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A vida de uma menina nas ruas da Europa.

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A vida de uma menina nas ruas da Europa. - Página 3 Empty Re: A vida de uma menina nas ruas da Europa.

Mensagem  Convidado Qui Jan 24, 2019 7:26 pm

Cassy já estava com o peso de viver nas ruas em suas costas. As crianças brincando na escola era algo para ficar olhando com um semblante triste, o dia no parque já estava a muito distante no fundo de sua memória. O que ela tinha que fazer desde o dia que fugiu do orfanato, era conseguir sobreviver mais um dia. Não tinha mais brincadeiras, era busca por água e comida, esconder-se de pessoas que poderiam lhe fazer mal.

Foi num dia de inverno rigoroso, toda a cidade estava coberta de neve, que a menina caminhava em busca das latas de lixo mais no centro da cidade, uns bons quilômetros do lugar que ela se refugiava para dormir. Que ela teve que lutar com outra pessoa por sua vida pela primeira vez.

- Vamos para o bandejão voluntário. – um homem velho falava.

Cassy levantou os olhos e já viu um dos mendigos da região olhando para onde ela estava, ela acabara de achar uma câmera fotográfica na lixeira e ainda ao seu lado estava alguns itens para ajuda-la se manter aquecida naquele frio.

- Espera... – um dos homens falou e se aproximou dela. – O que é isso que você achou aí garoto. – sim, os mendigos a confundiam com um menino, ela sempre escondia os longos cabelos dentro da roupa e procurava não conversar com eles.

A menina abaixou os olhos para o que tinha em mãos e voltou a olhar para o velho, ele era sujo, mas tinha uma pele clara e olhos malvados. Cassy deu um passo para trás quando este chegou perto demais.

- Dá isso pra mim! – ele falou e avançou ao mesmo tempo. – Assustada a menina tentou fugir, mas o mendigo conseguira segurar uma alça que possuía no objeto.

Ela caiu e soltou a câmera fotográfica, que bateu com força contra o metal da lixeira e o barulho do dano foi ouvido por todos que estavam ali. Cassy pegou o papelão que estava no chão e saiu correndo para a direção contraria, quando olhou para trás o homem estava atrás dela com um objeto erguido na mão direita.

Essa distração a fez tropeçar e ser abordada pelo homem, que praticamente a cercou com uma faca apontada em sua direção. Cassy colocou as três caixas de papelão que ela havia desmontado e dobrado na frente do seu rosto e corpo para se proteger, onde ela caiu, remexendo a neve ela pode sentir algo em suas costas a incomodando. O homem gritava com ela, mas ela só queria sair dali e fechou os olhos o mais forte que pode.

- Ei cara! Vamos lá comer no voluntário, tem gente vindo! – o outro homem falava.

- Esse pivete quebrou o bagulho, podia vender arrumar grana com aquilo. – ele falou dando um soco sobre o papelão e indo de volta para perto do amigo.

Os dois se afastaram, mas a menina estava ainda tremendo, não se sabe pelo frio ou pelo medo, debaixo do papelão. E não percebeu outra pessoa que se aproximava e que tinha visto o que acontecia da janela do seu apartamento.

- Menino, eles já foram! Você está bem? – a voz era masculina, mas Cassy percebeu ser diferente dos outros dois de antes.

Ela tirou o papelão de sobre o rosto e com os olhos arregalados acenou que estava bem com a cabeça. Ficando sentada ela voltou a colocar de lado o papelão e se levantar, ao fazer isso pode vê o que tanto lhe incomodava, era um facão velho e enferrujado.

- Aqui, eu trouxe para você, são roupas para frio e sopa, ainda está quente. – o homem falou estendendo duas sacolas para a menina.

Cassy o olhou e apreensiva estendeu a mão para apanhar o que este lhe oferecia, o homem sorriu e deu meia volta para seu apartamento e deixando a criança para trás. Ficando com muita coisa para carregar ela resolveu voltar a sentar-se, dessa vez sobre o papelão e comer a sopa que o homem havia lhe oferecido. Havia muito tempo que ela não sentia aquele gosto em sua boca e ainda tinha pedaços de pão dentro da sacola. Ela comeu como se fosse seu último dia de vida na terra, devorou rapidamente tudo que tinha ali.

