Os mares, a Ámerica e novos encontros.
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Os mares, a Ámerica e novos encontros.
Participantes: Zara e Coroline.
Período: Máximo dois meses.
Enredo: Durante uma fuga Zara chega em uma região nova, sair do mar é seu principal objetivo, o que ela irá encontrar em terra? Abrigo ou barreiras? Encontros irão acontecer.
Observação: Evento aberto para observadores, esssas pessoas não irão interferir em nada no que as duas participantes estão realizando, mas sim irá observar o que elas fazem. Isso se estiverem em lugares públicos, caso não estejam é também proíbido ter observadores em locais privados.
Convidado- Convidado
Re: Os mares, a Ámerica e novos encontros.
Até que momento do seu passado você lembra? Não lembranças contadas, mas as vividas. Que seus olhos viram ou suas mãos tocaram ou quais palavras saíram da sua boca. Será que é possível ter lembrança do momento que se está nascendo?
Zara olhava sobre um telhado por uma janela empoeirada uma criança nascer, ela sorria e desaparecia no vento. Era mais um desejo sendo realizado, após anos de tentativa uma mãe estava dando a luz a uma criança tão desejada.
Ela estava novamente na água do mar vermelho, no esconderijo do seu receptáculo, ao alcançá-lo uma armadilha foi acionada, novamente aquilo, humanos tentando capturá-la. A jinn ingeriu seu receptáculo e virou uma bola de ferro pesada o suficiente para não ser arrastada pela rede que tinha lhe cercado.
As pessoas ali estavam paramentadas com o equipamento suficiente para tirar qualquer coisa de dentro da água, Zara estava em alto-mar dentro de uma embarcação que ela não sabia o que podia ser. Dentro do seu ser aumentava ainda mais seu ódio pelo ser humano. Mas seus olhos visualizaram um servente daqueles que mandavam limpando o chão de madeira próximo. Os olhares se cruzaram e a jinni percebeu o que a pessoa era, nada de pensamentos nojentos e ambicioso, somente voltar para casa para ficar mais tempo com os filhos era seu único desejo.
Zara saiu de onde estava virando fumaça e uma de suas mãos como uma faca ela retirou seu receptáculo da rede. Engolindo novamente o receptáculo ela pulou dentro do mar, não tinha ideia o quanto tinha viajado e nem qual era sua localização. Ao tocar a água era virou uma criatura marinha e ao perceber que estava no Golfo do México ela foi em direção a ilha mais próxima.
O homem estava desorientado ao se ver em frente da porta de casa e acabou entrando, ainda com o esfregão que usava na embarcação em mãos.
- PAPAI! - o grito da criança era alegre.
Zara piscou os olhos e sorriu consigo mesmo enquanto caminhava pela areia da praia em direção a cidade, seu cabelo estava molhado, os véus colados em seu corpo e o tilintar característico de suas correntes e pircings trazia paz momentânea para seu corpo. Novamente ela tinha que ir embora de sua terra por causa da ambição.
Convidado- Convidado
Introdução.
O cheiro perfumado das rosas invadia as narinas de uma mulher de pele muito branca e olhos dourados, havia quem dizia que era amarelo, puxado a um tom mais vívido, mais intenso e atrativo para as esferas cheias de pontilhados. Quando encarados de frente, se bem analisados, podia-se ver esses pontos se movendo como diversas estrelas vagando em um “infido” espaço. Você diria se a visse: “isso é impossível, não tem possibilidades de isso ser verdade!”, mas acredite quando lhes digo, que os olhos de um Éther, são como olhar para um espaço, cheio de estrelas vívidas! Quando não estão mais nestes corpos que caminhavam, a imagem era ainda mais bonita.
Esta figura que levava as mãos a uma das rosas de sua roseiro no jardim de sua moradia, envolvia os botões com sua pele macia, passando o polegar com carinho nas pétalas manhosas. Seu nome é Dean, Coroline Dean Hawkins para dizer a verdade, por mais que não fosse o seu de nascença, ela adorava o nome dado pelos humanos que a acolheram a quase cinquenta anos atrás, em anos de escuridão repleta de memórias nubladas.
Mais uma vez, Dean se encontrava em um momento singelo de paz, havia terminado mais um trabalho em seu escritório, revendo minuciosamente as suas últimas negociações sobre a sua empresa, a Lifestream, que era focada em medicina e tecnologia, dois ramos que nos últimos anos Dean vinha crescendo e chamando atenção de figuras importantes no mercado com o passar deles, mas a sua vocação, ah, essa ela não teve mais nenhuma busca, estava parado a alguns meses.
