a direção, sujaria toda a casa até chegar aos fundos para tentar se lavar, então deu a volta por fora mesmo.
ㅤㅤㅤㅤEstava aceso ainda dentro de casa, Terry parecia ainda não ter saído e agora com aquela chuva e o atraso da mulher, as coisas não estavam boas para o lado de Lilith. O marido provavelmente se irritaria, principalmente por saber que não poderia sair até ela chegar. Anita havia tirado umas férias, segundo a garota mesma, queria se divertir um pouco e não ficar cuidando de criança vinte e quatro horas. A ruiva deu de ombros diante daquela informação, assim como seu marido, que não tinha motivos algum para prender a filha dentro de casa.
ㅤㅤㅤㅤCombinaram um jeito, já tinham experiência naquilo, vivendo na estrada e no início não havia nenhuma enteada para segurar as pontas. Lilith retirou a roupa e deixou no tanque, jogou água nas pernas e antes de entrar torceu os cabelos. Seu corpo escorria água, ela caminhou até uma porta do armário onde era destinado para panos de prato e pegou um, saiu secando-se naquele mesmo que pegou. Quando ela chegou na porta da sala, vendo Terry e Jack dormindo no sofá, tudo ficou escuro e um estouro ao longe foi ouvido.
ㅤㅤㅤㅤA garrafa fez o barulho no chão e antes que entornasse a russa a pegou. Já falando com o marido que se mexia.
ㅤㅤㅤㅤ— Shh... Sou eu, acabou a energia, essa chuva toda deve ter ajudado a danificar alguma coisa na usina.
ㅤㅤㅤㅤMas não fora só ali em Southtown o apagão, ele se estendeu também para Second South, pelo menos a ilha estava na escuridão.



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Mensagem  Convidado Qua Abr 24, 2019 9:25 pm






Serviço Autorizado.
Second.


ㅤㅤㅤA primeira coisa que deve-se saber sobre a CIA. Ela não tem permissão de atuar dentro do território americano. Deixado isso claro, fica mostrado com isso que, a agência atual dentro dos Estados Unidos. Sim, contraditório, mas é a realidade. Tem várias hierarquias, mas Estela é uma agente secreta, uma das melhores dentro da Agência de Inteligencia, já que como civil, sua vida é totalmente voltada para o trabalho, este auxilia e muito nos seus trabalhos para a CIA e ainda colabora em alguns momentos. E uma nova mudança ocorreu na vida da negra, seu trabalho exigia investigações mais rigorosas em uma área do território, alguns agentes não estavam dando conta, ela foi designada e mandada para uma cidade de nome Second South. E isso coincidiu da texana já conhecer uma das habitantes do lugar, Cassyana. E era em seu apartamento que Estela estava hospedada nessa ocasião. Os passos eram ouvidos, discretos, pois a mulher usava meias e caminhava sem pressa, entre a bancada da pia e o fogão, preparando macarrão com queijo. O cheiro invadia todo o lugar e enquanto esperava terminar de assar, a agente preparava uma carne regada na manteiga com ervas frescas. Os cachorros da sua amiga estavam ali, de prontidão, deitados no chão e com os olhos acompanhavam a cozinheira, ansioso para que caísse algo no chão. E foi quando o forno elétrico tocou o alarme do tempo concluído que a energia do lugar desligou. - Que droga! - antes de desligar o fogo da carne, a negra tateou pelos armários atrás de alguma fonte de luz, velas ou lanternas, nada. Foi que lembrou-se das velas perfumadas no banheiro da fotógrafa. Pegou três, uma para a bancada da pia e outras duas para dispor na mesa. O macarrão estava pronto, tirando do forno a negra colocou sobre a mesa e foi até a carne, finalizando seu cozimento e desligando o fogo. Serviu-se e começou a comer antes de Cassy chegar, a mulher sempre tinha horários imprevisíveis, portanto as duas tinham um acordo, quem chegasse em casa primeiro, antes das refeições, deixava um pouco para a outra. Já na sua segunda garfada, a mulher recebera uma notificação no celular, era do aplicativo da agência, a mesma acessou e começou a ler ali mesmo, um arquivo extenso e com vários anexos foi lhe mandado como missão e também com o destaque de que o serviço estava autorizado, principalmente a descriminação qual tipo de serviço deveria ser feito. A imagem da mulher, que se tratava ser o serviço da texana, lhe era familiar e isso a intrigou, o fato de não lembrar-se imediatamente de onde tinha visto, ficou pensando ser de algum lugar da televisão. Dando de ombros a este fato, Estela continuou comendo e lendo todo a documentação. Ao terminar a refeição, lavou a louça e deixou a comida para a morena, colocou ração para os dois cachorros babões e foi para seu quarto, logo a mulher estava já dormindo, ela era sempre assim, dormir sempre ajudava na sua disposição e também raciocínio. A mulher não reparou que horas voltou a energia, ela acordou no seu horário de costume e sentiu o cheiro do café pelo apartamento, enquanto fazia o caminho para o banheiro pode perceber a cafeteira ligada. Sem se ater em qual lugar do apartamento sua amiga estava, Estela pegou o café, colocando num copo térmico e partiu para a rua. Foi só dobrar a esquina para a avenida principal da ilha que tudo parecia o caso, pior que Nova York. E naquele tumulto de pessoas, algumas em carros outras aguardando ônibus para ir para a outra cidade ou o continente, falavam o tempo todo. E foi num desses momentos, em que pedia licença para continuar utilizando a calçada, que a negra ouvira que aquele caos todo fora provocado pela parada do trem, alguma coisa havia estragado com a tempestade da noite anterior e todas as linhas haviam sido paralisadas. Foi caminhando, arrependida de não ter usado a outra rua, fora da avenida principal, que a texana chegou ao prédio que desejava, a fachada era bonita e ela até se surpreendeu de que havia tal lugar por ali. Um museu em meio uma ilha, dando de ombros para seus pensamentos, Estela subiu as escadas e foi para a entrada principal, mesmo notando que este estava ainda fechado.



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Mensagem  Ʀμηηɩηɡ ᗯɩℓɗ ✪ کƭєεℓ ᗯѳℓƒ Sáb maio 04, 2019 10:31 pm



Puta merda!