Ela jogou a vasilha suja de sopa no lixo e usou a sacola pra auxiliar na amarração do facão, que ela achou no chão, contra seu corpo e acabou colocando um casaco com capuz que estava na sacola dada pelo homem por cima. Ela viu ainda dentro da sacola um moletom, meias, luvas e gorros.

A garotinha demorou a chegar ao seu destino naquela noite, estava carregada de coisas para levar consigo. Mas comer a sopa a esquentou por dentro e deu animo para a caminhada que havia de fazer.

Foram passando as semanas e Cassy foi se adaptando a sua nova rotina e nova área de residência. Após comer a metade de um cachorro quente que uma das crianças havia descartado na escola, deixando no chão próximo a cerca, a garota estava sentada embaixo de uma árvore lendo um livro que tinha pegado no lixo da escola. Ela já tinha aprendido no orfanato a ler, mas não tinha fluidez para uma leitura rápida, ela lia palavra por palavra e depois repetia frase para compreender que o trecho estava querendo dizer.

O horário de saída chegou e quando Cassy ia levantar para sair dali ela trombou em uma mulher voltando para o chão, batendo a bunda contra o mesmo e deixando o livro caído ao seu lado.

- Quem são seus pais? Por que está matando aula aqui? - a mulher questiona a olhando com uma expressão séria.

Ela não respondeu, pegou o livro e foi arrastando a bunda pelo chão afastando-se da mulher para levantar e correr.

- Você estuda aonde? - a mulher indagou mais uma vez ao reparar que aquele livro que estava na mão de Cassy era antigo e parecia fazer parte da remessa que foi descartada por estar desatualizado. - Você mora aqui perto? Responde! - a mulher insiste.

Nesse instante Cassy levanta de um salto e disparar para atravessar a rua e ir para um lado diferente de onde dormia para não ser seguida e ser descoberta.

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A vida de uma menina nas ruas da Europa. - Página 3 Empty Re: A vida de uma menina nas ruas da Europa.

Mensagem  Convidado Ter Jan 29, 2019 11:23 am

O inverno estava castigando a capital da Croácia. As pessoas em situação de rua em algumas regiões estavam sendo encontradas mortas congeladas. A menina estava assustada ao ver essa noticia num dos jornais que ela pegou para usar como isolante térmico dentro de suas roupas. Muito assustada Cassy foi juntando muito papel, pano e papelão no lixo.

Sua ‘toca’ tinha um espaço de dois metros quadrados, um lado era onde a menina colocava os livros que pegava no lixo e também montou sua cama, por ser um pouco mais elevado do chão. No chão limpo ficava a água, algum item quebrado do lixo e latas vazias de comidas em conserva.

Apesar do isolamento de jornal em seu corpo, Cassy estava tremendo de frio e resolveu sair para revirar os lixos em busca de algum isqueiro velho ou fósforos para poder acender o fogo para se aquecer. E se movimentar pelas ruas poderia auxiliar em espantar um pouco do frio.

- Hey garoto! – a voz do homem assustou Cassy.

Ela pensou em não se virar, continuar olhando a lixeira e tentando achar algo para acender o fogo. Mas o homem insistiu e parou o carro ao lado da calçada que ela estava.

- Você quer sopa? Eu estou distribuindo para as pessoas. – o homem mostra um copo grande com tampa.

A menina olhou para ele e moveu a cabeça em afirmativo, mas diferente do que havia ajudado ela anteriormente, este não foi até ela, mas a chamou para ela ir até ele. Abriu a porta do carona e empurrou que ela se aproximasse.

Sim, havia uma caixa com copos de sopa quase vazia no piso do carro, mas não era só para entregar a sopa a intensão do homem. Quando Cassy estava em seu alcance o homem saltou para cima dela e puxou pela roupa para dentro de seu carro, já arrancando de um modo que a porta do carona fechasse sozinha.

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A vida de uma menina nas ruas da Europa. - Página 3 Empty Re: A vida de uma menina nas ruas da Europa.