De vez em quando alguém a procurava para encontrar alguma relíquia perdida, artefatos esquecidos pela maioria por conta de que suas histórias nunca mais terem sido contadas. A Hawkins sentia saudades dos desafios, o encontro com seres míticos, se chocar com civilizações supostamente aniquiladas. Sim. Dean sentia falta do perigo. Ela gostava da sensação da caça, da busca daquilo que nunca foi explorado. Quanto mais perigoso fosse, mais feliz ela ficava e isso a tirava dias de casa, às vezes até uma semana inteira ou mais. Sua última busca a levou as terras frias que existiam nesse planeta, a fazendo atravessar uma muralha onde o homem não sobreviveria, apenas para ver o que tinha escondido ali.
O que trouxe para aqueles que buscaram seus serviços, foi apenas uma história, o relato dos caminhos, e que nada havia sido encontrado. A verdade por trás disso? Ela guardou para si mesma, trazendo apenas um artefato dos portões que havia atravessado. Esse ela esconderia como todos os outros troféus de suas jornadas, em um lugar onde ela caminhava e não se incomodava com a falta de ar. Em carne e osso ela precisava encher seus pulmões como a sua base humanoide necessitava, mas como um Éther que já havia chego a o limite de suas capacitações e atingido o pico da forma como os seus ancestrais, carne e osso, era só uma forma de dizer que ela via o próprio corpo como um simples Avatar, logo, de ar mesmo, ela não necessitava.
Eu não havia contado antes? Coroline não é humana, é um Éther. Pertencia a uma espécie de seres Cósmicos com livre arbítrio. Ela havia despencado de uma realidade muito distante, bem mais antiga, e parou nesse pequeno planeta, há muito, mas muito tempo atrás mesmo.
Como seu físico podia ser descartado, remontado, Dean não se preocupava em chegar em sua sala cheio de adornos e coisas tentadoras. Um dos tesouros eram cópias de algumas páginas do Necronomicon que ela arrancou de Mako, que trabalhava para uma Organização que às vezes solicitava o seu conhecimento e capricho no trabalho. Depois de ver o caos que simples palavras podiam trazer, Coroline achou melhor os retirar das mãos humanas, e quando pudesse, faria com o original também.
Era o tipo de artefato que não precisava de curiosidade rondando-o, necessitava de cuidados que curiosos não dariam, pois, todo ser movido a ela, não pensava muito bem nas consequências de seus atos até que saciassem as linhas de pensamentos e do imaginário que existiam em si.
Tranquilamente, Dean sentou-se em uma das cadeiras brancas mais próximas de seu ser e passou a admirar as suas rosas. Era uma bela manhã, tinha aquele sol típico da cidade durante essa época do ano, mas ela estava protegida pelas suas plantas e abaixo de uma cúpula, entornada por galhos e folhas. Se perguntar para a Dean como é a visão de paraíso dela, pode-se dizer que ela irá lhe descrever esse mesmo cenário.
A criatura ficou ali sentada, pensativa. Para a Hawkins era muito estranho uma manhã sem gritarias, algazarra, bagunças. Geralmente sempre começava com Lilith fazendo alguma coisa para o seu irmão mais novo, Yue, e lá ia ela e seu marido, Iori Yagami colocar ordem nas crianças “adultas”. Os únicos que não faziam muito barulho, era o trio de gatos: Snow, Haru e Carrasco, o mais novo integrante dos felinos, e os dois cachorros, o pequenino Kata, e o enorme Boo, que servia mais como um objeto a ser mandado pelos felinos, que abusavam demais dele quando bem entendiam.
Era uma manhã de fato agradável.
Ela passou uma boa parte ali, apenas aproveitando cada segundo que tinha reservado para si mesma, não ouviu um “mamãe!”, nem ninguém a chamando, ao invés disso, ela viu Iori se aproximando, com uma pequena cesta que ela usava para trazer coisas para os dois quando eles aproveitavam um momento a sós. Esse ato pequeno empolgou Dean que sorriu para ele, movendo os lábios carnudos e rosados para um belo sorriso, ela se ajeitou na cadeira, fazendo os cabelos castanhos e ondulados se remexerem sobre seu corpo. O que ele havia trazido? Ah, ela descobriria rápido, iria acabar fuçando naquela cesta toda.