ㅤㅤㅤA cidade de 2nd South tinha uma peculiaridade bastante interessante. Não precisava você ser muito atento para perceber a quantidade de homenagens dispostas a algumas personalidades, em propagandas por toda a cidade. Terry era uma dessas figuras. Filmes e peças teatrais volta e meia recontavam uma história do passado da cidade vizinha, Southtown, como se fosse uma maneira de manter viva na mente dos habitantes de 2nd South que aquele erro não poderia retornar, o que não adiantava muito se for levar em conta a maneira como a cidade vivia.
ㅤㅤㅤPara entender um pouco disso, preciso voltar um pouco no tempo pra situar você, leitor, nessa cidade. Porque 2nd South, Southtown e Terry Bogard se misturam na linha de tempo da vida. Poucas pessoas sabem disso e por isso, talvez, haja tanta confusão por aí acerca do que é ou não é Southtown Secondus.
ㅤㅤㅤSouthtown é a tão referida “cidade vizinha” nos textos que vemos por aí. Era o berço da porradaria, da impunidade, da prostituição desenfreada, tudo interligado harmoniosamente, onde a lei para o futuro era não ter futuro. Terry Bogard nasceu nessa cidade, ou ao menos acredita-se nisso. Um moleque de rua encrenqueiro que defendia seu irmão a todo custo nas porradarias com outras crianças. Desafiava adulto sem medo de tomar porrada, causava o terror. Não tinha tempo ruim pra você ver aquele lourinho de boné de beisebol se embolando com outro garoto na rua.
ㅤㅤㅤFoi quando tinha uns 8 anos de idade, que apareceu um samango gente fina pra caralho na cidade… Retornado à cidade, na verdade. Era Jeff Bogard, um lutador profissional e respeitado artista marcial. Ele percebeu o quanto Terry e seu irmão Andy eram bons de porrada e resolveu adotá-los para que aqueles dois não guiasse a vida pelo lado errado. Os dois aprenderam muito sobre artes marciais com aquele cara, que era discípulo de Mestre Tung, um coroa carequinha que qualquer mestre de artes marciais do planeta batia cabeça. Jeff não só ensinou artes marciais para os dois, como também os guiou no caminho certo da vida. Mas a vida de Terry estava fadada a reservar merda atrás de merda e, quando o garoto atingiu seus 11 anos, veio a fatalidade.
ㅤㅤㅤGeese Howard era uma espécie de poderoso chefão de Southtown. Ele já havia tocado o terror na cidade na última década. Estamos falando da década de 70. Mas seus planos de proliferação da criminalidade acabaram sendo parados por um carateca de uma das escolas de artes marciais mais letais do mundo. Geese fugiu para o Japão antes de ser liquidado pelo lutador, prometendo retornar para continuar seus planos.
ㅤㅤㅤPois bem. Esse ano aí da fuga de Geese Howard foi 1979, justamente o ano que Jeff Bogard estava retornando à Southtown. Ainda no Japão, o poderoso chefão de Southtown ficava inteirado de tudo o que estava acontecendo no seu quintal particular do outro lado do mundo e, é claro, chegavam aos seus ouvidos as benfeitorias do tal de Jeff Bogard. A história de Geese com Jeff é meio confusa, mas dá pra resumir da seguinte forma: Geese e Jeff eram alunos do Mestre Tung e este preferiu seguir com Jeff, porque os objetivos gananciosos de Geese não condiziam com a filosofia da suprema arte marcial Hakkyokuseiken. No futuro, falarei mais do porque me refiro a esta arte marcial como “suprema”. Não convém aqui me estender. Vamos seguindo.
ㅤㅤㅤEntão Geese já era puto com Jeff por natureza e, em seu refúgio no Japão, diversas vezes mandou capangas acabar com a raça de Jeff, todas sem sucesso.
ㅤㅤㅤTerry e Andy tinham uma vida feliz, Jeff havia acalmado aquele moleque arruaceiro. Mas a vida de quem é fodido não tem final feliz, né? Em 1982, Geese retornou à Southtown depois de derrotar todos os mestres de artes marciais orientais, decidido a acabar com a raça de Jeff. E é nesse ponto que as coisas ficam mais confusas ainda. Eu não posso te afirmar se Geese derrubou Jeff de igual pra igual ou fez alguma emboscada. O fato é que Jeff foi assassinado após um combate com Geese, sob os olhares dos seus dois filhos adotivos. Aquele espírito de moleque brigão voltou a agir sobre o lourinho de boné, ainda com 11 anos de idade. Mas foi impedido pelo Mestre Tung, o carequinha lá cabeçudo do Hakkyokuseiken. Restou ao Andy lamentar a morte do pai e não saber mais o que fazer. O Mestre Tung disse para os moleques que, se eles quisessem se vingar, precisariam treinar muito e retornar mais velhos para tampar na porrada com Geese, caso contrário, só seriam mais dois mortos.
ㅤㅤㅤMuita gente se questiona o porquê do Mestre Tung não ter se metido na briga. Isso é uma parada meio oriental das artes marciais, algo que nós aqui não vamos entender de fato. O lance é que Andy acabou sendo pego pra criar por Hanzo Shiranui, um antigo colega de Jeff Bogard, japonês gente fina, cabeça do lendário clã Shiranui. Restou a Terry voltar às ruas.
ㅤㅤㅤE talvez seja isso que difira tanto um irmão do outro. Terry rodou o país entre caronas e passagens não pagas, viveu aquela década de 80 doidaraça sozinho por aí, cruzando as estradas de ferro e rodovias, onde seu alento nas madrugadas acabou sendo o álcool e as putas. Trabalhava em biscates pra comer, desenrolava pra viver e tampava na porrada pra aprimorar aquele complexo e entremeado ensinamento marcial que seu falecido pai lhe lecionava. Se Terry não se perdeu na vida foi porque as palavras de Jeff lhe guiavam a todo tempo. A diversão acabou sendo sua válvula de escape. Não completou os estudos devido à fatalidade do pai, mas vivia jogando basquete por aí, curtia as noites de Rock N’ Roll e volta e meia podiam vê-lo em algum fliperama. Mas o que aquele adolescente sabia mesmo era brigar. Trocava porrada com qualquer um: cana, marginal ou mestre de artes marciais. Apanhou pra caralho. Mas não apanhava depreciando quem o havia derrubado. Ele absorvia, aprendia e adaptava mais alguma coisa naquela sua mistura de movimentos marciais. O resultado disso foi um lutador completo, sagaz, a ponto de ser temido por se adaptar a qualquer estilo de artes marciais dentro de um ringue. Exímio conhecedor de artes marciais “in loco”, porque não era papo teórico, era prático.
ㅤㅤㅤIsso é outro ponto que precisamos abordar para não cairmos no anacronismo trivial: o porquê de puxar essa sardinha pra Terry Bogard quanto às artes marciais. A década de 80 foi a viralização das artes marciais pelo mundo. Nos EUA então, foi onde todos os artistas marciais renomados do mundo fizeram sua fama no campo de porradaria. O país se tornou “A Torre de Babel” das artes marciais. E foi nesse terreno que Terry Bogard acabou aprimorando o que Jeff chamava de Kenka Sappou (Métodos Mortais de Porradaria).
ㅤㅤㅤÉ claro que nem tudo foram flores para o louro nos certames da vida. E isso também foi outra coisa muito importante em sua formação. Terry não evitava lutas, porque cada combate acabava sendo mais uma lição de artes marciais, mais um lugar onde podia adquirir conhecimento, mais um lugar onde as experiências seriam trocadas. Ele não tinha culpa que seus adversários não tinham a mesma capacidade de aprender com o seu oponente. Nada daquela bizarrice de olhar e sair aplicando na hora. Era algo que demandava um estudo racional prático para que seu arsenal não ficasse instável por conta de algo que foi adaptado de qualquer jeito. Terry treinava e treinava pra caralho.
ㅤㅤㅤDez anos depois da morte de Jeff ele retornou à Southtown. E não só ele, como também seu irmão, trazendo um parceiro de competições de artes marciais do oriente, um tal de Joe Higashi. Os três entraram numa competição clandestina da cidade… isso em 1992, que já estava rolando há quase uma década na cidade, chamada The King Of Fighters. Tudo no torneio era manipulado, desde a refeição que os lutadores ingeriam às chaves de enfrentamento. Como os três não eram bobos, evitavam entrar em furada. Mas no fim, deu o já vagabundo Terry Bogard na cabeça. Geese ficou sabendo que Terry era filho de Jeff ainda durante esta competição e, puto com a ameaça sobre sua lavagem de dinheiro (The King Of Fighters), mandou seus capangas buscarem aquele filho de Jeff pra tirar na mão, cara a cara, numa luta de vida ou morte.
ㅤㅤㅤComo Terry foi para a porra do torneio justamente pra isso, tampou na porrada com Geese. Uma luta feroz, fora da concepção normal de uma luta de artes marciais. Terry acabou sendo vencedor, lançando seu algoz com uma voadora do alto do prédio que significava o poder em Southtown.
ㅤㅤㅤCom isso, você está aí pensando: Ah! Então deu tudo bem, tudo na moral…
ㅤㅤㅤPorra nenhuma. Isso aí aconteceu em 1992, o que se sucedeu depois foi uma série de confusões e momentos de paz. Terry rodou o mundo, aprimorou mais ainda seu Kenka Sappou, derrubou oponentes que sequer imaginava que existia, se meteu em confusões bizarras, como enfrentamentos contra demônios no norte da China e até um cara a cara contra um deus no Oriente Médio, onde passou um perrengue fodido, saiu todo estropiado e lamentando os sacrifícios que foram feitos para que hoje eu pudesse estar falando a respeito da vida dele. Tudo isso antes de saber que Geese Howard ainda estava vivo. Terry não era de acreditar em entidades, mas muita coisa ele peitou frente a frente. Enquanto desse pra ele derrubar, ele estaria lá. E foi em 1996, após mais um The King Of Fighters, que ele acabou definitivamente com aquele traste. No entanto, já não era mais ódio, como ele mesmo diz. Para ele, era um combate, mesmo que não fosse para Geese. Ao terminar mais um combate contra o poderoso chefão, arremessando-o da torre mais uma vez, Terry ainda lançou sua mão em resgate ao cara. Mas o sinistrão era tão filho da puta que fez questão de recusar a ajuda e se matar. Para Geese, era uma forma de aceitar que havia um filho da puta no mundo que o bateu duas vezes, sem jogos sujos, sem falcatruas, na cara limpa, nas mãos limpas. Geese não podia admitir isso.
ㅤㅤㅤO lance todo era que, naquele fatídico dia, um moleque de 7 anos observava tudo. Esse moleque era um filho renegado de Geese que, além de ter perdido a mãe, perdia seu pai ali. Com sentimentos confusos, aquele moleque partiu pra cima de Terry, desafiando-o para a porrada. O vagabundo sorriu e não recusou, entendeu o que estava acontecendo com aquele moleque. A luta não durou muito, com Terry dando meia dúzia de cascudos no garoto pra tombá-lo.
ㅤㅤㅤAssim como Jeff havia feito consigo, ele fez com o moleque, adotando-o como seu filho, criando-o, educando-o de maneira que não se tornasse uma nova versão de Terry Bogard, porque o ciclo do ódio sempre deveria ter um fim.
ㅤㅤㅤTerry rodou o país com aquele moleque, que foi crescendo e crescendo. Na verdade, era um cuidando do outro até que, dez anos depois, em 2006, vieram para 2nd South, a convite do tio do garoto que ele nem sabia que existia, sob alegações que a mãe do moleque poderia estar viva.
ㅤㅤㅤA cidade de 2nd South sempre viveu à margem da sua irmã ocidental, no entanto, após a morte de Geese e a consequente “pacificação” de Southtown, 2nd South obteve um crescimento vertiginoso, sob a batuta de um tal Kain R. Heinlein, o tio de Rock Howard. Enquanto Southtown tinha uma arquitetura que lembrava muito Miami, a sua irmã oriental parecia preferir um jeitão mais novaiorquino. Terry e Rock entraram no torneio e, desta vez, Terry foi tombado pelo garoto. Rock, o moleque, até hoje alega que Terry fez corpo mole, mas a verdade é que o vagabundo estava fora de forma na época, mais relaxado, sem tantos adversários como outrora. Essa derrota acabou fazendo com que Terry acordasse de volta às artes marciais, com o resultado de Rock ter partido com o tio em busca da verdade sobre sua mãe. Terry já havia feito a parte dele, estava feliz e voltou a errar por aí.
ㅤㅤㅤE é aí que entra outra parte da vida desse Running Wild… desse bicho solto, que se envolveu com uma porrada de mulheres adoidado, lutou em diversos torneios até termos, hoje, esse Terry Bogard vadiando com uma esposa completamente louca por sexo, num casamento totalmente fora dos padrões da cultura local… A vida de Terry nunca teve padrão. O Running Wild não é bicho solto por se dizer bicho solto… ele passou por isso, viveu isso, sacou?