Mensagem  Convidado Sex Fev 01, 2019 8:02 am

Todo o mês de junho (do dia 1 até o dia 30) na capital da Croácia acontece um festival internacional em ruas especificas da cidade. Nesse período a vida de Cassy será impactada com fartura de comida e ao mesmo tempo problemas diários de se conseguir um bom lugar para dormir de forma segura.

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A vida de uma menina nas ruas da Europa. - Página 3 Empty Re: A vida de uma menina nas ruas da Europa.

Mensagem  Convidado Dom Fev 03, 2019 10:34 am

Cassy ficou desesperada com a atitude do homem lhe puxando para dentro do carro. Ela começou a chorar, gritar e se debater ali naquele espaço pequeno. Até o copo de sopa ela jogou para cima do homem no volante. Mas o frio era tanto que um caldo quente era mais conforto do que suplício ao cair sobre as roupas. Foi quando a menina começou a berrar cada vez mais alto por socorro que o sequestrador pedófilo agiu.

A órfã nem viu o que aconteceu, ela simplesmente caiu apagada no banco do carro, mas o cara lhe deu um murro do rosto para que ela ficasse quieta e conseguiu o feito. A viagem do ponto que ele raptou Cassy até o ‘esconderijo’ que era sua casa, não demorou mais de vinte minutos. A menina era pequena, então não chamou atenção quando ele a tirou do carro e a levou para dentro de casa, nem tinha como ser percebido naquela neve toda, todos queriam ficar aquecidos dentro de casa e não do lado de fora vigiando vizinhos.

Já era noite quando Cassy abriu os olhos de novo, ela estava num quarto bem pequeno, que só tinha a cama de solteiro que ela estava deitado e nada mais. Não havia janela e a única porta parecia vedada do lado de dentro, pois não tinha maçaneta. Ela começou a ouvir vozes, parecia outra criança falando com o homem da sopa. Seu rosto doía, sua cabeça também. Levando a mão ela fez uma careta sentindo o machucado que estava pelo soco que havia levado.

Ao se mexer Cassyana sentiu o facão ainda grudado em suas costas, seus olhos se arregalaram, o homem não havia tocado nela até então. Ela continuava vestida como fora pega na rua. Quando ela começou a se mexer para tirar a jaqueta e pegar sua arma ela parou de repente.

- Ela acordou. - a voz de um menino novo veio até seus ouvidos.

Confusa e sem saber como podia ser vista, Cassy rapidamente se enfiou debaixo da cama e lá enfiou a mão por dentro do casaco puxando o facão. Onde esconder que era o grande problema, ali parecia tudo milimetricamente construído sem falhas em lugar algum.

- Você assustou ele, deve estar ligado o microfone. - o homem falou fazendo sumir o som de repente do quarto.

Confusa e assustada, a menina conseguiu tirar do lugar um pedaço de tábua do piso e enfiar ali seu facão. Colocou a madeira no lugar, olhando fixamente se havia encaixado certo e para não levantar suspeitas de nada, permaneceu encolhida debaixo da cama. “Ele pensa que sou um menino, todos pensam que sou um menino.” era o pensamento que invadia a cabeça da órfã.

Cassy acabou dormindo novamente, ainda debaixo da cama, após passar muito tempo e nada mais ouvir. Ela continuava com fome e dormir era a única coisa que aliviava isso no momento. Afinal a sopa oferecida foi derramada na briga que ela tentou ter com o cara que a roubou nas ruas.

A garota abriu os olhos assustada ao sentir seu corpo ser puxado, ela tinha esquecido que estava presa em um quarto e começou a lutar contra a pessoa que estava lhe puxando, pensando que estava em sua ‘toca’ na rua.

- Você só vai ficar machucado se continuar se debatendo assim garoto. - a voz do homem fez Cassy lembrar-se onde estava.

Ficando parada e com os olhos arregalados ela olhava para a face daquele homem, parecia uma pessoa comum e cidadão de bem do país. Sem saber o que aconteceria e ainda apreensiva o que o homem faria ao perceber que ela não era do sexo masculino e sim feminino. Seu corpo estava trêmulo, mas ela não sabia se era fome, medo ou frio.

- Aqui, coma. - o homem apontou uma bandeja sobre a cama e virou-se para sair do quarto.