—— Iorin! O que é que tem aí? —— Ela riu gostosamente o vendo se sentar em frente a ela, depositando a cesta sobre a mesa.
—— Olha aí.
E Coroline o fez, abrindo-a e vendo um pequeno jarrinho de suco de manga, maçãs e peras, com torradas com mel. Dean tomou um copo que havia ali dentro e se serviu animada, o recinto ficava mais confortável enquanto ela se refrescava.
—— Você trouxe pouca coisa! Não vai comer não?
—— Eu já tomei café, você pode aproveitar a cesta.
—— Se é assim, muito obrigada! —— Dizendo isto, a Hawkins pôs a se alimentar, sentindo o olhar do ruivo encima de si. Dean já havia se acostumado, seu esposo era muito observador com os arredores e seus familiares.
A manhã dela foi assim, com um café simples, da forma que ela gostava e na companhia da pessoa que mais lhe importava.
Após seu momento de paz com seu marido, bem antes do almoço, Dean decidiu dar uma volta pela vizinhança. A região que eles moravam, não era muito longe das escolas. Parecia estranho ela permanecer mais um ano ali, mas fizera isso para não atrapalhar a vida dos filhos. Podia se adaptar a quase todo lugar desde que tivesse uma área apenas sua para relaxar e ninguém a incomodar.
Dean, no entanto, ainda estava se habituando a região. Ela tinha um apartamento antigo por ali, mais perto de Campanário Filantrópico se comparado com o novo lar e que estava alugado para a namorada de sua filha Carol, algo feito de muito contragosto pela Éther. Este local era mais tranquilo, fechado, seguro e reservado para ela, o que era muito melhor do que viver no topo de um prédio. Tinha seu luxo? Sim, mas aí que estava uma controvérsia das grandes, pois para alguém que gostava de dormir de baixo de árvores e no meio do mato, uma cama para ela, era só um apetrecho que podia ser facilmente visto como desnecessário.
O conforto era mais para os outros, do que para si própria, no entanto, este não era o caso desse momento. A experiência tinha sido um pouco boa para seu relacionamento passado, mas eventualmente acabaria pondo seus pés no chão novamente. Quando quisesse sentir-se mais livre, poderia alcançar os céus de outras formas.
A Hawkins procurava uma garagem que havia se tornado uma vendinha. Ali a morena acastanhada havia encontrado o melhor sorvete que havia experimentado em vida. Nada de bolas cheias e melequentas, apenas o bom e velho picolé. Infelizmente, Dean não havia guardado muito bem o caminho que tinha de seguir, e acabou acontecendo o seguinte: Ela errou a direção e foi parar em outro quarteirão. Demorou um pouco para ela voltar para o caminho certo. Coisas novas a distraiam e Dean nunca teve tempo para olhar bem as casas do bairro.
—— Hmmm....
Já no caminho certo, ela se pôs para procurar o lugar certo.
A morena acastanhada finalmente a encontrou, em uma casa esverdeada, um tom de verde que não a agrada, parecia musgo. Dean como sempre, andava sem fazer barulho, se esgueirando um pouco para não chamar a atenção da jovem que arrumava os seus baleiros. Sasha era o seu nome e até onde a criatura sabia, está jovenzinha de cabelos bagunçados e loiros era a produtora do seu sorvete favorito. Na surdina Dean adentrou o ressinto, e então bateu com gosto no balcão, resultando em um baleiro de plástico voando e várias balas de café indo para o chão.
—— HAHAHAHAHA. —— A Éther deu outra gargalhada gostosa, dando um sorriso largo a "criança" a sua frente.. —— Eu finalmente consegui!
Era claro que Sasha não a olhou muito feliz, mas o riso de Dean que soava como uma criança em seu leito de pura inocência parecia ter tirado a atenção da humana de sua aparente raiva. Bom, não tinha como ficar com raiva. Era como ver uma criança em um corpo de adulto pronta para fazer mais alguma travessura. Por mais que dentro de si a voz da razão dizia para ficar esperta, eram esses aspectos de um Éther que o tornava inofensivo em frente de qualquer ser. Combinado com a aparência de certa forma delicada, não havia muitas pessoas que apostariam que Dean fosse capaz de fazer alguma coisa contra alguém.