ㅤㅤㅤE viemos então ao ponto de agora, passada essa curta explanação sobre o vagabundo mais querido do mundo. Terry perdeu a madrugada de biscate por conta daquela situação. Lilith havia chegado tarde demais e aquilo havia fodido o lance todo. Uma grana deixada de ganhar. De quebra, o gerador estava sem gasolina e nem trepar foi possível, já que se precisava ficar em alerta por causa do moleque. Mal clareou o dia e o vagabundo deu dois tapinhas na mulher.
ㅤㅤㅤ— Hoje tu se vira com Jack! Não posso perder a boca lá. Já vacilei uma vez…
ㅤㅤㅤCumprimentou a esposa com suas costumeiras carícias e meteu o pé! O vagabundo tampou para o Centro de Southtown. Lá, encontrou Kyan, um parceiro seu que sempre fazia serviços de reparos pelas duas cidades. Um negão alto e magro, de cabelo curto, tinha uma voz grave e um corte curto de cabelo. Bogard já chegou perguntando:
ㅤㅤㅤ— E aí? Ficou sem energia aqui?
ㅤㅤㅤ— Não muito tempo, cara! Toda Southtown voltou rápido. Lá do outro lado que o bicho pegou. Tô indo pra lá já já…
ㅤㅤㅤ— Saquei! O que tem aí?
ㅤㅤㅤ— Porra, cara! Tem serviço pra caramba, mas já tô levando um ajudante.
ㅤㅤㅤ— Que pica! Cheguei tarde.
ㅤㅤㅤ— Porra, Terry! Tem que madrugar mais…
ㅤㅤㅤ— Tô ligado… Tu me consegue uma carona pra lá?
ㅤㅤㅤ— Claro, pô! Só vir…
ㅤㅤㅤCom um trânsito insuportável ainda antes de entrar na ilha, já naquela hora da manhã, Terry decidiu sair da carona no forgão de Kyan e fazer o resto de trem. A estação na parte continental da cidade estava apinhada de pessoas – na maioria trabalhadores – que esperavam o próximo trem para o Centro. O aviso na Estação avisava sobre o atraso, deixando aqueles futuros passageiros mais putos ainda.
ㅤㅤㅤ— Puta que pariu! Não é hoje que eu chego lá.
ㅤㅤㅤDepois de uma demora desgraçada, quando o trem chegou, foi um tal de um empurra-empurra generalizado, para conseguir um lugar para sentar. O Running Wild cagou para assentos, mas ficou de pé, parecendo uma salsicha num enlatado estufado. O cheiro de perfume misturado ao de suor impregnava o vagão que levavam as pessoas. Quando a parada se fez na ilha, aquela multidão estressada saiu pelas ruas de 2nd South, rumo aos seus labores. Terry caminhou a esmo, evitando ao máximo sair esbarrando pelas ruas. O trânsito estava pior no Centro da cidade e uma confusão começou sabe-se lá por quê. Um motorista de táxi estava chamando um transeunte pra porrada. Uma porrada na lataria do táxi acabou chamando a atenção da galera para a confusão que estava se armando. Terry meneou a cabeça em negativo e passou direto, a passos cuidadosos, para evitar problemas maiores. Pegou uma rua para chegar ao quarteirão paralelo, onde as coisas pareciam menos piores. Numa esquina, ele parou pra comer alguma coisa, já estava morrendo de fome e não havia ingerido nada. Tirou os últimos vinténs do bolso pra comprar um sanduíche. Na espera, prestou atenção ao noticiário que circulava na TV do estabelecimento, uma reportagem que falava acerca dos problemas ocorridos na última noite na cidade, como também imagens ao vivo de vários locais de 2nd South.
ㅤㅤㅤQuando o vagabundo recebeu o seu pedido, o noticiário já havia mudado sutilmente o assunto para o clima, dizendo que nas próprias horas, a cidade enfrentaria fortes chuvas, vindas do Golfo. O vagabundo meneou a cabeça e ao seu lado, um senhor de idade avançava lamentava verbalmente pela notícia. Terry terminou de comer e, ao olhar para o sul, notou que as nuvens estavam se formando bem mais forte.
ㅤㅤㅤ— Vai dar merda.
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Mensagem  Convidado Dom maio 12, 2019 8:56 am