Num rápido relance a menina pode ver uma criança um pouco mais velha que ela do lado de fora, sua expressão era triste porém conformada, ela seguiu ele com o olhar até a porta voltar a fechar. Além do menino parecia uma escada que levava a outra porta na parte debaixo. O que parecia determinar que ela estava presa no sótão da casa. Por isso o quarto tinha aquela configuração e era tão pequeno.
Faminta Cassy nem esperou, sentou no chão e devorou toda a comida que estava ali para ela. Ela comeu carne, feijão, milho e ovos. Fazia tanto tempo que ela não provava nada daquilo que era como a primeira vez provando aquela comida, tudo era delicioso e novo na sua boca.

Os dias foram passando e Cassy parecia que estava de castigo em uma das salinhas escuras do orfanato novamente. O homem só aparecia para levar comida, pegar a bandeja anterior e a deixava ali sozinha o resto do tempo. Depois de uma semana e um penico cheio de mijo e merda no canto do quarto, Cassy começou a gritar e a bater as mãos contra a porta.

- DEIXA EU SAIR DAQUI! QUERO SAIR DAQUI! - e foi assim por aproximadamente vinte minutos seguidos.

- Fica quieto garoto ou ele vai te bater quando voltar. - a voz do menino surgiu por detrás da porta.

- Eu não sou a droga de um garoto! - Cassy gritou irritada. - Eu quero sair daqui! - ela falou e socou a porta uma última vez.

A voz do menino não foi mais ouvida, mas os passos descendo os degraus da escada apressado sim. Com certeza alguma coisa estava acontecendo na parte debaixo da casa. Cassy começava a achar que o homem havia sequestrado aquele menino também, mas este parecia conformado e achava normal ficar ali. Mas ela não aceitaria aquilo, ela havia fugido de um lugar que a mantinha presa com regras antes, poderia fazer isso de novo.

Mais uma semana passou, Cassy pedia todas as vezes para sair quando o homem ia levar comida para ela. O tempo mudou, era inicio da primavera, a neve e o gelo das ruas estavam derretendo. E a menina não percebeu logo, só quando o quarto parecia mais quente e ela retirou de seu corpo o jornal que havia posto entre as roupas.

Um dia o homem surgiu em um horário diferente do normal, parecia ser já tarde da noite, pois Cassy havia jantado já há três horas. Ele puxou Cassy da cama a tirando do sono, vestia somente uma cueca e estava fedendo de bebida forte barata.

Com o pau na sua cara, ele queria que Cassy o chupasse, a menina se recusava virando o rosto e apertando os lábios um contra o outro. Ela percebeu no girar da cabeça que a porta do quarto estava aberta.

- Se você não abrir essa boca logo garoto eu vou te socar até deixar ela inchada. - o homem falou assustando-a.

Cassy abriu a boca e em seguida teve sua boca invadida pelo membro daquele homem, algo que a deixou enojada, uma ânsia de vômito surgiu e começou a ficar mais forte.

- Cubra os dentes com os lábios, seu pestinha. - o homem rosnava.

Cassy obedeceu e com a cabeça sendo segurada pelas mãos do homem ele enfiava todo o pau na boca da garota até quase sufocá-la. Ela começou a tossir, mas parecia que isso não era de importância para o cara. A órfã começou a ficar com dificuldade de respirar, que o võmito sobia pela garganta e aquele cara enfiava todo o membro na sua boca, dificultando ainda mais ela respirar.

Afobada, assustada e com nojo daquela situação. Cassy retirou os lábios dos dentes e quando o homem enfiou novamente o pau na sua boca ela mordeu com toda sua força e segurou ele ali. Saia lágrimas de seus olhos, isso atrapalhava ela enxergar a face nojenta do homem. Ele bateu em sua cabeça, uma, duas vezes. Ela não soltou e continuou apertando os dentes contra o pau daquele homem, o gosto de sangue se juntou a todos os outros que ela já sentia.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH, LARGAAAAAAAA!

O grito do homem a fez apertar ainda mais a mandíbula e quando ele veio novamente bater em sua cabeça ela mexeu-se para trás, ainda com os dentes cerrados e puxou consigo o pau do homem em sua boca enquanto ele dava passos para trás, espirrando sangue para todos os lados.