Se tivesse como avisar alguém, poderia se dizer para esta pessoa desconfiar da Éther com toda a força de seu ser, poderia até jurar por todos os ossos de seu corpo que sua visão, sua fala, está certa para ter alguma credibilidade contra ao que era visto. No entanto, Sasha não tinha ideia sobre isso, para ela, a única coisa que tinha a sua frente, era uma mulher de aparência jovem e bem desligada da vida.
—— Haha, muito engraçado, agora me deu preju. —— Resmungou a mais nova.
—— Dei nada, todas as balas continuam a sua frente, bom espalhadas.
—— Pelo menos você voltou como havia dito.
—— Pois é, eu tentei outros sorvetes, mas gosto demais dos daqui.
—— Hum. O mesmo de sempre?
—— Aham.
Dean a assistiu entrar por uma porta branca, toda cheia de vidros que impediam sua visão para mais além. Ali ela sabia que tinha o sorvete, provavelmente dentro de algum freezer, ela tinha ideia disso, o cheiro de seu gelado estava gostoso, no mínimo era “safra” nova. A morena sorriu para a jovem que veio com seu picolé de céu azul, prontinho para manchar sua língua com sua cor preferida. Pagou o que ela lhe entregou e resumiu a sua caminhada.
A mulher gostava de ir lá. Era um negócio simples e que muito lembrava a sua vida nos anos iniciais em que havia começado a sua convivência com a humanidade, ela vivia em Bourton-on-the-Water, um vilarejo na Inglaterra com seus pais, o casal que havia a acolhido, lhe dado um teto e o início de uma vida na época em que ela não recobrava nem de onde vinha. Os tempos eram ruins para ela e a mãe que se encontravam sem o patriarca, para ganhar a vida, vendiam alimentos que produziam, isso quando conseguiam uma clientela ou alguém interessado na culinária da mãe que usava o dom para a sua sobrevivência. Às vezes se dava a sorte de negociar algo com o padeiro, mas nem sempre isso acontecia, mas nunca impediu de Dean sair por todo o lugar com sua bicicleta velha que já pedia arrego do tanto que ela brincava em barrancos durante a sua volta para casa.
A mulher parou na calçada esperando sua vez para atravessar. Ficou divagando sobre memórias antigas e recentes, até que se deu conta de algo.
Sempre que colocava os pés para fora de casa e os pousava em algum lugar de Second, alguma coisa acontecia. Pode soar com estranheza, mas todas as confusões que Dean se envolvia na cidade foram frutos de confusões e mal-entendidos que tiravam sua paciência. Com exceção de Keepler, seu irmão de consideração, o resto poderia se dizer que era um problema comum na vida da mulher. Toda vez que Dean cismava em andar por aí, alguma coisa acontecia. Bastava ela pensar em esticar as pernas por longas horas para observar a cidade que alguma bizarrice estava pronta para lhe atracar. Foi assim em todas as suas lutas, ela quieta e alguém vindo a atracar.
O resultado era sempre o esperado.
Até hoje ela não havia feito nenhuma luta de bom grado. Sempre algo acontecia.
Lembrando-se desse fato, a mesma tirou o picolé da boca, movendo os lábios para a direita, os curvando em um bico digno de alguém pensativo. Não havia acontecido nada até aquele momento, nem uma brincadeira, nenhum problema, se quer uma surpresa, então... Tinha alguma coisa errada para o seu lado. Disso ela tinha toda a certeza!
A Hawkins atravessou assim que o sinal lhe indicou direito de passagem. Por mais que tivesse que retornar para um almoço ao qual ela não ficou responsável nesse dia, a morena decidiu andar um pouco mais. Como não tinha pretensão nenhum de voltar tão cedo de seu passeio, decidiu que seus pés a levariam para onde quer que desejassem. O que poderia acontecer a partir desse momento é difícil de se prever.
Apenas saiba que com Coroline Dean Hakwins, qualquer coisa é possível de se acontecer.
Convidado- Convidado
Re: Os mares, a Ámerica e novos encontros.
Cheiros. Sensações. Toques. O que são? É para ser? Sentindo, ao fechar os olhos tudo intensifica. Zara olha para os lados da praia que procurou abrigo, ninguém a vista. Ela levou sua atenção para fazer uma busca, queria encontrar um lugar para guardar seu receptáculo. Mas estava em dúvidas em deixar ele sozinho numa terra estrangeira.