Cassyana Lavka tinha um acordo com o MI6, desde que ela havia confirmado seu novo endereço de residência fixa em Second, deixou claro para agência que não executaria nenhuma figura conhecida que morasse na cidade. Ela poderia fazer seu trabalho com os turistas que apareciam pelo lugar, que potencialmente poderiam ser seus alvos, mas nunca mataria uma moradora.

Mas parecia que agora era aquilo que estava na sua agenda, provavelmente era um teste do MI6, aquilo sempre irritava Cassy, agências de inteligência sempre são desconfiadas, principalmente dos seus próprios agentes. É um espião atrás do outro, sempre doidos para que o colega escorregasse para subirem na cadeia alimentar.

O caos da cidade parecia transparecer o emocional da croata, que naquele momento estava pendurada em uma árvore plantando uma câmera para vigiar o movimento de seu alvo, ali era uma das ruas usadas por ela para ir ao trabalho. Eram só quatro informações que a morena possuía, aparência, endereço residencial, endereço do trabalho e sua função. Um vento forte estava atrapalhando o ângulo certo do equipamento e isso fazia a mulher xingar sozinha agarrada no tronco da árvore.

- Puta que pariu! - ela puxou outra braçadeira do bolso e fixou novamente a câmera, que dessa vez parou de sacudir e sair do foco.

Ali não tinha como usar aqueles equipamentos minúsculos demais, ela precisava de zoom e só um recurso maior lhe proporcionaria isso, por isso a tentativa de pôr num lugar menos suspeito possível para ser descoberto e se fosse, poderiam pensar que era câmera para multas de trânsito ou vigiar trafego de pessoas por ali.