Cassy vomitou tudo que estava em seu estômago e em sua boca, incluindo o sangue e pedaço do membro do homem que ela havia arrancado. O cara cambaleando de dor foi para cima dela com ira. Rápida a garota se enfiou embaixo da cama, seu objetivo era retardar que o homem lhe pegasse e também alcançar seu facão.

Quando o homem apareceu para puxar ela dali, a menina enfiou o facão no corpo dele, uma e duas estocadas na região do ombro e do peito. O facão era velho e enferrujado, mas ainda tinha um pouco de corte e ela conseguiu cortar um pouco do homem. Quando ele se afastou ela se arrastou para fora dali. Ao se levantar para correr porta a fora, sentiu a mão dele em seu tornozelo. Ela girou e bateu várias vezes de forma incerta o facão no braço do homem.

Cassy não sabia onde estava o garoto que vivia ali com ele, provavelmente dormindo, já que não apareceu em nenhum momento daquela confusão. Correndo pela casa, ela começou a procurar por um lugar para sair, as portas estavam todas trancadas, ela olhou nas gavetas e começou a procurar e nada de encontrar chaves. Foi até a sala, onde estava um barulho de televisão e viu as roupas do homem jogada num canto do sofá.

A menina revirou as calças e achou um grande e pesado molho de chaves, ela testou várias na porta, na décima a porta abriu, ela abandonou as chaves na tranca mesmo e começou a correr desesperada pelas ruas, tentando saber em que lugar estava. Seu rosto estava escorrido de sangue e vômito, assim como suas roupas estava suja, era madrugada e não havia ninguém na rua. Ao sair numa avenida movimentada, olhar para todos os lados, Cassy se deu conta que estava numa rua já conhecida por ela. Ela escorou-se no mudo de uma loja e respirou vomitando novamente.

Ao conseguir andar novamente, Cassy foi para sua ‘toca’, essa estava tomada por sujeira e havia um cachorro dormindo em sua cama. Ela entrou tanto de supetão que nem percebera o animal ali. Mas não se importou, ela gostava de cachorros, ela tirou a jaqueta suja, passou o lado avesso no rosto esfregando com força tentando se limpar. E foi deitar na cama também. O animal rosnou para ela quando percebeu a aproximação, mas como ela não o enxotou ou tentou atacar o animal, ele parou e voltou a fechar os olhos e ficar quieto ali para dormir.
Cassyana tremia, e teve o pior pesadelo que poderia ter após ter saído do orfanato. Ela acordou assustada e com a língua quente do cachorro passando em seus olhos.

- Ei para. - ela falou rindo ao ver quem a estava lambendo. - Bom garoto! - ela falava afagando a cabeça do pitbull magrela que havia acabado de sentar-se e olhar para ela com olhos grandes e a língua de fora.

Ela levantou e pegou uma garrafa de água, ainda havia dois ali, bebeu ela toda e abriu a outra colocando metade em uma lata de conserva larga e baixa para o cachorro beber. Cassy observou o cachorro e ele lambeu com avides até secar a lata de água.

- Vamos procurar comida pra gente, garoto. - ela não tinha um nome para ele no momento, mas havia gostado da companhia.

Ao sair da ‘toca’ a menina teve sua atenção atraída para uma falação e músicas na rua principal comercial. E caminhou para lá. Com um largo sorriso ela lembrou que época do ano estavam, era o festival internacional.

- Garoto! É época de fartura para nós dois! - ela sorriu e caminhou pela rua, com o cachorro a seguindo, vendo as pessoas festejarem e pegando toda comida que era abandonada em algum lugar.

Ela comia boa parte do que achava no momento que achava, assim como também dava para o cachorro. Mas ao sentir-se cheia, ela começou a enfiar em sua mochila tudo que encontrava. Ao cair da noite voltou para seu lugar de dormir, ajeitou a mochila, deu mais um pouco de comida para o cachorro, bebeu um gole de água e colocou o resto para ele falando.

- Amanhã precisamos achar água. - ela deitou na cama e logo que terminou sua ‘refeição’ o cachorro se junto a Cassy.