Sua fraqueza a fez perceber que não tinha outra opção, precisava de um tempo em seu mundo. Ela caminhou para o lado do penhasco, já que começava uma elevação, ela podia ver no alto um castelo? Ela não sabia nem que sim e nem que não. A jinni não precisava ligar para gravidade ou que plano estava. Ela simplesmente se adaptava conforme sua necessidade, tornando seu corpo algo que lhe permitisse andar normalmente por um penhasco sem fazer escaladas no mesmo.
Ela achou um lugar apropriado para o momento e também não demoraria a voltar de seu mundo, iria para ele só o suficiente para poder reestabelecer-se e poder retornar para buscar um lugar mais apropriado para seu receptáculo. Encaixando no fundo de uma fenda seu receptáculo, a jinni desapareceu também dentro do esconderijo encontrado.
Você já viu um mundo diferente do seu? O que é um mundo diferente? Os jinn tinha seu próprio lugar, longe dos olhos humanos. Sua localização? Incerta, lendas falam ser entre o caminho da Terra até o Paraíso, onde as almas boas podiam ver na sua travessia. Mas nem os próprios jinn tinham certeza para afirmar tal fato. E nem buscavam por ela, só acreditavam no que desejavam acreditar.
Em seu mundo, o receptáculo de Zara da terra, era uma casa. Foi onde ela apareceu após sair do mundo humano. A jinni morava em um pequeno apartamento num bairro tumultuado da Arábia Saudita dos jinn. O tumulto ocorre por ser um lugar de uma beleza incrível, atraindo sempre mais jinn para a região, ficando até lugares do país desabitado.
Ali não havia a degradação vista no lado humano, a natureza parecia ser até parte da casa de cada um, haviam animais em meio a jinn pelos becos-ruas. Único problema era quando os Ifrit, jinn diabólicos, decidiam querer tomar alguma cidade para eles. Era como se fosse uma guerra, mas eles tinham território suficiente para sempre desistir, deixar toda a bagunça e caos que faziam para trás e voltarem para suas bandas.
A jinni possuía muitos conhecidos por sua cidade, na verdade ela tinha o dever de manter a ala leste da cidade protegida e cuidada, sempre apareciam animais machucados para cuidar ou algum tipo de praga começava a se propagar com mais rapidez que o normal e tinha que ser investigado.
Sim, o mundo dos jinn é “mágico”, a vontade de todos prevalecia e tinha um equilíbrio, para que a balança não desequilibrasse, fazendo assim os Ifrit conseguir o tão desejado domínio de tudo. Ali nada era de ninguém, não tinha um governo, não tinha nem mesmo uma pessoa para mandar. Tinha um grupo que organizava, fazia reuniões e a grande maioria já sabia seus afazeres que o desenrolar das grandes confraternizações parecia mais uma festa que nomeação de tarefas.
A jinn de cabelos negros chegou ao seu setor de guarda e pode notar um dos elefantes com dificuldade para sair de um buraco que havia caído, havia uma manada envolta tentando auxiliar o filhote. A mente do animal era simples, Zara se aproximou e parecia que o pequeno desejo do animal estar livre daquele buraco o impulsionou para fora, mas na verdade por baixo de seus pés, a jinn fez se elevar a terra para que o buraco não mais existisse.
Depois de vinte minutos a jinni concluiu sua ronda e também estava se sentindo recuperada de sua aventura no mundo humano. Ela precisava voltar e a passagem desse tempo era o total de duas horas passadas na terra dos seres humanos.
Enquanto estava em seus afazeres ela pensou bastante sobre como resolver seu problema, decidiu que parariam de esconderem-se em lugares remotos, eles sempre eram os primeiros a atrair a atenção de curiosos. Zara saiu da fenda pulando para dentro da água segurando seu receptáculo em uma das mãos. Por manipular o ar, parecia uma fumaça saindo do lugar e indo para dentro da água, mas ao tocar no mar o corpo físico surgia. A mulher saiu novamente na praia e caminhou em direção à cidade, ao pisar no asfalto seus véus foram substituídos por uma roupa americana. Calça jeans, botas de salto altas e uma regata branca. Seus piercing permaneceram, assim como suas tatuagens, seu cabelo também não mudou permaneceu longo, preto e trançado. Seus olhos também eram avermelhados só suavizou o brilho intenso que emanava, para uma íris normal humana.
O dia amanhecia e seria um bom horário para achar uma residência e poder assim ter um lugar seguro para seu receptáculo e também um pouco menos perceptivo e atrativo para ser furtado por gananciosos.
Convidado- Convidado