A morena tatuada aguardou alguns pedestres passar e saltou para o chão, não demorou muito, após dois passos dado a chuva voltou a cair sobre seu corpo.

- Clima doido! - ela balançou a cabeça intrigada com toda aquela chuva, fazia tempo que não ocorria tais eventos por ali, não naquela proporção.

Provavelmente o corpo da croata não seria tão resistente aquela mudança repentina de temperatura, ainda que ela teria que ficar de tocaia, naquela chuva gelada, para ver um bom momento para entrar na casa da mulher e grampear todo o lugar. As escutas eram mais um ponto estratégico, não se pode cometer falhas quando você quer entrar e matar alguém, parece fácil na teoria, mas dar qualquer bandeira você estaria fodido.

Conhecer rotinas, conhecer a área e o mais importante, conhecer quem você vai matar, saber os segredos dela é a chave, sem informações suficientemente úteis, eliminar seu alvo é um grande erro. Já que é isso em primeiro lugar que o tornou um alvo.
Ninguém viu essa parte enfadonha durante os grandes filmes do 007, pois é, mas essa parte existe, não é só socos, tiros e sexo que compõe a vida de um agente especial com permissão para matar.

Cassy não fazia ideia do vento forte que estava assolando toda a cidade, parecia um ciclone repentino passando pelo mar do Golfo ou coisa equivalente, ela estava concentrada da movimentação dentro daquela casa, envergada sobre a terra do jardim, em meio a flores e plantas, enquanto a mulher o marido preparavam seu jantar.

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Mensagem  Convidado Sáb maio 18, 2019 3:51 pm




ㅤㅤㅤㅤNational Park, Southtown.

ㅤㅤㅤㅤO corpo da ruiva estava gelado quando esta acordou, olhando em direção ao barulho que tinha lhe despertado, Lilith fez uma careta. Ela despertou levemente quando o marido saiu e mexeu com ela, mas voltou a dormir. Não tinha passado mais que trinta minutos, quando a janela do quarto começou a bater. Estava ventando e frio, a mulher levantou, nua, fechou a janela e foi para o quarto do filho, o menino estava acordado, brincando e com os olhos grandes fitando o teto.
ㅤㅤㅤㅤ— Seu pai se mandou de novo sem trocar você, não é malandrinho? - Jack sorria para a mãe e estendia os braços, em uma mão ele segurava uma pelúcia já surrada. - Vem aqui.
ㅤㅤㅤㅤLilith já pedira para o americano diversas vezes, que quando acordasse primeiro, antes de sair, trocasse o filho, para o menino não ficar assado por conta da fralda suja por muito tempo. Mas era o mesmo que pedir algo a uma porta, foram só duas vezes que o vagabundo de Southtown atendeu o pedido da esposa.
ㅤㅤㅤㅤA russa passou a manhã na casa e faxinando a mesma, ela tinha uma aversão grande por poeira ou sujeira acumulada, isso não tem a ver com coisas fora do lugar. Já imaginou jogar uma calcinha sem rumo enquanto começa a transar e quando for pegar de volta, vem aquele bolo de cabelo, poeira e teia de aranha junto? Nojento! Era isso que a ruiva tentava evitar de ter em casa, acumulo de sujeira desnecessária.
ㅤㅤㅤㅤO clima não estava bom para ficar fora de casa também, um vento forte e uma chuva constante, foi por volta do almoço, Lilith estava dando comida ao filho quando seu celular começou a tocar. Não tinha identificação, mas o código de área era conhecido.
ㅤㅤㅤㅤ— Fala Keith. - a russa atendeu.
ㅤㅤㅤㅤ— Porra! - era um tom de espanto, depois de alguns minutos ele continuou – Vou sair daqui agora para Southtown, preciso falar com você umas paradas. - ele continuou.
ㅤㅤㅤㅤ— Só vir aqui em casa, ué. - Lilith tinha colocado o aparelho no viva voz e continuava dando comida ao Jack.
ㅤㅤㅤㅤ— Não posso, os canas estão vigiando você, esqueceu? - o americano falava.
ㅤㅤㅤㅤ— Hoje eu aposto que não estão, uma chuva desgraçada aqui desde ontem, o nível do rio subiu, eu nem como sair tenho, Keith! - a mulher falou comentando o lamaçal que estava do lado de fora da casa.
ㅤㅤㅤㅤ— E como eu vou chegar aí, porra?
ㅤㅤㅤㅤ— Arruma um carro de trilha, um jipe, sei lá. Você não nasceu vestido. - ela devolveu as implicâncias para o cara e desligou.
ㅤㅤㅤㅤComeçou a rir olhando para o filho que abria a boca para a última colherada de comida.
ㅤㅤㅤㅤ— Aposto que seu ‘tio’ ficou com raiva. - a ruiva comentou com o menino, que nada entendida e levantou para lavar as panelas e pratos.