A órfã foi acordada no meio da noite, assim como o cachorro. Pessoas estavam no beco e desfazendo sua ‘toca’.

- Ei, pode ir embora daqui. Amanhã a festa é nessa rua, não queremos você por aqui. Vai dar má visão para os turistas. Caça outro lugar. - a voz do homem era rabugenta.

Cassy o olhou atônita, ele agarrou pelo ombro e a fez levantar, o cachorro latiu para ele fazendo-o recuar.

- Saía ou vou vir jogar água em você. - ele concluiu e saiu do beco e entrou num carro que o aguardava no acostamento.

Cassy não teve muita escolha, ele tinha destruído tudo que ela havia montado. Ela colocou o máximo de coisa que pode dentro da mochila, enrolou o máximo que pode do papelão e foi para longe dali, teve que vagar o resto da madrugada.

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Mensagem  Ʀμηηɩηɡ ᗯɩℓɗ ✪ کƭєεℓ ᗯѳℓƒ Qua Fev 06, 2019 11:39 pm

Uma velhinha faz sinal. Parece pedir por ajuda num outro beco que pode ser visto ao percorrer a cidade. Na verdade, a coroa sempre oferece ajuda aos desabrigados. É uma conhecida da região e as pessoas vivem dizendo que é maluca da cabeça.
Ʀμηηɩηɡ ᗯɩℓɗ ✪ کƭєεℓ ᗯѳℓƒ
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Mensagem  Convidado Dom Fev 10, 2019 10:16 pm

Cassy passava os dias na sua rotina dura e massante que esmagava cada vez mais sua infância, a sua única alegria era poder falar e brincar com o cachorro que havia aparecido em sua ‘toca’. Foi num dia de outono, que juntando papel para poder não passar frio no inverno que a garota viu uma propaganda linda sobre Londres.

Uma senhora a chamava, ela nunca havia reparado naquela mulher na rua, com medo e lembranças traumáticas da ultima vez que tinha se aproximado de alguém, ela ficou tensa e deu alguns passos para poder escuta-la. O cachorro percebeu a tensão da menina e começou a rosnar na direção da mulher.

- Não precisa ter medo de mim, menino. - a velha falava abanando a mão. - Aqui pegue, comida, bolo e suco. - a mulher começou a falar coisas aleatórias como ser muito perigoso nas ruas e o que estava fazendo sozinho por ali.

Cassy pegou o que ela tinha oferecido e voltou para sua toca, foi nesse momento que passou um senhor negro, também vivia na rua e murmurou ao cruzar com a garotinha.

- Eles falam que ela é louca por dar comida para a gente e que fala sozinha em casa com os gatos. - ele deu uma risada rouca e continuou seu caminho.

A garota não entendeu nada, mas se loucura era dar comida para as pessoas que tinham fome, ela decidiu que não queria saber qual era a sanidade do mundo. Ficaria com a comida da velha maluca. Após comer tudo e dividir um pouco com o cachorro, Cassy continuou encarando a propaganda do papel.

Logo abaixo tinha um anúncio de empregos, estavam procurando ajudantes de limpeza para cozinhas de restaurantes. Os olhos da menina brilharam, ela poderia conseguir dinheiro para ir embora dali. Toda feliz ela saiu correndo pelo parque sendo perseguida por seu cachorro.
Logo ela conseguiu a vaga, já que no orfanato ela sempre ajudava na limpeza dos cômodos, sabia o que tinha de fazer. O castigo era sempre lavar pilhas de louças ou o banheiro. Quando podia optar ela sempre escolhia a cozinha.

E foi assim que Cassyana conseguiu seu primeiro emprego aos seus seis anos de idade. Trabalho que se prolongou por mais seis anos de sua vida. E nesse intervalo ela começou a frequentar a escola e conseguiu um quartinho para morar, seu querido cachorro adquiriu uma doença e teve que ser sacrificado, o período mais desolador da vida da menina, ela havia voltado a ficar sozinha no mundo.

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Mensagem  Convidado Sáb Fev 16, 2019 10:09 pm

Cassy sempre era a primeira de sua turma, não por que sua inteligência era superior aos outros, era por que ela precisava dos cem por cento de desconto da bolsa de estudo das escolas que ela se engajava em frequentar. E ela sabia que aquele tipo de nota lhe daria uma vaga garantida dentro de uma universidade. Era sempre o que os professores lhe falavam ao chegar no final de casa ano letivo e lhe entregar as notas.

Com quinze anos a garota foi para Londres, conseguira dinheiro suficiente e a família de um de seus colegas de turma que tinha parentes na Inglaterra conseguiu para ela um local para ela ficar com um valor em conta.

Cassyana não era mais uma garota de rua, mas ainda estava passando por diversas dificuldades e uma delas era seu vício, a maconha foi uma curtição que ela insistiu, até conhecer um grupo de adolescentes que tomava comprimidos. Ela nunca desembolsava pois começou a sair com um carinha que trabalhava no tráfico. Mas a vida em Londres não era fácil, até pior que na Croácia.

E a garota se viu em encrenca no final do seu ano letivo, ela tinha que tomar uma decisão na sua vida, ou ficava drogada nas festas, ou conseguia nota para concluir o ano. Ser repetente e as baixas notas seriam um deficit muito grande para ela conseguir entrar na universidade que queria.

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Mensagem  Convidado Sáb Fev 23, 2019 10:12 pm

Cassyana resolveu abandonar de vez as drogas por passar mal e ser violentada ainda quando estava fora de si. Ela não percebeu tal violação de imediato, quando ela acordou após uma overdose ela sentiu-se dolorida e ao fazer xixi sentiu um ardor e sangue na urina. Aquilo a deixou assustada e ao mesmo tempo com raiva de si mesma.

Ela foi para o hospital, inventou uma desculpa que havia tido uma recaída e queria tratamento. Como as instituições só davam auxilio daquele tipo a quem queria, não foi difícil para Cassy ser internada numa reabilitação.

Depois de um ano de reabilitação e dois anos perdidos de estudo, a garota voltou a frequentar a escola, foi para a mesma que havia passado, ela precisava apagar aqueles dois anos que haviam manchado seu currículo escolar, mais precisamente o ano que frequentou e teve notas ruins.

Foi nesse ano letivo que ela descobriu suas habilidades em investigação, invasão, adulteração de documentos e espionagem. Seu modo de agir durante aquele período foi o que a deixou mais interessada e focada para realizar um curso superior que a poderia lhe colar dentro do MI6, por exemplo.

Um novo trabalho também foi conseguido e um novo lugar para morar, uma quitinete modesta próxima ao trabalho e ambos à meia hora da escola que está estava frequentando. Foi um ano sem muitos contratempos e a conclusão da sua escola, dali para frente era trabalho e faculdade.

Cassy é poucas das milhares pessoas que vivem em situação de rua e conseguem sair desta para uma vida melhor. Crianças então é uma estatística horrível de resultado das suas vidas nas ruas e o que se tornam. A população está voltada demais para si mesma, cada um olhando para o próprio umbigo, querendo ter mais para si, que ignora quem vive ao seu lado, vivendo com frio, fome e definhando sem amparo nenhum numa calçada. O governo pouco se importa e sua preocupação é só eliminar a aparência que traz as ruas a vivência desse povo nela.

Um mundo vergonho e mesquinho que o ser humano criou, mas um mundo que irá cobrar cada gota do que lhe é tirado.
FIM.


Evento Encerrado.

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A vida de uma menina nas ruas da Europa. - Página 3 Empty Pontuação do Ranking

Mensagem  Convidado Ter Mar 26, 2019 9:00 am

RANKING

PONTUAÇÃO DO EVENTO: 3 PONTOS EM INTERPRETAÇÕES ISOLADAS OU EM GRUPO, CUMULATIVOS POR MÊS DE PARTICIPAÇÃO.

Meses do evento: Dezembro, Janeiro e Fevereiro.

- Cassy: sem cadastro;
- Terry: 9 pontos;
- Iori: 3 pontos;
- Laura: 6 pontos;
- Lilith Skyamiko: 9 pontos;
- Lazuli: sem cadastro;
- Nic.: sem cadastro;

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