ㅤㅤㅤㅤJá era quase noite quando um burburinho de gente chamou atenção da russa, ela não entendeu bem o que era, lembrando só que Keith Wayne apareceria por ali. Na cabeça com a ideia de que poderia ser Anita com uma turma de amigos, foi em direção ao lado de fora da casa, pela porta da frente mesmo. E o que a russa viu ali a intrigou e assustou ao mesmo tempo.
ㅤㅤㅤㅤCom o garoto no colo, mamando, a Skyamiko encarava aquele grupo de pessoas, entre eles um conhecido, Franco.
ㅤㅤㅤㅤ— Eu pedi para eles não virem, Lilith, Terry está aí? - o mecânico perguntou com o semblante preocupado.
ㅤㅤㅤㅤ— Não, foi para rua cedo, atrás de serviço. Por que? - a mulher continuou com o menino seguro em seu peito reparando aquelas pessoas com utensílios nas mãos e com expressões dúbias, vez com raiva, vez com medo.
ㅤㅤㅤㅤ— Você está sabendo que parece que tem uma tempestade violenta acontecendo em Second, as ondas na praia estão bem altas. - o homem grande foi falando e chegando perto da varanda.
ㅤㅤㅤㅤ— Sei não, aqui a televisão não pega em dias como esse. - ela falou já desconfiada.
ㅤㅤㅤㅤ— Eles vieram aqui exigir que você pare o que estiver fazendo. - Franco falou quase num sussurro com uma expressão triste no rosto.
ㅤㅤㅤㅤ— Mas eu não estou fazendo nada, só amamentando meu filho. - a russa não entendeu de imediato, mas logo caiu a ficha.
ㅤㅤㅤㅤ— Com o tempo, não querem as cidades destruídas de novo. - o homem retrucou ainda mais baixo.
ㅤㅤㅤㅤ— Mas eu não estou fazendo nada com o tempo! - a Skyamiko falou em voz alta e irritada. - Não posso culpar vocês por acreditarem nas bobagens que veem na televisão, mas não é culpa minha essa chuva não! Vão discutir com o Deus de vocês sobre isso! Eu hein!
ㅤㅤㅤㅤFranco ia falar mais alguma coisa, mas o barulho de um carro chamou atenção de todos, fazendo eles se espantarem ao mesmo tempo, Lilith só percebeu que era o Wayne, quando este abaixou-se no banco e empurrou um de seus capangas para fora do carro. Ia começar uma confusão e a agitação já estava também deixando o menino no colo da russa agitado.
ㅤㅤㅤㅤ— Pera aí! Vocês vão para casa de vocês, para quem está com medo de chuva, ficar andando por aí desse jeito não parece ser bem seguro, não é mesmo? - Jack começou a chorar por que a russa tirou ele de seu peito. - Franco, obrigada pela preocupação, mas pode ficar calmo, isso é só uma chuva normal, não tem nada a ver com o passado. - enquanto falava Lilith fixou os seus olhos nos do homem a sua frente, tinha uma súplica de compreensão ali.
ㅤㅤㅤㅤLogo aquele povo estava saindo dali para suas casas e no mesmo instante que as pessoas estavam longe, Keith Wayne brotou de dentro do carro na varanda da mulher.
ㅤㅤㅤㅤ— Que porra foi essa? - ele falou se referindo a multidão.
ㅤㅤㅤㅤ— Provavelmente queriam me linchar pelo tempo ruim. - a russa deu um sorriso sem graça e abriu a porta para o americano entrar, indo para dentro junto com o mesmo. - Terri tem razão, ficar aqui nesse lugar não é seguro. - Lilith murmurou para si.
ㅤㅤㅤㅤ— Bagulho bizarro!- Wayne falava se esparramando no sofá. - Que porra foi que você fez em Dallas, putinha?
ㅤㅤㅤㅤ— DEA estava atrás de mim, Keith! Fui pegar o carregamento que vocês estavam demorando mandar! Querem tudo passando por Chicago, mas não cumpre prazos, porra! - a mulher voltou a colocar o filho para mamar ocupando o assento vazio do sofá. - Tu sabe que os caras não recebe mercadoria vão atrás de outro fornecedor!
ㅤㅤㅤㅤ— Você fez um furdunço desgraçado e desnecessário! - o homem acrescentava reparando no quão a vontade a mulher estava com ele ali. - Trouxe o carregamento comigo, já deixei no ponto com a Onyx. Caralho! Dor de cabeça filha da puta você me deu para eu resolver lá em Chicago, sossega esse rabo, Lilith! - ele falou levantando para acender um cigarro.
ㅤㅤㅤㅤ— Vai se foder, Keith. Você teria feito o mesmo ou pior, sei lá. - a russa tirou o menino do peito e colocou no outro. - Viu algo a mais nessa cidade que deixou esse pessoal revoltado? - ela perguntou olhando para ele.
ㅤㅤㅤㅤO americano começou a falar o que tinha ouvido no caminho até ali no rádio do carro, as praias estavam proibidas, o mar estava de ressaca com ondas altíssimas e também ventos tinham destruído alguns telhados nas cidades. O trem tinha voltado ao normal, mas as linhas estavam em alerta para eventuais coisas que poderiam acontecer.
ㅤㅤㅤㅤ— Vou indo, só não dá mais bandeira errada, Lilith. - Keith falou saindo da sala e seguindo para fora da residência depois de terminar de fumar o cigarro.
ㅤㅤㅤㅤA Skyamiko revirou os olhos e foi o acompanhando ao lado de fora e com a vista ficou vigiando da varanda até que este chegasse ao carro. Jack já tinha acabado de mamar, o garoto estava no colo da mãe falando alguma coisa para Keith que era difícil de entender, tanto que o homem ignorou o menino por completo e entrou no veículo saindo da casa dos Bogard.



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Mensagem  Convidado Ter maio 21, 2019 9:31 pm






Serviço Autorizado.
Second.

ㅤㅤㅤSim, aquele prédio era um museu, oficialmente, mas para a CIA ali existia um black site, para quem nunca ouviu falar do que se trata, são prisões que a agência de inteligência americana possuí espalhadas pelo mundo todo, e que não existem dentro do território dos Estados Unidos da América. Mas Second fica no território americano, convenhamos que ficou óbvio desde o início que as coisas não são o que aparentam. Estela entrou por uma passagem e desceu alguns vãos de escada para chegar em seu destino. - Bom dia, Josh. - ela cumprimentou outro agente e com seu cartão de acesso teve permissão para passar pela porta automática. O salto da negra ressoava pelo piso de cimento. - Ele já está falando? - ela questionou a outra pessoa na sala que ela acabara de adentrar. - Não. - a resposta veio rápida do homem que estava ali. - Parece cansado, Kurt. - a texana falou inclinado a cabeça para o lado com um sorriso sínico no rosto. - Você demorou quarenta e oito horas para retornar. - ele a encarou e saiu da sala. - Megera. - cuspindo entre os lábios a palavra em baixo tom e deixando a porta bater atrás de si ao sair. Estela seguiu uma grande parte da sua vida o discurso patriótico que regia seu país, mas apenas um mês após entrar para a CIA sua visão mudou, parecia que a negra tinha perdido seu rumo. No começo ela não quis prestar atenção, mas suas missões eram determinantes e traziam consequências reais para várias coisas que regia o mundo inteiro, economia, guerras, ataques terroristas, comércio. E quanto mais ela trabalhava, mas uma peça se encaixava no grande quebra-cabeça que a mulher havia criado mentalmente. A agente tinha para si como verdade, que o mundo inteiro já estava na terceira guerra mundial e está era a guerra da informação, que ela travava diariamente, desmantelando redes de inteligência de outros países ou indo atrás de pessoas que possuíssem coisas que poderiam ser prejudiciais aos EUA e também algumas coisas vazadas, tinham que virar conspirações sem fonte confiável, invalidar a fonte era sempre útil nesses dias atuais. A sociedade padronizou a vivência do ser humano, taxar alguém como ridículo era mais fácil do que nunca, uma população alienada em como deveriam se portar, se não, eram pessoas “ruins”, sem “moral” ou “princípios”. A mulher era implacável como agente da CIA, mas mais ainda como agente duplo e vazar todos os podres do governo americano. E quando ela entrou na cela do prisioneiro, ela o encarou, friamente. E fez seu trabalho, torturar por informação. - Acho que pegaram leve com você enquanto eu estava fora. - a negra empurrou o homem todo machucado contra a maca de aço fria. O rosto estava todo inchado e com sangue escorrendo e alguns dentes estavam faltando. Estela jogou um pano sobre a cara do estrangeiro e pegou um galão de água que estava ali e começou a despejar sobre o rosto dele, ela parecia contar o tempo, mas era o peso do galão que era levado em conta pela mulher. - O que você sabe sobre o projeto Orion? - ela questionou parando a água e tirando o pano da cara daquele homem. A tosse foi inevitável, cuspindo água por todo lado. A mulher naquele momento estava ‘fora’ da cidade e até mesmo do país. Então era irrelevante o tempo e tudo mais que aconteceria por ali, quando Estela pisou fora do museu já fazia mais de setenta e duas horas que ela estava no estabelecimento secreto da agência. Foi para casa sem reparar no local, estava exausta, mal notou a televisão em alguns estabelecimentos anunciando os estragos causado pelas chuvas e ventos fortes, incluindo a ação de gangues por várias partes da cidade, saqueando lojas e invadindo algumas residências.



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Mensagem  Ʀμηηɩηɡ ᗯɩℓɗ ✪ کƭєεℓ ᗯѳℓƒ Qua Jun 12, 2019 3:20 pm



Puta merda!

ㅤㅤㅤEra muita lama. No final daqueles três dias, 2nd South parecia ter sido pintada num degradê entre marrom e caramelo. Lama para todo lado, lixo, desabrigados e é claro, como não poderia faltar, os arruaceiros que se aproveitavam para saquear tudo e a todos. A noroeste da ilha, onde situava Free Field, muitos corpos em meio a eletrodomésticos e eletroeletrônicos imiscuídos no lamaçal. O centro estava em recuperação, com equipes do Corpo de Bombeiros tentando resgatar as atividades de uma cidade que há algum tempo não se via paralisada. O Universal Arena estava sendo o local onde grande parte dos desabrigados estavam recebendo cuidados. A costa leste da ilha estava bastante castigada, ficando apenas os edifícios mais altos e novos imunes a toda devastação. Uma visão aérea da cidade mostrava o bairro coreano apagado pelo lamaçal. Aquela tempestade havia dado o seu aviso, mas as equipes responsáveis por alertar a população escaldavam-se por vir mais.
ㅤㅤㅤNum rádio de pilha que funcionava sem dono numa bancada abandonada de uma lanchonete, um noticiário dizia que o Centro Meteorológico havia batizado o ciclone de Lilith, por conta das tragédias acontecidas há poucos anos. Realmente aquilo estava vivo na memória de muita gente que sobreviveu a tudo o que aconteceu durante o torneio Legend Of Universe, organizado pela própria Lilith Skyamiko, um torneio que fora batizado por Terry como “Torneio Teste de Fidelidade”, em alusão ao fato de ele ter só enfrentado oponentes do sexo oposto. Na época, Lilith não era liberal, no sentido sexual.
ㅤㅤㅤBoa parte do litoral da área continental estava arrasada, sobretudo as linhas férreas, temporariamente inutilizadas para reparos. Ninguém saía ou entrava no centro da cidade, ou seja, na ilha. As imediações de Philanthropy Belfry acabaram sofrendo drasticamente com o ciclone e a força das águas de Barbaroi Falls que, além de inundar parte de Sarah Forest, acabou contribuindo com aquele mundarel de água na cidade. O sul da ilha pareceu ser o local onde menos havia sofrido com as inundações.
ㅤㅤㅤComparado aos dois primeiros dias, o terceiro era um passeio no parque, com todo o esforço que estava sendo feito para recuperar a cidade. No primeiro dia, Terry estava tomando o destino de casa, desesperançoso quanto à possibilidade de arrumar algum bico, quando escutou que os serviços de transporte estavam temporariamente interditados pela Defesa Civil. Foi assim que ele desistiu de ir pra casa e partiu rumo ao Old Line.
ㅤㅤㅤA já conhecida do Lobo, Cassy, não estava trabalhando no dia, mas Terry fez questão de se engraçar em outra atendente do lugar. E foi durante as sarrafeadas no interior do estabelecimento, que o burburinho começou a tomar forma de terror. Quando o vagabundo se deu por si, uma avalanche de lama tomou conta do lugar e o desespero se tornou generalizado.
ㅤㅤㅤ— Hmmm…
ㅤㅤㅤEle foi acordar próximo ao meio-dia do dia seguinte. Um zumbido enjoado em seus ouvidos e a visão da destruição. O vagabundo levantou a cabeça e viu muitos corpos. Mas o que mais lhe deu espanto, foi o corpo de um tubarão, ainda se debatendo no lamaçal, provavelmente vindo do Golfo. Ao tentar se levantar, percebeu que sua cabeça doía. Estava ferido no topo do crânio, mas não dava pra saber a gravidade daquilo. Claudicando pela região, foi perceber que ele sequer estava nas imediações do Old Line, seu corpo fora parar bem mais ao sul de Blue Wave. Com uma vontade de cagar que lhe batera repentinamente, arriou as calças molhadas próximo a uma palmeira caída e defecou ali mesmo, aproveitando-se de algumas folhas para limpar o rabo.
ㅤㅤㅤFoi no terceiro dia, com a diminuição do nível da água, que ele começou a ver os saques. A galera só não roubava o sobrenome alheio, o que estivesse na frente, estava sendo roubado. A onda de violência, naquelas 24h, havia aumentado para um número alarmante. Com a ausência da lei, ninguém tinha mais limites e foi numa dessas que o louro teve que se ver com um grupo de arruaceiros que estavam estuprando uma mulher, aos olhos de duas crianças.
ㅤㅤㅤCansado, no alto de um sobrado, vislumbrou a cena no beco adjacente à rua em que o prédio mostrava a face. Ele sequer avisou ou alertou, saltando de lá, direto no principal agressor. Como não estava ao 100%, não pôde evitar o tiro que um comparsa disparou, atingindo seu ombro destro. Mas, com o sangue quente, dava fim à vida dos marginais para alento daquela família. Terry se deixou cair num canto…
ㅤㅤㅤ— Que merda de vida, hein? Hehehe… — ele disse para a mulher que havia acabado de salvar. — Depois de tanta coisa, morrer baleado, num beco fedido a merda.
ㅤㅤㅤA mulher, desesperada, fazia pressão no ferimento e tentava mantê-lo acordado.
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Mensagem  Convidado Sáb Jun 22, 2019 12:13 pm

- O serviço foi concluído?

- A área que eu estava monitorando está devastada, perdi imagens das câmeras no segundo dia, preciso de mais um para poder ir lá verificar.

- Você tem mais doze horas.

A ligação foi encerrada, a agente jogou o aparelho celular longe e foi para a rua. Cassy não só fotografava as pessoas na sua miséria, ela sempre dava um jeito de ajudar de alguma forma na região.

Poucos sabiam, mas a mulher fazia parte de voluntários para alimentação das pessoas em situação de rua e o foco era sempre ajudar quem tinha algum problema de saúde, seja físico como mental. Enquanto a atendente do Old Line estava a caminho do Universal Arena, depois iria para o lado da residência que ela havia grampeado dias antes.

A primeira verificação da morena foi sobre amigos conhecidos dela da região, queria saber se todos estavam bem ou alguém precisava de ajuda. Mas era uma imensidão enorme de pessoas, com necessidades básicas faltando, que era impossível buscar informação no meio daquele caos. Toda uma organização estava sendo feita e quem estava em estado melhor ajudava nisso também.

Quando a croata saiu do lugar já estava de noite, pessoas entravam assustadas, falando que havia muitas gente vandalizando tudo e até agredindo as pessoas na rua.

- Eu não entendo. Todo mundo na pior e tem gente que não se contenta em ver as pessoas na desgraça, quer fazer algo pior.

Cassy estava revoltada, detestava violência daquele porte, parecia uma necessidade que naquele momento de vulnerabilidade, o agressor quer mostrar ainda ser superior ao outro, querer tentar mostrar que a merda dele era menos fedorenta e impondo isso por meio de uma crueldade.

- CASSY!

Era uma garota que trabalhava também no Old Line, ela estava só olhos para o lado da fotógrafa e a abraçou com tanta força que a croata não compreendeu bem o que estava acontecendo, até seus olhos encontrar um grupo de moleques.

- Ei! Você está bem? - Cassyana perguntou abraçando ela de volta e conduzindo ela pela calçada.

- Sim, estava indo para casa e me deparei com aquele grupo, pelo menos vi de longe. - ela explicou.

As duas estavam voltando pela calçada do Universal Arena, para passar por outra rua para continuar o caminham que queriam seguir. Notando  o aglomerado de gente, a garota perguntou a outra.

- Você está como voluntária aqui, não é? Terry está aí?

- Não. Não vi ele, por que? - a morena perguntou um pouco preocupada.

- Ele estava com a Wendy no Old Line na noite que tudo aconteceu. - os olhos da garota encheu de água ao se lembrar da amiga.

Cassy abraço ela e continuaram as duas caminhando em silêncio pelo resto do caminho, atentas as pessoas na rua. Wendy havia morrido afogada, haviam achado o corpo dela a pouco tempo e aquilo ainda estava fresco demais para não se abalar. E a ideia do americano  estar no mesmo lugar incomodou a agente, ela considerava Terry um grande amigo, não era uma pessoa qualquer e daquele momento em diante que foi tocado no assunto, até o destino que seguiam, a mente da mulher só estava pensando onde estaria o homem e não só isso, tinha o filho e a mulher.

O fato de não estarem na Arena podia dizer várias coisas e só as ruins passaram pela cabeça de Cassy, não desacreditando das pessoas, mas por saber que elas ultrapassariam seus limites para tentar fazer algo pelo outro e isso sempre era pior quando se está debilitado. Deixando a amiga em casa, a morena estava bem longe da sua.

Vendo que estava perto do local que estava de vigilância e também da cidade vizinha, ela partiu para resolver seu problema do trabalho e procurar por seus amigos. Havia muitas equipes chegando para ajudar, mas o que mais demorava ter uma resolução era a violência, as lojas estavam todas saqueadas, supermercados principalmente, seguido das farmácias. O hospital, por onde a croata passava no momento, parecia deserto, luzes piscando e vozes diziam que o lugar funcionava precariamente atendendo casos graves, somente com o gerador funcional, até a força ser estabelecida.

O corpo de bombeiros procurava por voluntários em todo canto, um grupo ainda auxiliava explicando as pessoas como proceder quando tivesse que ajudar a tirar pessoas de lugares que estavam presa, tentando não piorar a situação que já se encontra, com técnicas certas e também buscando a calmar quem demonstrava desespero.

Os carros começaram a rodar, após horas e as águas recuaram, a sujeira atrapalhava bastante, mas a prioridade ali estava sendo resgate de pessoas. E foi ao chegar na casa que grampeara que viu algo interessante no outro lado da rua. Um grupo de pessoas estavam numa operação bem séria, que poderia ser para resgatar alguma pessoa, mas o que foi tirado da pilha de entulho foi um gato e um cachorro. A mulher sorriu, sentiu falta da câmera fotográfica, levando a mão a região que pendurava a mesma.

Pelo que ela olhava, tudo estava destruído na casa, mas parecia não haver ninguém ali. Com cautela Cassy andava pela área do piso inferior, único que ela se aventurou, e ninguém estava ali.

- Hey! Alguém?

Ela procurou dar uma de voluntária do resgate, para saber se o lugar estava ou não vazio, caso alguém respondesse do nível superior, ela tentaria acalmar a pessoa e chamar ajuda. Foi quando seus olhos encontro o que ela queria encontrar. O local do cofre e o mesmo parecia estar intocável em meio aquela bagunça.

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